sexta-feira, 27 de junho de 2008

MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 10 - AS SETE LÂMPADAS


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AS SETE LÂMPADAS

“O Menorah ritual (candelabro de sete velas), arde e brilha com suas sete luzes simbólicas, o trabalho procede na câmara do meio”.

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

Na câmara do meio o trabalho é incessante, sete mestres a constituem, venerável, 1° e 2º vigilantes, orador, secretário, guarda do templo e Mestre de cerimônias.
A espada, símbolo muito usado na magia e no misticismo medieval. A espada representa o espírito ou a palavra do Grande Arquiteto dos Mundos.
A espada flamígera que poderá se transformar em flamejante emblema supremo da realização espiritual. Do ponto de vista esotérico, a espada representa o extermínio físico e a determinação psíquica dentro caminho cósmico do sacrifício, o seu fogo extermina no profano o que existe de mal e faz nascer um novo homem. O simbolismo da espada está ligado também à idéia da ação da justiça.
O malhete é o símbolo do poder.
O cajado representa o bastão patriarcal.
O pavimento de mosaico, que representa a dualidade na vida humana; nascer e morrer; positivo e negativo; inteligência e ignorância.
No altar estão o livro da lei, código de moral da instituição maçônica, o esquadro símbolo da perfeição e o compasso símbolo da medida justa.
O crânio símbolo do que tem caráter transitório e perecível, é o que resta após a destruição do corpo, sempre a nos lembrar que somos pó e ao pó voltaremos.
O Menorah (candelabro de sete velas), utilizado em muitas religiões para suportar velas é o símbolo da luz espiritual, como elemento de salvação. Os números de seus braços têm significados precisos, aludindo a sentidos cósmicos, místicos e cabalísticos. Sobre suas lâmpadas os símbolos dos sete planetas.
O Sol, corpo mais rico em simbolismo; representa o espírito, princípio da vida e de todas as coisas, símbolo da divindade por excelência. Emblema da geração, conservação e sustentação da vida, força positiva, agressiva e dominadora. É o princípio vital. Representado por um círculo (símbolo do espaço e do tempo infinitos) com um ponto no meio (símbolo do espírito). O seu anjo é Zaraquiel.
A Lua, a “Deusa da noite”, mãe universal, princípio feminino, representa a alma e a matéria. Força de caráter magnético. Símbolo da imaginação. Representada por um crescente em forma de copa, simbolizando o lado receptivo da natureza humana. O seu anjo é anjo Tsafiel.
Vênus para os gregos e romanos representa a figura da sua Deusa do amor e beleza, Afrodite. Amor espiritual e atração sexual. Natureza feminina. A sua cruz na parte inferior do círculo, significa o espírito tentando se libertar da matéria. O seu anjo é Hamaliel.
Júpiter o maior dos planetas, simboliza o pai, o patriarca, o rei, grandeza de espírito, sabedoria e generosidade. Representado por uma meia-lua crescente (consciência da alma) unida a uma cruz (matéria), natureza masculina, positiva. Seu anjo é Gabriel.
Mercúrio “O mensageiro dos deuses”, representado por um círculo com a meia lua em cima e a cruz embaixo, são a força ativa do eu, a consciência da humanidade, o intelecto, natureza andrógina. O seu anjo é Rafael.
Saturno simboliza o tempo, o terrível apetite para a vida, devora todas as suas criações, poderoso e malévolo, devido à natureza sutil e imperceptível com que mina a vitalidade do organismo físico. Natureza lenta, paciente, furtiva e velada. Representado pela cruz surgindo da meia-lua crescente, significa a manifestação da consciência. Positivo e masculino. Seu anjo é Micael.
Marte símbolo da força viril, da atividade e capacidade criadora, “Deus da guerra”, destrói rápido como um raio. Representado por um círculo com uma flecha na parte superior direita, significando a força criadora do espírito. Seu anjo é Ouriel.
As colunas simbolizam o que é justo e perfeito, a vida e a morte, os trópicos de Câncer e Capricórnio.
A corda com os laços de amor, que representam a união que deve existir em uma irmandade.
O “ovo cósmico” parece estar sendo sustentado pelas colunas. É o símbolo universal da origem da vida. Esotericamente representa a forma primordial esferoidal de cada coisa manifestada, desde o átomo até os globos planetários e o próprio universo. Na linguagem hieroglífica, o ovo representa a potencialidade, a semente da geração, o mistério da vida, símbolo do receptáculo que continha toda a matéria e todo pensamento.
Os vultos nas sombras representam aqueles que ainda não viram a verdadeira luz dos conhecimentos.
A estrela de seis pontas simboliza o signo de Salomão, apresentada com os dois triângulos entrelaçados, geralmente um de cor branca e outro de negra. As duas naturezas, a masculina e a feminina se interpenetram e se harmonizam. O ponto representa a manifestação divina. Diagrama de profunda significação oculta simbolizando entre outras coisas, a união do espírito com a matéria.

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quarta-feira, 25 de junho de 2008

MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 9 - OS TRÊS MAUS COMPANHEIROS


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OS TRÊS MAUS COMPANHEIROS

“Três forças despertaram e têm um aspecto negativo, mortal, mas o sábio lhes afronta e as utiliza para o processo de morte- renascimento – união estática do homem com Deus (“indiamento”).

