quarta-feira, 14 de maio de 2008

MAÇONARIA - SÍNTESE DOS PRINCÍPIOS MAÇÔNICOS

UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAM INGENTIS
MAÇONARIA
SÍNTESE DOS PRINCÍPIOS MAÇÔNICOS

01) A Maçonaria proclama, como sempre o fez, desde sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO;
02) É uma instituição filosófica, que proclama a liberdade de consciência como sacratíssimo direito humano;
03) Não impõe limite à investigação da Verdade e é para garantir esta liberdade, que exige de todos a maior tolerância;
04) Honra o trabalho em suas formas honestas e o tem por dever, a que nenhuma pessoa válida pode fugir;
05) Proscreve qualquer discussão sectária, de natureza política ou religiosa, dentro de seus Templos ou fora deles, em nome da Ordem;
06) Condena o despotismo e trabalha, incessantemente, para unir a espécie humana pelos laços do amor fraternal;
07) Impõe o culto à Pátria, exige respeito absoluto à família e não admite a menor ofensa nem a uma nem a outra;
08) Cada Loja é um Templo sagrado, sob cuja abóbada os homens livres e de bons costumes devem reunir-se fraternalmente, procurando conseguir o bem da humanidade;
09) Todo pensamento maçônico deve ser criador. Essa atitude mental engrandece o espírito e fortifica o coração. Cada maçom, parte viva dos irmãos, concorrerá para assimilar o ideal da Ordem e desenvolvê-lo na capacidade de sua inteligência;
10) A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes, crenças religiosas e convicções políticas, com exceção daquelas que privem o homem da liberdade de consciência e exijam submissão incondicional a seus chefes;
11) Em seus Templos aprende-se a amar e a respeitar tudo o que a virtude e a sabedoria consagram;
12) Exige estudo meditado de seus rituais e a prática da solidariedade humana;
13) A Maçonaria, por conseguinte, é uma instituição criada para combater tudo o que atente contra a razão e contra o espírito de fraternidade universal;
14) Os ensinamentos maçônicos, realizados através de símbolos e de alegorias universais, induzem seus adeptos a dedicarem-se à felicidade a seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhe imponham esse dever, mas porque o sentimento de solidariedade é qualidade inata, que os faz filhos do Universo e amigos de todos os homens.


SER MAÇOM

01) Ser Maçom é ser amante da Virtude, da Sabedoria, da Justiça e da Humanidade;
02) Ser Maçom é ser amigo dos pobres e desgraçados, dos que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e sede de justiça; é propor como única norma de conduta o bem de todos e o seu progresso e engrandecimento;
03) Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano;
04) Ser Maçom é derramar por todas as partes os esplendores divinos da instrução; a educar a inteligência para o bem, conceber os mais belos ideais do Direito, da moralidade e do amor; e praticá-los;
05) Ser Maçom é levar à prática aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz, com infinita ternura aos seres humanos, indistintamente, do alto de uma Cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos!”.
06) Ser Maçom é olvidar as ofensas que se nos fazem, ser bom, até mesmo para com os nossos adversários e inimigos, não odiar a ninguém, praticar a Virtude constantemente, pagar o mal com o bem;
07) Ser Maçom é amar a luz e aborrecer as trevas; ser amigo da ciência e combater a ignorância, render culto à razão e à sabedoria;
08) Ser Maçom é praticar a Tolerância, exercer a Caridade, sem distinção de raças, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo;



NOSSAS FINALIDADES

01) Grandes vultos do passado e do presente pertenceram à Sublime Ordem Universal, adotando esta filosofia de vida;
02) A Maçonaria se preocupa com os problemas nacionais e internacionais, usando de sua influência para minorar o sofrimento dos povos, sem distinção de raça ou religião;
03) A Maçonaria é parte integrante da História Pátria e Universal, os maçons sempre estiveram presentes nos grandes eventos, defendendo a trilogia sagrada, LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE;
04) Assim lutaram e venceram os maçons que nos antecederam, assim lutamos hoje, assim lutarão amanhã nossos sucessores, empunhando esta mesma bandeira;
05) Trabalhando pela felicidade do gênero humano, os maçons se consideram recompensados e realizados, pois servindo ao próximo estão observando os ensinamentos da Sublime Instituição;
06) Os que satisfizerem estes requisitos e desejarem cerrar fileiras com os Apóstolos da Liberdade e Sacerdotes do Direito, deverão se comprometer a trabalhar pelo bem estar da Pátria e da Humanidade;
07) Aquele que for convidado e aceito será considerado nosso irmão, passando a fazer parte da grande Família Maçônica Universal;

