domingo, 7 de dezembro de 2008

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 7.12 - A GRÉCIA - PITÁGORAS - 6ª PARTE - VERSOS ÁUREOS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.12
A GRÉCIA
PITÁGORAS – 6ª PARTE
VERSOS ÁUREOS

PERFEIÇÃO

O MEIO DE APERFEIÇOAMENTO – O exame de si mesmo – Apenas desperto, aproveita-te logo da harmonia que vem do sono para elevares o teu espírito e refletires nas boas obras que deverás realizar.

Toda a noite, antes de dormires, faça o teu exame de consciência, repassa muitas vezes no teu espírito os atos de tua jornada e pergunta a ti mesmo: “Que fiz eu? Cumpri bem o meu dever em todas as coisas?” Examina assim sucessivamente cada uma das tuas ações. Se descobrires que fizeste o mal, repreende-te severamente; se foste irrepreensível, regozija-te.

Segundo Pitágoras, o melhor momento que podíamos escolher para liberta-lo da cadeia corporal, é a manhã, logo depois de despertarmos. A esta hora, o corpo, saindo do sono, está calmo de todas as agitações do trabalho e das paixões, sejam elas prazeres ou desgostos.
É neste momento que é preciso fazer exame do que se fará durante o dia. Devem ser tomadas as competentes decisões. É na calma matinal que podemos muito mais facilmente, pesar tais decisões e amadurece-las para discernir o bom caminho. Uma espécie de exame da situação, mostra-nos o estado em que nos encontramos, as modificações boas ou más, de nossas possibilidades.
Diante desta constatação imparcial, podemos dar úteis auto-susgestões, que nos serão de um grande valor no cumprimento de determinadas empresas.
Quando o Sol se levanta, o Espírito é o rei do corpo. É o momento das meditações calmas e das intuições. O espírito dirige o inconsciente, em lugar de o seguir. É a hora do domínio do eu.
Este trabalho psíquico da manhã, deve ser completado todas as noites por um exame de consciência, um exame das ações realizadas durante o dia.
Fazer-se à noite um exame de consciência, é uma indicação útil, e todas as religiões têm-no adotado. O momento da calma que precede ao sono, abranda a turbulência do inconsciente, sempre prestes a escusar o que lhe é agradável . É bom não escutar conselheiro tão leviano.
Aquele que tem o bem em vista, verá todas as noites, como seguiu o plano que lhe é imposto; lastimará suas faltas, porque elas têm por efeito retardar um resultado tão longamente esperado.
Ao contrário, se os resultados foram bons, está no direito de regozijar.

A MEDITAÇÃO. A fé. A vida virtuosa. A ciência do Universo. Medita estes conselhos. Ama-os de toda alma, e esforça-te em coloca-los em prática; eles te conduzirão às virtudes divinas. Juro por aquele que traçou em nosso espírito a tétrada sagrada, fonte e emblema da Natureza eterna.

A Tétrade é uma pirâmide de quatro faces: três laterais, uma basal. É uma imagem do ser humano, este microcosmo, imagem reduzida do Universo, do Macrocosmo, porque tudo há na Natureza.
As três faces laterais são, no que concerne à personalidade humana, o corpo, o coração e o espírito. Cada face triangular tem, na parte que toca à base, dois ângulos opostos.
No que concerne ao corpo, um dos ângulos representa as forças criadoras; o outro ângulo inferior corresponde às forças destrutivas. O equilíbrio entre essas duas forças antagônicas, constitui a saúde, enquanto o seu desequilíbrio dá lugar à doença. No domínio do coração, os sentimentos serão bons ou maus e, segundo o curso que se dá a uns ou a outros, resulta o milagre, as alegrias do dever cumprido ou a desilusão das miragens.
Alegrias e desilusões sentimentais, são figuradas na segunda face lateral da Tétrade, por dois ângulos inferiores.
Quanto ao espírito, a verdade e o erro, a certeza e a dúvida, são os pólos negativo e positivo de sua atividade.
O cimo de cada triângulo é o equilíbrio dos contrários. Para o corpo está a saúde; para o coração esta a felicidade; para o espírito a serenidade.
E as três faces reunidas simbolizam as personalidades humanas, tão diversas, mas tendentes à unidade pelo desejo de equilíbrio.
O iniciado, o Sábio, realizou este equilíbrio; governa sobre os três domínios; sua vontade reside no cume da pirâmide, por este mesmo fato, dirige-se à parte basal, isto é, não opera senão por si mesma, porém é capaz de levar às outras, a mesma estabilidade.