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

O pavimento de mosaicos, representa a dualidade que existe em cada ser humano.
Só quando conseguirmos fazer o caminho entre o bem e o mal é que poderemos alcançar a perfeição e nos tornamos como a estrela flamejante irradiando luz ao mundo.
As três chamas simbolizam as luzes que governam uma loja: O Venerável mestre, o 1º e 2º Vigilante; sabedoria, força e beleza, colunas que sustentam o templo interior.
O esqueleto simboliza que com o passar do tempo a eternidade nos espera; a entrada e saída da existência, são guardadas pelo terrível mistério da morte.
O esquadro e o compasso de companheiro, simboliza que o espírito ainda não dominou a matéria.
Três maus companheiros; J, J, J, representam: A mentira que procura matar a verdade por meio da régua. A ignorância que usa do malho de uma vontade sem freio. A superstição que quer tudo medir com o seu pequeno compasso e prefere plantá-lo no coração do sábio, a renunciar a sua rotina de abrir o seu ângulo estreito até a medida de seus grandes pensamentos.
O sol no centro do zodíaco (roda da vida), com seus raios gloriosos desloca-se incessantemente através do éter, levando luz e calor.
A estrela de cinco pontas, simboliza a perfeição; também chamada de pentagrama, feita de um só traço; considera-se em geral, que ela represente os cinco sentidos com os quais o homem se comunica com o mundo. Pode representar também o próprio homem ideal unificado, onde cada uma das pontas representa a cabeça e os quatro membros do corpo humano.
A estrela de seis pontas chamada de Selo de Salomão, com o duplo triângulo eqüilátero entrelaçado. Este símbolo é freqüentemente representado com um triângulo de cor branca e outro de cor negra. Trata-se de um diagrama de profunda significação oculta, simbolizando, entre outras coisas, a união do espírito com a matéria.
O ponto dentro do triângulo é símbolo da primeira manifestação divina ou do princípio criativo divino.
As sete velas são símbolos da luz espiritual como elemento de salvação.
A lenda de Hiram uma ficção simbólica, é na maçonaria o símbolo da iniciação na ciência secreta. Só revelada a pessoas experimentadas e aptas para compreende-la.
Hiram como companheiro tenta buscar as forças cósmicas e direcioná-las ao coração.
Os seres nas sombras, portando as suas espadas estão prontos a fazerem justiça.
O ramo de acácia verde assume no simbolismo maçônico, o mesmo papel da palmeira dos indianos, o salgueiro dos caldeus, o lótus dos egípcios, o mirto dos gregos, o visgo dos druidas.
Aqui o iniciado morre para o mundo para renascer na verdadeira vida.
O mestre Hiram possui todos os segredos da maçonaria e é por possuir estes segredos que foi morto. Com a sua morte perde-se a palavra.
Somente poucos sábios que conhecem como vencer a morte, recebem a iniciação nos altos mistérios, o mais alto segredo confiado aos adeptos. Somente estes podem realmente dizer: “A Acácia me é Conhecida”.



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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 8 - A JERUSALÉM CELESTE


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A JERUSALÉM CELESTE

“A cidade celeste começa a reedificar-se, a materializa-se carne e sangue; no seu centro, o centro de um quadrado de três por três, com 12 aberturas, a estrela de cinco pontas já emite uma luz vívida”.