REQUISITOS ESSENCIAIS PARA UM CANDIDATO INGRESSAR NA MAÇONARIA:

01) Crer em um Princípio Criador.
02) Estar em pleno gozo da capacidade civil.
03) Ser física e mentalmente saudável.
04) Ser proposto por um Mestre Maçom ativo ou preencher proposta em uma Obediência Maçônica.
05) Ter instrução suficiente para compreensão dos ensinamentos maçônicos.
06) Que tenha meio honesto de subsistência para si e para sua família, de modo que possa cumprir os encargos financeiros da Ordem.
07) Ter profissão ou meio de vida lícito dentro dos padrões da sociedade em que vive.
08) Ter reputação ilibada e não ter sido condenado pela Justiça Comum por crime infame, com sentença transitada em julgado.
09) Ser maior de 21 anos, ter residência e domicílio, há, pelo menos dois anos no município da Loja ou em município próximo.

DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PARA INGRESSO NAS LOJAS MAÇÔNICAS:

01) Certidão de Nascimento (se solteiro) e de Casamento atualizada (se casado), ou declaração do candidato e da companheira, no caso de união de fato estável.
02) Atestado de saúde, de sanidade física e mental.
03) Comprovante de rendimento que será avaliado pela Loja Maçônica.
04) Comprovante de Residência.
05) Caso o candidato seja sócio de Empresa, deve apresentar certidões do Cartório de Protesto, certidão de breve relato da Junta Comercial ou do Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas relativo à empresa.
06) Atestado de bons antecedentes.
07) Certidão Negativa: dos cartórios de Protesto, Cíveis e Criminais, da Justiça Estadual e Federal.
08) Fotos com paletó e gravata, sem óculos escuros e chapéu, em número estipulado pela Loja Maçônica.

terça-feira, 13 de maio de 2008

MAÇONARIA - VIRTUDE ( POLIDEZ - HUMOR )

MAÇONARIA
VIRTUDE

Inicialmente, para falarmos sobre virtude, definiremos o que seja Metafísica. Segundo Aristóteles (o pai da metafísica) a palavra vem, etimologicamente, do grego meta = depois de, além de , physis = natureza ou físico. Metafísica é um ramo da filosofia que estuda a doutrina da virtude e a essência do mundo.Ontologicamente, o centro da metafísica estuda as classes das coisas que estão no mundo e suas relações entre si, tentando explicar como as pessoas entendem o mundo e a sua existência, bem como a natureza do relacionamento entre o objeto e suas propriedades, espaços, tempo, causalidade, e possibilidade.
O filósofo Immanuel Kant, estudioso e autor da grande obra sobre a Metafísica do Costume e da Doutrina do Direito e a Doutrina da Virtude, vivendo no século XVIII, em 1797, definiu a Metafísica como: “aquilo que genericamente constitui o conhecimento puro e especificamente o juízo moral, a priori. Kant descola este objetivo, bem como o substantivo correspondente (Metafísica) do plano e disciplina que ocupavam na filosofia pré-Kantiana (com origem na filosofia grega), ou seja, a ontologia, para a gnosiologia”.
Kant, em sua obra, definiu Virtude como uma força máxima (alimentada pelo empenho e a coragem), tendo a coragem como destaque, “Coragem é a disposição ou faculdade moral caracterizada pela determinação e resistência diante da ação injusta do outro”.
O filósofo André Comte-Sponville, em seu livro “O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”,” conceitua virtude como uma força que age ou pode agir. O autor cita o exemplo de uma planta ou de um remédio, que tem a função de tratar, de uma faca, que é a de cortar, ou de um homem, que é a de agir humanamente. Os gregos, por sua vez, dizem que a virtude é poder, mas um poder especifico”.
Aristóteles, o grande e imortal filósofo, define a virtude como a disposição adquirida de fazer o bem, uma vez que ela é o próprio bem, em espírito e em verdade.


