quarta-feira, 19 de novembro de 2008

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 7.8 - A GRÉCIA - PITÁGORAS - 2ª PARTE - VERSOS ÁUREOS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.8
A GRÉCIA

PITÁGORAS – 2ª PARTE

VERSOS ÁUREOS

PREPARAÇÃO

O CULTO DA DIVINDADE – Ter uma Religião. – Antes de tudo, rende aos deuses imortais o culto prescrito pela lei. Guarda também a tua fé jurada. Reverencia depois, como convém, aos heróis sublimes e os espíritos semideuses.

Primeiramente, rende aos deuses imortais o culto prescrito pela lei.
O sábio pede aos seus adeptos que não se separem da religião na qual foram educados. Todos os cultos valem ao olhar daquele ao qual são prestados. É, pois, um dever participar das cerimônias que lhe são prestadas em homenagem.
Mas, ainda que a religião seja o nosso primeiro dever, o adepto deve reconhecer o seu Deus por toda a parte, sempre presente na natureza.
Os ritos têm por fim criar uma harmonia entre os cidadãos, em os animar em conjunto à concepção de um ideal elevado.
Pelos pensamentos que esta harmonia impõe, em todas as horas e épocas, sempre os mesmos, o povo encontra-se mantido sempre acima do nível de seus interesses materiais.
Eis porque os ritos são necessários.
Mas não é preciso imaginar que a Ciência e a Fé, sejam termos antínomos. À base da Ciência, uma idéia preconcebida, portanto uma fé, impõe.
Sem o conhecimento de Deus, a Ciência não saberia remontar a esta Causa inicial, origem de todas as coisas, que é o seu verdadeiro fim.
Para que o mundo exista, é preciso o exercício de uma vontade criadora. É, pois, de toda a necessidade conhecer e admirar Deus em si mesmo, para encontra-lo em suas obras.

Guarda a tua fé jurada.
Aí existe o sinal de uma das altas virtudes pelas quais os pitagóricos se distinguem. Como os “quakers” da América do Norte e da Inglaterra, alguns mesmos não admitem o juramento; bastava que eles tivessem prometido ou afirmado alguma coisa, para que o conhecimento que se devia ter de alguma dignidade, não permitisse dúvida a ninguém.
Não somente a mentira era-lhes proibida, mas ainda a menor infração à palavra dada.
Um verdadeiro adepto morreria antes que faltasse à palavra.
É um exemplo que não seria muito seguido. Aquele que abaixa a seus próprios olhos, a ponto de poder transgredir a verdade, por qualquer interesse que fosse, abaixaria a sua própria alma e decaia no seu ideal, que é, portanto, o fim de sua vida.

Venera como convém, os Heróis sublimes e os Espíritos dos semideuses.
Como tantos outros textos, este preceito demonstra que os antigos acreditavam na existência de seres intermediários entre os homens e os deuses. Tais seres eram os grandes homens que produziam ações acima da humanidade ordinária. São os matadores dos monstros, os fundadores das cidades, os benfeitores d humanidade.
Estes heróis, enviados pelos deuses como apoios ou instrutores, formavam o objeto das grandes lendas e suas proezas voavam sobre a lira harmoniosa dos poetas. Aquele que tinha compreendido a sua vida magnânima, enfeitada de todas as belezas de forma poética e da música, sentia-se encorajado a imitar as suas empresas, a dar a sua vida à sua cidade, por sua pátria; tinha o desejo de se distinguir por atos magnânimos, e o nome dos poetas iniciadores como Orfeu, sustentava aqueles que teriam talvez caminhado em um gênero inferior.
Os heróis, sábios e gênios, eram para a antiguidade, o que os santos são em nossos cultos. Eles são, para todos os modelos de que o homem pode fornecer quando é sustentado pelo sentimento do divino.
Eis porque a lenda dos heróis não deve deixar jamais de ser espalhada; eis porque o grego os venera, porque ele sabe que não atingirá senão tardiamente o mundo das Forças infinitas que os deuses representam. Mas Hércules, Teseu e Orfeu, são homens e, entretanto, a glória e a veneração os rodeiam, porque têm mérito e enfrentam friamente a morte, libertando-se do mundo dos desordeiros e das feras que terrificam os seres sem defesa. Um tal ideal merece um culto. É a esta necessidade de admiração dos seres que nos servem de modelos, que corresponde o culto dos heróis e dos semideuses.


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