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

Descrita no Livro da Lei em Apocalipse Cap. 21, V. 9 a 27, Cap. 22, V. 1 a 5, como uma cidade situada em quadrado, sendo o seu comprimento tanto como a sua largura, medindo doze mil estádios; E o seu comprimento, largura e altura eram iguais. Representa o tabernáculo de Deus com os homens. O GADU é o alfa e o Omega, o princípio e o fim.
A Jerusalém Celeste possui doze portas, sendo três no oriente, três no ocidente, três no norte e três no sul, em cada uma delas um anjo e um nome que são os nomes das doze tribos de Israel(Judá, Issacar, Zebulom, Rubem, Simeão, Gade, Efraim, Manasses, Benjamim, Dã, Aser, Naftali).
A fabricação do seu muro era de Jaspe e a cidade de Ouro puro, em cada porta uma pedra preciosa, a primeira era Jaspe; a segunda, Safira; a terceira, Calcedônia; a quarta, Esmeralda; a quinta, Sardônica; a sexta, Sardio; a sétima, Crisólito; a oitava, Berilo; a nona, Topázio; a décima, Crisopaso; a décima-primeira, Jacinto; a décima-segunda, Ametista;
Esta cidade não necessita de Sol nem de Lua, pois, nela resplandece a glória do GADU, do trono procedia o rio da Água da Vida e no meio da praça a Árvore da Vida que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês.
O sacrifício de nossas supertições, da arrogância que nos infundiu nossa educação primária (Graus Simbólicos). E da vaidade científica que ostentam os títulos pomposos e as insígnias de nossa educação secundária (Lojas de Perfeição e Capítulos). Com a Jerusalém Celeste, iniciamos no grau 19, o curso superior (Graus Filosóficos). Na Loja Simbólica nos despojamos de nossos adornos, sacrificamos nos altares as más paixões, para cavar masmorras ao vício e levantar Templos à virtude, e uma venda, que servia de emblema da ignorância, caiu de nossos olhos. A dúvida semeada em nosso espírito, na primeira iniciação, produz seus frutos, e por nossos estudos incessantes haveremos de elevar nosso espírito ao trono do eterno e poderemos receber dele sua luz divina, projetando-a como nova constelação, sobre todos os homens, nossos semelhantes. Conhecendo os direitos e deveres da humanidade e aprendendo como hão de se firmar no mundo, só então, poderemos entrar no templo da razão (Jerusalém Celeste), onde se ensina a arte esotérica, o governo dos irmãos, da Liberdade, da Igualdade, da Fraternidade e a Abnegação, passamos, então, a sermos o verdadeiro Aprendiz da Maçonaria Escocesa, os graus anteriores são preparatórios.
No Templo da razão não se entra apenas com a Fé, porque a Fé no desconhecido é patrimônio da ignorância. Para ingressarmos neste Templo, temos que possuir Sabedoria, para obtê-la, temos que passar pelos filtros, pelas doze portas, símbolo do zodíaco intelectual em que estaciona o iluminar da RAZÃO.
A Primeira: É que não há princípio de virtude, de honra, ou de moral, que não seja inerente à CONSCIÊNCIA; e que cada homem de juízo perfeito e mediana educação não a possui no mesmo grau em que é instruído.
A Segunda: Que nenhum desses princípios, nem todos juntos, bastam para governar a ASSOCIAÇÃO, porque o bem que faz aos homens, por sentimento moral, é, como toda afeição do espírito, passageiro e não produz senão afetos transitórios, enquanto que a sociedade humana é uma OFICINA DE TRABALHO e PRODUÇÃO, em que o interesse material é mais poderoso que o moral.
A Terceira: Que as RELIGIÕES, filhas do grau de civilização que cada povo alcança, não podem servir para dirigi-la, pois, todas as apóiam no ABSOLUTO, e, apenas invadem o terreno intelectual humano, paralisam a RAZÃO e sepultam o Universo no OBSCURANTISMO.
A Quarta: Que a METAFÍSICA e a PSICOLOGIA, ocupadas com o ABSTRATO, se perdem em vãs especulações ou caem no ABSOLUTO, porque não fizeram progredir a civilização.
A Quinta: Que a LITERATURA não pode ser seu facho, porque é a simples expressão do que aquela tem adiantado, e, como dissipa os erros e as verdades de uma época, também serve para consagrar o MAL, com o prestígio da antiguidade, como o BEM, e este é tão limitado que mais ajuda a EDUCAÇÃO que a SABEDORIA.
A Sexta: Que a CONDUTA MORAL E INTELECTUAL do homem se regula pela noção do seu tempo ou do país em que ele vive, noções que variam em cada geração, e, às vezes, em cada ano, se os sábios que nele habitam se conduzem no caminho do PROGRESSO e podem propagar livremente suas idéias.
A Sétima: Que tendo as OPINIÕES e as INSTITUIÇÕES relativas ao lugar que ocupam os países no tempo, querer que as idéias fecundadas nos mais civilizados, pelo transcurso dos séculos, penetrem e se apóiem nos menos adiantados, é fazer com que desapareça o intervalo que separa a sementeira da produção do fruto.
A oitava: Que o melhor GOVERNO é aquele que destrói as más leis de seus predecessores, já porque está ao nível das luzes do século, já porque conhece seus verdadeiros interesses.
A Nona: Que o PROGRESSO é o resultado das leis físicas unido ao das leis intelectuais.
A Décima: Que separar uma das outras é anulá-las reciprocamente, pois, se a natureza bruta influi no homem, o GADU, lhe deu a RAZÃO para compreendê-la e domina-la.
A Décima-primeira: Que os resultados dos conhecimentos científicos se anulam com a corrupção dos costumes, que quebra os vínculos da família e introduz a desconfiança entre os associados, como os da moralidade de um país se destroem quando marcha ao lado do seu embrutecimento.
A Décima-segunda: E última, que não basta conhecer nossos deveres, nem promulgar nossos direitos; é necessário saber cumprir uns e garantir os outros.
Estas verdades que, bem entendidas e observadas, levaram ao apogeu a civilização. Contra elas lutam a INTOLERÂNCIA, a SUPERSTIÇÃO e o FANATISMO.
Esse quadro, o TEMPLO DA RAZÃO ou A JERUSALÉM CELESTE que esta suspensa nas nuvens, é de um fulgor indescritível, anjos estão à sua volta, é a expressão de nosso desejo de realizar a magnífica criação do PARAÍSO TERRESTRE.
Vemos ainda, a corda com os laços de amor, de profundos significados, tais como: Representa os principais atributos da divindade; União entre os irmãos; de noventa cavaleiros foram escolhidos nove eleitos, resultando no número oitenta e um; a corda verde que foi usada para colocar no ataúde o corpo do Mestre Hiram Abif;
Um verdadeiro maçom trabalha para o progresso e melhoria da humanidade do futuro. Ele contempla, com instintivo impulso além de sua vida, aqueles que lhe sucederão, e anseia por sobreviver seus próprios dias e sua geração. Ele procura sobrevivência no bem, que é feito à humanidade, e não à reputação esmorecida na memória do homem. E quando chegar o dia do nosso comparecimento ante o GADU e ele nos perguntar: que fizestes? Responderemos a uma só voz: não temos podido vencer, porém temos lutado bastante!

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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 7 - A PEDRA POLIDA


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A PEDRA POLIDA

“O trabalho do companheiro está quase concluído, ele simplesmente deverá justapor a própria pedra no “lugar que lhe compete”, mas o que se esconde no núcleo “áureo” da pedra-homem?”

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

O pavimento de mosaico com a sua alternância de cores está sempre a mostrar a dualidade na vida, amor e ódio, belo e feio, rico e pobre. È o caminho que o iniciado deve trilhar, entre o preto e o branco, uma linha muito fina.
O livro da lei é o código de moral da instituição.
O malhete é o símbolo do poder.
A espada representa o espírito ou a palavra do Supremo Árbitro dos Mundos, a espada flamejante simboliza a espada de fogo que foi usada pelos querubins do paraíso, só o conhecimento elevado nos permite segura-la. O seu fogo extermina no profano o que existe de mal e faz nascer um novo homem.
Nos degraus os seis obreiros do bem e do trabalho, os apóstolos liberdade, reverenciam a sua criação o sétimo ser. O novo homem-pedra.
O aprendiz tenta despertar a força da palavra no sinal gutural, nele a matéria sobrepõe o espírito.
O companheiro já começa a sentir que o espírito se faz presente sobre a matéria querendo sobrepujá-la, tenta receber as forças do alto para direcioná-las ao coração.
O mestre não se importa que lhe dividam o corpo, pois sabe que o seu espírito dominou a matéria, ele é imortal.
Os degraus mostram a ascensão do ser na caminhada em busca do aperfeiçoamento moral e espiritual.
Sobre a pedra polida que representa a perfeição, o machado símbolo do trabalho desenvolvido pelo homem em todos os tempos. Ele é o grande agente da civilização, foi a primeira arma e o primeiro instrumento, também tem sido desde os tempos pré-históricos, objeto de um culto quase geral. Mais tarde, os homens fizeram dele uma arma favorita dos Deuses. Todo trabalho produtivo é nobre e liberal, isto é digno de homens iguais e livres. A única condição desprezível é a do ocioso, que deprime a sociedade. “que aquele que não quer trabalhar, não tenha o que comer”, disse o apóstolo Paulo. A sabedoria das nações tem repetido sempre que a ociosidade é a mãe de todos os vícios.
A corda é o símbolo da união, os finos fios trançados a fazem ter uma enorme resistência, os laços de amor dão a liberdade necessária entre os iniciados, nunca se apertando para se transformarem em nós.
O portal é construído de duas colunas simbolizando o que é justo e perfeito, encimadas por um triângulo, figura geométrica com importante valor simbólico em muitas religiões e escolas esotéricas, representando a trindade divina: sabedoria, perfeição e harmonia. O triângulo eqüilátero é um dos principais símbolos maçônicos; aparece geralmente com um olho aberto em seu interior, simbolizando a consciência divina, sempre desperta e vigilante. Neste triângulo temos as letras hebraicas, Iod, He, Vá, He, o nome inefável.
Ao fundo o entrelaçamento que partindo das extremidades se convertem em círculos de irradiação.
Acima do pórtico, as letras que representam a frase: À Glória Do Grande Arquiteto do Universo.
Com o trabalho praticamente concluído, a pedra polida por base, este é o local escolhido para se colocar o templo interior construído, o “homem-pedra”. No seu núcleo estão escondidas as virtudes que foram cultivadas durante o desenvolvimento espiritual do ser. Então ele pode sentir que é justo e perfeito.