O filósofo, Comte-Sponville tem uma visão ampla sobre o assunto. Segundo ele, o indivíduo carrega como virtude, por exemplo:

A Polidez A Gratidão
A Fidelidade A Humanidade
A Prudência A Simplicidade
A Temperança A Tolerância
A Coragem A Pureza
A Justiça A Doçura
A Generosidade A Boa - Fé
A Compaixão O Amor
A Misericórdia O Humor

Aqui vamos, sumariamente, dissertar sobre A Polidez e O Humor.

A POLIDEZ

Alguns filósofos relatam que a polidez é talvez a primeira virtude e a que deu origem a todas outras virtudes.
O autor classifica a polidez como uma pequena virtude. Diz também que a polidez independe da moral.
Os filósofos classificam a polidez como um valor ambíguo, podendo valorizar tanto o melhor como o pior do indivíduo. Citam alguns exemplos desta ambigüidade. “ Que um canalha polido não é menos ignóbil que o outro, talvez o seja até mais”. Este canalha pode ser polido cinicamente. Um bruto crasso, grosseiro, inculto, assustador cuja violência é nativa e bitolada é explicável incultura.
“A moral é como uma polidez da alma, um saber viver de si para consigo (ainda que se trate, sobretudo, do outro.), uma etiqueta da vida interior, um código de nossos deveres, um cerimonial do essencial. Inversamente, a polidez é como uma moral do corpo, uma ética do comportamento, um código da vida social, um cerimonial do essencial”.
A polidez não é uma virtude, mas é secundária e está ao lado da virtude ou da inteligência. Logo, os seres inteligentes são virtuosos e não estão dispensados da polidez.
Enfim, concluímos que todos os seres são virtuosos e possuidores de inteligência e de polidez e que facilmente trabalhamos para melhoria dela.



HUMOR

Define-se humor como uma forma de divertir e comunicar humanamente, fazendo com que as pessoas riam e se tornem felizes.
A terapia antiga grega usa o humor como uma mistura de fluido, humores, controlados pela saúde e emoção humana.
O humor é a principal manifestação do conhecimento cultural, religioso e do costume.
No decorrer dos séculos, o humor expressa o modo de vida da sociedade e é vital para a condição humana.
Alguns filósofos relatam que o humor é amplamente estudado e dificilmente definido. O mesmo se manifesta na psicologia, na arte e no pensamento.
O humor é o contrário da ironia, assim Comte-Sponville diz: “A ironia fere, o humor cura; A ironia pode matar, o humor ajuda a viver. A ironia quer dominar; o humor libertar. A ironia é implacável; o humor é misericordioso. A ironia é humilhante, o humor é humilde”. “O humor transforma a tristeza em alegria, a ironia diz não, humor diz sim, sim apesar de tudo, sim apesar dos pesares, inclusive a tudo o que humorista, enquanto indivíduo, é incapaz de aceitar”.
O humor é determinante na personalidade de quem sorri, podendo ser interpretado filosoficamente no âmbito da moral – social. Torna-se mais profundo quando na intimidade humana e revela a complexidade da consciência dos que o rodeiam.
O humor é uma categoria cômica bem subjetiva e muito individual. Forma cômica é bastante independente, ou seja, não depende da situação sócio – racial – econômica do ser humano. O humor é praticamente genético, por isso “Há tantos humores como humoristas”.
São Thomas Aquino afirma que: “O humor é necessário para vida humana. Segundo ele” o sono está para o repouso corporal assim como humor está para o repouso da alma.”Resumidamente, S. Thomas Aquino diz que o humor é “ o bem útil ”.
Finalmente, o humor não pode ser em excesso, porque aqueles que exageram no brincar tornam-se inoportunos.
O autor Comte-Sponville revela:“o humor é uma virtude leve, virtude inessencial, virtude engraçada, em certo sentido, pois caçoa da moral”.