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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 6 - A PARTIR DA FANTASIA A INTUIÇÃO


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A PARTIR DA FANTASIA A INTUIÇÃO


“Planos assimétricos, irreais absurdos, são o contra-altar da passagem da perpendicular à nivelada, só a perseverança e a compreensão da beleza além da força consentirão a elevação da letra “G”.

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

Somente aqueles que possuem um alto grau de conhecimento, sabem interpretar uma planta totalmente assimétrica, beirando o irreal e absurdo. Quem não tiver esclarecimento não poderá sequer se mover dentro de uma construção como esta. Na realidade ficará perdido em seu emaranhado de caminhos.
Em qualquer situação, os verdadeiros mestres da arte real poderão encontrar o caminho que leva à perfeição, eles saberão interpretar os indicativos do caminho. Após passarem pelas colunas branca e preta, os pares opostos, conseguirão seguir em frente apenas pela intuição. Muitas são as opções para se prosseguir na jornada, pode-se subir e descer escadas, mas o foco final é um só. As escadas são uma sucessão de degraus simbolizando a idéia de ascensão, graduação e comunicação entre diversos planos da consciência ou planos existenciais, expressam também, o momento de ruptura de nível que torna possível a passagem de um mundo para outro (de um plano de consciência para outro), bem como a comunicação entre a terra, o céu e o inferno.
Não interessa onde se vê o pavimento de mosaico, apenas o que ele representa, a dualidade que há nos caminhos em todas as etapas de nossa existência. O positivo e o negativo, o belo e o feio, o grande e o pequeno, sabedoria e ignorância, o bem e o mal, luz e trevas, nascimento e morte.
Sete seres formam esta oficina perfeita. Um está entre colunas que representam os conceitos filosóficos e éticos sobre os quais repousa a instituição. Um outro com um sinal com a mão para o alto, como uma antena, indicando que está captando as forças do alto para direcioná-las ao coração. Um outro segura a espada, símbolo muito usado na magia e no misticismo medieval. A espada representa o espírito ou a palavra do Grande Arquiteto dos Mundos. A espada flamejante emblema supremo da realização espiritual. Do ponto de vista esotérico, a espada representa o extermínio físico e a determinação psíquica dentro caminho cósmico do sacrifício. O simbolismo da espada está ligado também à idéia da ação da justiça.
O nível nos mostra como temos de pautar as nossas ações, é símbolo da igualdade.
O símbolo de Vênus, representa o espírito em seu esforço de libertar-se da matéria; o de Marte simboliza a força criadora do espírito.
A união e a solidariedade humana, faz com que um ser, segure a escada para aquele que atingiu o conhecimento através da letra “G” possa chegar até a estrela, símbolo universal do espírito. Esotericamente ela simboliza a possibilidade de realização espiritual.
Outros dois seres, praticamente terminaram o trabalho, o conhecimento do uso das ferramentas é que pode levar o ser a obter o espírito elevado, simbolizado pela estrela em sua posse. E na pedra polida onde estão o esquadro e o compasso, símbolos do que está justo e perfeito. Só após atingirem este estado, estarão aptos a passarem pelas nuvens e verem o paraíso celeste, se verão então face a face com o Grande Árbitro do Universo.

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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 5 - UMA ESCADA DE CINCO DEGRAUS


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UMA ESCADA DE CINCO DEGRAUS
(DI PRINZIO – 1980)

“a nova planta cresceu, agora tem “cinco anos”, descobriu o “pentágono”, mas ainda não a Estrela Flamejante, que tem cinco pontas”.

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

Sobre o pavimento de mosaico símbolo da dualidade na vida, existe uma construção constituída de uma escada de cinco degraus, representando a evolução do companheiro; as suas paredes duplas foram erguidas com pedras cúbicas polidas, que foram divididas em três sessões, em sua face exterior possuem a representação de seres alados (anjos), como a guardarem a obra.
Na primeira sessão externa, do lado esquerdo por cima das pedras estão os signos zodiacais: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, interligados com a 2ª parede interna, onde estão os símbolos alquímicos dos planetas: Vênus, Mercúrio e Lua. No lado direito externo os signos: Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes, interligados com a 2ª parede interna, onde estão os símbolos de: Júpiter, Marte e o Sol. Ao centro, entre as paredes a letra “G” (gnose, geômetra e grande), e o símbolo de Saturno. O Esquadro e o Compasso entrelaçados, simbolizam que o espírito (compasso), começa a se sobrepor à matéria (esquadro). O companheiro descobre o pentágono, que forma uma cadeia em torno do Olho que tudo Vê; que emite radiações que se transformam como se fossem as luzes de um arco-íris (entre os antigos gregos, simbolizava a união entre o reino dos Deuses e a Terra). O companheiro ainda não descobriu a Estrela Flamejante de cinco pontas.
A trolha e a régua, são instrumentos utilizados na construção do templo interno erigido ao eterno.
A revolução anual da terra ao redor do Sol está dividida em 360º de um círculo, o qual, por sua vez, se subdivide em 12 arcos iguais, conhecidos como doze signos do zodíaco, dispostos ao longo das quatro estações do ano (primavera, verão, outono e inverno), os doze signos têm uma simbologia de caráter essencialmente dinâmico e cíclico. A seqüência dos signos representa toda a epopéia física e espiritual do homem e das coisas, desde o primeiro impulso da criação até a realização plena co ciclo que culmina com a emancipação espiritual. A sucessão dos signos zodiacais nos ensina que todas as coisas têm um começo, um meio e um fim. Mas que este fim é apenas o encerramento de um ciclo, encerramento necessário para que se produza uma transformação da consciência e o início de um novo ciclo existencial.
Por óbvias razões de limitações de espaço, o simbolismo de cada signo será dado aqui em rápidas pinceladas, tendo-se porém presente que o tema é tão vasto que os livros já escritos sobre o mesmo completariam várias bibliotecas.
“Áries, 21/03 a 20/04. Primeiro signo do zodíaco, representado pelo Carneiro, masculino, elemento o fogo, e o metal o ferro, instintivo e inteligente. Caráter ativo, capacidade de liderança, valor, decisão e entusiasmo, rege a cabeça e o cérebro.
Touro, 21/04 a 20/05. Representado pelo Touro, transforma a força criativa de Áries nos poderes de fecundação e procriação da natureza, feminino, elemento a terra, e o metal, o cobre. Símbolo do caráter perseverante, trabalhador, reflexivo, conservador, afetuoso. Rege os ouvidos, o pescoço e a garganta.
Gêmeos, 21/05 a 20/06. Representado por dois gêmeos, que são os místicos Castor e Pólux, simboliza o momento em que a força criadora de Áries e Touro se dividem em duas correntes, uma ascencional, espiritual, a outra é descendente, no sentido da multiplicidade das formas e do mundo fenomênico. Masculino, elemento o ar, metal é o mercúrio. Dom da inteligência rápida, capacidade de dedicar-se a várias coisas ao mesmo tempo, curiosidade mental, amor à ciência e à arte. Governa os braços e as mãos, o aparelho respiratório e o sistema nervoso periférico.
Câncer, 21/06 a 22/07. Signo da maternidade, simboliza as forças criadas e também a tenacidade pela vida, feminino, elemento a água, e como metal, a prata. Caráter sensível, receptivo e poder de imaginação. Governa o peito, o estômago e os seios.
Leão, 23/07 a 22/08. Simboliza força e vigor do fogo (poder solar), em seu apogeu. Poder da vontade, os sentimentos e emoções nobres. Masculino, elemento é o fogo, e seu metal é o ouro. Caráter enérgico, magnânimo, otimista, individualista, amante das artes e da amizade. Governa o coração e a circulação sangüínea.
Virgem, 23/08 a 22/09. No hemisfério norte, o sol cruza por este signo no final do verão, época da colheita. Por isso, ele é representado por uma jovem com duas espigas de trigo na mão. Simboliza a castidade ideal (a pureza do espírito e da alma), representa também a consciência dinâmica, feminino, elemento a terra, e como metal o mercúrio. Reservado, modesto metódico e ordenado, com grande capacidade analítica, digno e eficaz. Governa o ventre, o intestino e o fígado.
Libra, 23/09 a 22/10. A balança símbolo universal do equilíbrio, da legalidade e da justiça, masculino, elemento é o ar, e seu metal, o cobre. Afável, sentido de justiça, amor ao matrimônio, harmonia, refinamento, sociabilidade, intuição. Controla os rins e os órgãos genitais internos (particularmente os femininos).
Escorpião, 23/10 a 21/11. Símbolo da morte como momento de crise necessária à transformação, representa a perda pelo homem, de seu estado de inocência e pureza, devido à paixão pelos prazeres sensuais. Signo da transformação, simboliza a vitória final do ser espiritual sobre o reino da matéria. Feminino, elemento a água, e o metal o ferro. Enérgico e prático, tenaz e ativo, prudente e calculador, predisposto a capacidades psíquicas. Governa os órgãos sexuais e o intestino grosso.
Sagitário, 22/11 a 21/12. Representado por um centauro munido de arco e flecha preste a ser disparada. Simboliza a sabedoria e a autoridade. Símbolo cósmico do homem dual: animal e espírito. Nesse sentido, o arco retesado é emblema do estado de permanente tensão que existe entre o céu (masculino), e a terra (feminino). Masculino, tem como elemento o fogo, e como metal o estanho. Otimismo, sociabilidade e franqueza, amor às viagens e esportes, sentido do dever, entusiasmo e boa vontade. Governa os músculos e os quadris.
Capricórnio, 22/12 a 20/01. Signo de natureza dual, representado por um bode cujo corpo termina numa cauda de peixe (emblema de dois sentidos que pode assumir a vida humana). A precipitação no abismo aquático das paixões e da matéria, ou a escalada da montanha espiritual. Feminino, elemento é a terra, seu metal é o chumbo. Laborioso, reflexivo e perseverante, responsável e amante da solidão, cumpridor de seus deveres, paciente e tenaz. Governa os ossos, joelhos, articulações, pele e cabelo.
Aquário, 21/01 a 19/02. Simboliza o processo de dissolução e de composição das formas criadas, a perda dos limites ou fronteiras, a eminência da liberação espiritual através da destruição do mundo fenomênico. Masculino, elemento é o ar, seu metal, é o alumínio. Original e independente, lealdade, ação, prudência, intelectualidade. Rege os calcanhares.
Peixes, 20/02 a 20/03. O último signo do zodíaco representa o processo final de dissolução das formas iniciado em capricórnio. Representado por dois peixes dispostos lado a lado, mas em sentido inverso, simbolizando o momento final de liberação do espírito das malhas materiais. Feminino, seu elemento é a água, e seu metal, o estanho. Intuição, fé, piedade, compaixão, espírito de sacrifício, tendências místicas. O cristianismo, como religião, é um típico exemplo da mentalidade de peixes. Governa os pés e o sistema glandular”.
A simbologia de cada planeta é extremamente rica e complexa, abrangendo interpretação esotérica, astrológica, psicológica, mítica, etc. Cada planeta expressa uma determinada virtude ou tendência.
O Sol expressa vontade e atividade; a Lua, a imaginação e o mundo das formas; Marte, a ação e a destruição; Mercúrio, a inteligência e o movimento; Júpiter, o juízo crítico e a direção; Vênus, o amor e as relações humanas; Saturno, o conservadorismo e a reserva.