Bibliografia:
· Comte-Sponville, André. Polidez, humor. In: Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Edição 3, SP, ed.: Martins Fontes, 1995, pág. 13 – 21; pág. 229 – 240.
· Kant,Immanuel. Metafísica dos costumes. SP.Ed.: Edipro,2003.
· http//pt.Wikipedia.org/wiki/Metafisica
· http//pt.wikipedia.org/wiki/humor

CARLOS GOMES DA SILVA .’. M .’. M .’.
PEDRO NEVES .’. M .’. I .’. GR .’. 33
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quinta-feira, 1 de maio de 2008

MAÇONARIA - LEGITIMIDADE

MAÇONARIA
LEGITIMIDADE

Os buscadores do conhecimento Místico, esotérico e espiritual, nas Ordens Iniciáticas, devem procurar sempre usar o livre arbítrio em suas avaliações.
É de praxe, que todas as Ordens Iniciáticas, sem exceção, digam que são as legítimas herdeiras de Abraão, Noé, Moisés, Salomão, Thutankamon, etc. Quanto mais antiga (tempo, idade, referência temporal), pensam que mais legítima ela será.
Não é por trilhar o caminho em determinadas obediências, que o buscador se tornará legítimo, O mais importante é o resultado a ser obtido.
Aprendemos que antiguidade é posto apenas no militarismo.
Para que uma Ordem Iniciática ou obediência sejam consideradas sérias, não é necessário tenham documentos da época de Salomão ou thutankamon, se é que os possuem. Os documentos podem se criados ou alterados com verdades ou mentiras, ou ambas em conjunto.
A regularidade de uma ordem se dá com o cumprimento de seus objetivos estatutários.
Os papeis valem apenas para se “tentar” legitimar as Ordens.
Para se chegar ao objetivo, pode-se trilhar diversos caminhos, que devem ser analisados somente após serem observados, experimentados e sobretudo comparados ( processo empírico).
A fraternidade tão propalada em Ordens Iniciática, nem sempre é verdadeira, os associados raramente se intervisitam, não procuram se conhecer fora dos encontros. Nem sempre são solidários, se julgam donos da verdade. Isso ocorre nas Templárias, Gnósticas, Rosacruzes, Maçônicas, etc.
Ao ingressarmos em uma Ordem Iniciática, temos que ter conhecimento, que o que nos vai ser passado, já foi descoberto e revelado, não existe mistérios a serem descobertos. Tudo já foi escrito, publicado e divulgado a outros.
As Organizações iniciáticas, organizam o que recebem da “tradição”, ou seja, o conjunto de símbolos comuns a todas as Ordens Iniciáticas e Religiosas, que não são de propriedade exclusiva a nenhuma delas, e os repassam para os seus adeptos, afim de orienta-los na caminhada.
As Ordens Iniciáticas, jamais se unificarão, são todas como frutos de uma árvore, que ao caírem ao solo espalham a sua semente que irão se frutificar em novas árvores. Mas, sempre farão parte do mesmo ramo, não são desconhecidas. Devem porém, viver sempre em harmonia e concórdia.
Quem venha a pertencer a uma Ordem Iniciática, e a julgue legítima, deve parar para pensar que se ele um dia mudar para outra, ele não poderá se tornar ilegítimo, e que o contrário também é verdadeiro, se ele não for considerado legítimo, se mudar para outra imediatamente será considerado legítimo, tudo isso, em apenas 24 horas. O que é importante? Seguir e cumprir as normas iniciáticas, ou fazer parte de uma ordem ou outra. Afinal, você não deixa de ser você, em nenhuma delas, a sua personalidade não muda.
Temos a obrigação de oferecer o melhor de nós dentro de cada Ordem, respeitando as demais, salientando as semelhanças e não as diferenças.
Como se diz, somos todos irmãos.
Devemos estar de pé e à ordem, com a chegada de um novo dia.
Que tudo nos una, que nada nos separe.


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