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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 4 - A PARTIR DA PEDRA BRUTA A OBRA PRIMA


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A PARTIR DA PEDRA BRUTA A OBRA PRIMA

“Na fase da conclusão de seu trabalho, para merecer aumento de salário, o aprendiz conhece boa parte da programação, no momento posterior ao estudo e a racionalidade, está pronto para entrar no próprio íntimo e obedecer plenamente ao imperativo, “CONHECE-TE A TI MESMO”.

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

O Sol, corpo celeste mais rico em simbolismo; representa o espírito, princípio da vida e de todas as coisas, símbolo da divindade por excelência. Emblema da geração, conservação e sustentação da vida, força positiva, agressiva e dominadora. É o princípio vital. Representado por um círculo (símbolo do espaço e do tempo infinitos) com um ponto no meio (símbolo do espírito). O seu anjo é Zaraquiel.
A Lua, a “Deusa da noite”, mãe universal, princípio feminino, representa a alma e a matéria. Força de caráter magnético. Símbolo da imaginação. Representada por um crescente em forma de copa, simbolizando o lado receptivo da natureza humana. O seu anjo é anjo Tsafiel.
Vênus para os gregos e romanos representa a figura da sua Deusa do amor e beleza, Afrodite. Amor espiritual e atração sexual. Natureza feminina. A sua cruz na parte inferior do círculo, significa o espírito tentando se libertar da matéria. O seu anjo é Hamaliel.
Júpiter o maior dos planetas, simboliza o pai, o patriarca, o rei, grandeza de espírito, sabedoria e generosidade. Representado por uma meia-lua crescente (consciência da alma) unida a uma cruz (matéria), natureza masculina, positiva. Seu anjo é Gabriel.
Mercúrio “O mensageiro dos deuses”, representado por um círculo com a meia lua em cima e a cruz embaixo, são a força ativa do eu, a consciência da humanidade, o intelecto, natureza andrógina. O seu anjo é Rafael.
Saturno simboliza o tempo, o terrível apetite para a vida, devora todas as suas criações, poderoso e malévolo, devido à natureza sutil e imperceptível com que mina a vitalidade do organismo físico. Natureza lenta, paciente, furtiva e velada. Representado pela cruz surgindo da meia-lua crescente, significa a manifestação da consciência. Positivo e masculino. Seu anjo é Micael.
Marte símbolo da força viril, da atividade e capacidade criadora, “Deus da guerra”, destrói rápido como um raio. Representado por um círculo com uma flecha na parte superior direita, significando a força criadora do espírito. Seu anjo é Ouriel.
O Diamante representa o “centro Místico irradiante”, conectado ao sol, é a luz, atributo das divindades, simbolizando o poder divino. O diamante é a obra prima que se obtém da pedra bruta, sobre ele simbolizando o adepto que alcançou o conhecimento está o homem, Acima dele a representação do infinito. Em torno do diamante a corda simbolizando que tudo é possível através da união de todos.
A pedra cúbica tem em suas faces os instrumentos que foram usados no desbastamento da pedra bruta. O esquadro, representa a perfeição. O compasso, a medida justa. O malho é a força criadora. O cinzel o juízo que direciona a força. A trolha símbolo do trabalho.
Tudo está justo e perfeito entre as colunas, que simbolizam a vida e morte, o positivo e o negativo, o masculino e o feminino.
Na penumbra, diversos vultos, parecem admirar a obra prima, eles ainda não atingiram a luz. Estão até mesmo fora do pavimento de mosaicos, símbolo da dualidade, amor e ódio, belo e feio, o bem e o mal, a vida e morte.
O trilhar do adepto sobre o pavimento de mosaicos é difícil, ele deve caminhar sempre entre o preto e o branco, é uma linha muito fina para se atingir a perfeição.

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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 3 - O TRABALHO ARQUITETÔNICO


3

O TRABALHO ARQUITETÔNICO
(Di Prinzio – 1980)

“Os aprendizes, companheiros e mestres, estão empenhados na construção do templo do homem e da humanidade. A analogia Homem-Pedra é reforçada várias vezes, mas a proteção de tanta efervescência produtiva, continua a ser a Glória Do Grande Arquiteto Do Universo”.

Livre interpretação da obra do pintor Di Prinzio, por Pedro Neves.

Todo aquele que procura o aperfeiçoamento moral e espiritual, está sempre desbastando as suas imperfeições e aprimorando as suas virtudes.
Ao erigirmos o nosso templo interior, estaremos contribuindo para a coletividade que formará então o templo da humanidade.
O trabalho de aperfeiçoamento do ser humano é incessante. Dia a dia, temos de travar lutas contra os vícios, as maldades, os ódios, os desamores, enfim, contra tudo que nos avilta e nos arrasta para o mal.
A analogia Homem-Pedra mostra que mesmo a rocha mais dura pode ser moldada, utilizando-se instrumentos apropriados. Pois, não sabendo como utiliza-los corremos a risco de fazê-la desmoronar. Devemos ser sempre ciosos no uso das ferramentas de trabalho de um pedreiro livre, utilizando-as de maneira adequada.
O Malho, símbolo da força de vontade, devendo a força ser bem aplicada no desbastamento da pedra bruta.
O Cinzel, símbolo do juízo, que deve bem conduzir a força que vem do malho.
O Esquadro, símbolo da retidão. Com a utilização do seu ângulo reto poderemos fazer uma o acabamento perfeito nas pedras a serem utilizadas nas paredes do templo.
O Compasso, representa a medida justa que bem aplicada, nos leva ao aperfeiçoamento das virtudes.
A Alavanca, também simboliza a força, é aquela que com um ponto de apoio pode-se os maiores obstáculos.
A Régua, símbolo da medida certa, a ser utilizada em cada pedra polida na construção do nosso templo.
A Escada, símbolo da passagem de um plano para outro, cada degrau representa a aquisição de novos conhecimentos.
A Trolha (colher de pedreiro), é utilizada para um perfeito acabamento das paredes do Templo.
O Cimento Místico, é aquela massa constituída pelas virtudes. São elas que irão acabar com as imperfeições.
Somente com uma boa equipe de trabalho, com união, fraternidade e amor, conseguiremos construir o templo dedicado ao Eterno.
No Templo justo e perfeito, não pode haver lugar para desarmonias e discórdias.
Quando entendermos que somos todos irmãos que nunca deve haver distinção de raça ou credo, poderemos ser felizes.
Quando o ser humano conseguir construir o seu Templo perfeito, teremos uma Humanidade mais justa e perfeita.

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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 2 - A OFICINA



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2 A OFICINA (Di Prinzio – 1980) “As duas torres marcam a passagem no recinto sagrado, do pavimento de Mosaico, no sentido de uma meta distante do agora, supervisionada por 7 energias retratadas como olhos” Interpretação livre da obra de Alfredo Di Prinzio, por Pedro Neves. Representa o lugar de trabalho, a construção do templo Perfeito. Onde devemos cavar masmorras ao vício e levantar templos à virtude. Desbastando a pedra bruta, símbolo das imperfeições humanas com o malho e o cinzel, chegaremos à pedra cúbica polida que representa a perfeição. Os obreiros do bem e da paz usam como argamassa o “Cimento Místico” para unir as pedras perfeitas. Temos que saber fazer o bom uso do esquadro; utilizar o ângulo reto em nossas vidas para o aperfeiçoamento da matéria. Com o compasso temos a medida justa para o aprimoramento espiritual através da prática das virtudes. A régua símbolo da retidão, mostra que devemos traçar um caminho reto para atingir nossos objetivos. O prumo serve para verificar se as paredes do Templo a ser erigido estão perfeitas e alinhadas. O malho símbolo da vontade bem dirigida, da força que deve ser conduzida pelo juízo representado pelo cinzel, ambos trabalham em perfeito equilíbrio. A alavanca como dizia Arquimedes “dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”, ela representa o esforço humano que não deve perder a coragem. Os três pontos são a representação do triângulo símbolos da divindade, são usados nos escritos maçônicos podendo simbolizar o amor, luz e pureza. As letras A G D G A D U, significam: À Glória do Grande Arquiteto Do Universo. A oficina está sobre o pavimento de mosaico, que simboliza a dualidade na vida humana, o bem e o mal, amor e ódio, virtude e vício, positivo e negativo. Ela tem o formato de uma chave, parecendo-se com uma ponte símbolo de transição de um estado para outro. Em psicologia onírica, a imagem de uma ponte pode representar um desejo inconsciente de mudança. Na simbologia mística, a ponte é o emblema de ligação entre aquilo que pode ser percebido e aquilo que está além da percepção. O nível simboliza a igualdade que deve reinar entre os seres humanos. Os três focos de chamas simbolizam as três luzes que governam a oficina, é princípio divino, a vida e a morte, transformação e regeneração, calor e energia vital, o fogo é o purificador supremo. Somente seguindo a nossa jornada rumo ao oriente, poderemos alcançar a perfeição simbolizada na estrela de cinco pontas, também chamada de pentagrama, feita de um só traço, símbolo de rica significação, a qual tem sido mudada no decorrer da história, geralmente representa os cinco sentidos com os quais o ser humano se comunica com o mundo. Também o próprio homem ideal unificado, onde cada ponta representa a cabeça, e os quatro membros do corpo humano. Poderemos então, conhecer a verdadeira pronúncia da palavra perdida, o verdadeiro nome do Supremo Criador dos Mundos que se encontra dentro do delta, o triângulo representa o perfeito equilíbrio entre os três aspectos da divindade. Os ternários ou tríades sagradas, conceito comum à maioria das religiões (Brahma-shiva-Vishnu, Yang-Ying-Tao, Pai-Filho-Espírito Santo), tudo isto entre as colunas representativas do que é justo e perfeito, de onde se origina a criação do universo, aqui representado pelas esferas. A escada que segue paralela à oficina simboliza a ascensão na vida de quem não tem o conhecimento esotérico, aquele que só conhece o exotérico, aquele que ainda não viu a luz, este caminho não leva a lugar algum, existirá sempre um muro a impedir o seu progresso. Sete olhos supervisionam tudo, simbolizando a energia vital que tudo domina. Temos também sete seres em seu trabalho incessante que formam a oficina justa e perfeita.
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Pedro Neves

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Publicado em 03/06/2008 às 16h00
Música: CHRONICLES -BESIDE - VANGELIS

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MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO - 1 - O TESTAMENTO



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1 O TESTAMENTO (Di Prinzio – 1980) “É o momento da espoliação e abandono dos metais, a morte profana, afim de, ser renascido como “neófito” (novato), com o início de um novo Templo” Interpretação livre da obra de Alfredo Di Prinzio, Por Pedro Neves. O Candidato à iniciação maçônica, tem como primeira prova, fazer o seu testamento na câmara de reflexões, que representa a cripta, local que simboliza a morte e o renascimento para uma nova vida. Despojado de metais, simboliza que estará livre das tentações mundanas que o levam a refletir sobre a morte e a vida. No TESTAMENTO, o candidato deverá responder livremente, as seguintes perguntas: Quais são vossos deveres para com Deus? Quais são vossos deveres para com a Humanidade? Quais são vossos deveres para com a Pátria? Quais são vossos deveres para com a Família? Quais são vossos deveres para com o Próximo? Quais são vossos deveres para Convosco? Datar e Assinar. Na CÂMARA de REFLEXÕES, existem frases e símbolos. “Se a curiosidade aqui te conduz, retire-se!” “Se sentes medo, não vás adiante!” “Se tens coragem, serás purificado pelos elementos, sairás das trevas e verás a luz!” O GALO simboliza a vigilância e perseverança que devemos ter como maçons, sempre anunciando o alvorecer de um novo dia. V.I.T.R.I.O.L : SIGNIFICA “Visita Interiora Terrae, Rectificandoque Invenies Occultum Lapidem” (Visita o Interior da Terra e, Pondo-se de pé Encontrarás a Pedra Oculta.). AMPULHETA - típico marcador de tempo antigo (relógio) e ALFANGE (morte), nos leva a pensar que o tempo passa e a morte nos espera, temos obrigação de usarmos o tempo de maneira eficaz. Ele pode ser o melhor amigo ou o pior inimigo. A VELA – único ponto de luz para iluminar o novo caminho que iremos trilhar, devemos mantê-la sempre acesa. A JARRA de ÁGUA (elemento essencial à vida), O PÃO (trigo), simbolizam o alimento para o espírito e a matéria, para dar forças ao candidato nas provas a que será submetido. O CRÃNIO e o ESQUELETO – Emblemas da morte, para nos lembrar que viemos do pó e ao pó retornaremos. O TINTEIRO e a PENA (caneta) – com que o candidato irá escrever o seu testamento no papel. O símbolo de SATURNO representa o CHUMBO como metal, emblema da morte do profano que irá renascer espiritualmente, simbolizando a transformação do chumbo em ouro, ou seja, o surgimento de um novo homem. O símbolo do AR representa calor e umidade, em geral, considera-se o ar como o primeiro elemento. O ar comprimido, ou concentrado, cria o calor e o fogo, do qual todas as formas de vida derivam. O ar está essencialmente relacionado com três conjuntos de idéias: o respiro criativo da vida, a palavra criadora; o vento (ar dinamizado), conectado em muitas mitologias com a idéia de criação; e, finalmente, o próprio espaço, como meio onde se produzem os movimentos e onde emergem os processos da criação e desenvolvimento da vida. Luz, luminosidade, bem como o sentido do olfato estão relacionados com o importante simbolismo do ar. Os três pequenos POTES são os princípios representados pelo SAL (sabedoria e ciência, eternidade, neutro), ENXOFRE (espírito presente, ativo e masculino), MERCÚRIO (matéria, feminina). O PAVIMENTO DE MOSAICO representa o preto e o branco, os pares opostos. E a eterna dualidade que há nos caminhos em todas as etapas de nossa existência, o Positivo e o Negativo, o Belo e o Feio, o Grande e Pequeno, Sabedoria e ignorância, Dia e Noite, Luz e Trevas, o Bem e o Mal, Honras e Calúnias, êxito e Fracasso, Direita e esquerda, Sono e Vigília, Dor e Prazer, Amar e Odiar, Nascer e Morrer. A MESA e a CADEIRA estão sobre a dualidade do pavimento de mosaico, para que possamos refletir sabiamente. O ESQUADRO e o COMPASSO formam a luz que emana por sobre a cripta de onde o candidato renascerá e será um novo homem. PEDRO NEVES . ` . M . ` . I . ` . 33 . ` . www.pedroneves.recantodasletras.com.br BIBLIOGRAFIA DA SÉRIE MAÇONARIA ARTE E SIMBOLISMO- RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM - GLMMG, DEZEMBRO DE 1981.- RITUAIS DOS GRAUS SUPERIORES DO REAA - SUPREMO CONSELHO - MANLY, P. Hall, Hermetic, Qabbalistic, and Rosacrucian Symbolical Philosophy, 1928.- BLAVATSKY, Helena P, Síntese da Doutrina Secreta - 1973- BOUCHER, Jules - A Simbólica Maçônica - 1979.- PLANETA, Revista - 128-A - 2ª Edição 1972.- PLANETA, Revista - 152-c - 1985.- HIRAM, Revista - Nº 6 - Dicembre 1980
Pedro Neves

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Publicado em 03/06/2008 às 15h51
Música: A TROPICAL RAIN FOREST - KITARO

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Pedro Neves
Maçonaria - Esoterismo - Misticismo - Simbolismo
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MAÇONARIA ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM - REAA
Autores:
Pedro Neves, Péricles Neves
Editora: PEDRO NEVES
Ano: 2008
Páginas: 100
I.S.B.N.: 978-85-908355-0-9
Tipo: impresso
Preço: R$25.00
Sinopse:O LIVRO IDEAL PARA NÃO INICIADOS E INICIADOS, PARA QUEM QUER CONHECER A FILOSOFIA MAÇÔNICA, A MAIS JUSTA E PERFEITA INSTITUIÇÃO CRIADA PELOS HOMENS. UMA ANÁLISE PROFUNDA DOS MISTÉRIOS DOS RITUAIS MAÇÔNICOS EM LINGUAGEM SIMPLES E DE FÁCIL ENTENDIMENTO. PARA OS MAÇONS, O MELHOR SUPORTE PARA ENTENDIMENTO DA RITUALÍSTICA E ACOMPANHAMENTO DOS RITUAIS MAÇÔNICOS. O LIVRO MOSTRA QUE A MAÇONARIA NÃO SENDO UMA RELIGIÃO, MAS UMA INSTITUIÇÃO FILOSÓFICA, QUE PROCLAMA A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA COMO SACRATÍSSIMO DIREITO HUMANO. QUE SER MAÇOM É LEVAR À PRÁTICA AQUELE FORMOSÍSSIMO PRECEITO DE TODOS OS LUGARES E DE TODOS OS SÉCULOS, QUE DIZ, COM INFINITA TERNURA AOS SERES HUMANOS, INDISTINTAMENTE, DO ALTO DE UMA CRUZ E COM OS BRAÇOS ABERTOS AO MUNDO \"AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, FORMAI UMA ÚNICA FAMÍLIA, SEDE TODOS IRMÃOS!\". E QUE A MAÇONARIA É PARTE INTEGRANTE DA HISTÓRIA PÁTRIA E UNIVERSAL, OS MAÇONS SEMPRE ESTIVERAM PRESENTES NOS GRANDES EVENTOS, DEFENDENDO A TRILOGIA SAGRADA LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.

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