A PRECE – Mas, metendo-se em obra, roga sem cessar aos deuses, para que eles te ajudem a cumpri-la.

Só aquele que não quer ver, aquele cujo orgulho é cego pelo império dos preconceitos, nega as potências superiores. O Sábio, conhece-as demasiadamente para as poder negar. Elas o auxiliam e sustentam.

A INICIAÇÃO – Quando fores bem compenetrado destes preceitos, chegarás à convicção da constituição íntima dos deuses, dos homens e de todas as coisas, e perceberás a unidade que penetra a obra natural inteira. Conhecerás, então, esta lei universal que, por toda parte, a matéria e o espírito são idênticos, em natureza.

Tal é o conhecimento que está prometido ao iniciado. Diante de seu olhar, despojado de todos os véus, verá a unidade perfeita e sublime de tudo que existe.
Perde a noção do tempo. Sabe que ele foi a matéria, e sabe que será Deus.
Uma mudança maravilhosa se produz; pede ao alto para espalhar em baixo a alegria, a vida, o repouso. Experimenta a alegria de um Criador divino.

A CLARIVIDÊNCIA – De tal maneira, vindo a ser clarividente, tu não serás mais atormentado por desejos ilegítimos. Reconhecerás então, que os homens são os criadores de seus males. Infelizmente, não sabem que os verdadeiros bens estão a seu alcance. Quão raros são aqueles que conhecem a maneira de se livrar dos tormentos. Tal é a cegueira dos homens que lhes perturba a inteligência! Semelhantes a um cilindro que rolam ao acaso, porque não suspeitam a funesta incompreensão que vive neles, e os acompanha por toda a parte; não sabem discernir o que precisam admitir, nem o que é necessário repelir, sem revolta.

O maior dos males é, pois, a ignorância em que estamos do nosso verdadeiro bem.
Ele não depende senão de encontrarmos a paz e a alegria, mas, nós nos obstinamos em perseguir imagens sem realidade, em vez de gozarmos os bens verdadeiros que nos aperfeiçoam, que nos pertencem. O homem é o único artífice de seu próprio infortúnio. Deus é bom e sua obra é boa. Tudo que Deus criou é Harmonia e Justiça.
Em vez de procurarmos os bens ilusórios, faríamos o que é ordenado ao iniciado; trabalharíamos para depurar o nosso coração, para aperfeiçoar o nosso espírito.

A VERDADE OCULTA – Deus, nosso pai! Possa liberta-los de seus sofrimentos e mostrar-lhes qual o poder sobrenatural que eles podem obter! Não tenhamos angústia, porque os homens são da raça dos deuses e a eles pertence descobrir as verdades sagradas que a natureza oferece para a pesquisa.

É uma realidade que a sensibilidade do adepto sofre muitas vezes. Não pode fazer senão o seu próprio caminho. Cada um deve seguir a sua senda, vencer a sua etapa pelo seu próprio esforço.
O esforço é a verdadeira nobreza; é a única senda do aperfeiçoamento pessoal.
Então, teriam percepções e concepções novas. Descobririam verdades que transformariam o universo a seus olhos.
Estas verdades, estas percepções, são o verdadeiro domínio do Sábio. Em todos os tempos, os Sábios fizeram as mesmas descobertas e as iniciações registraram somente como verdades imutáveis e essenciais, algumas variações na matéria em que a revelação se produz.
Centros iniciáticos, filosóficos e religiosos, todos, contando tempos e raças, mostraram os mesmos horizontes ao insaciável desejo humano, e este desejo humano sempre se sentiu satisfeito
A verdade é uma. Ela é acessível a cada um. O mundo divino pertence àquele que o procura com o coração puro, um corpo são e o desejo sincero de luz.

A RECOMPENSA – A SABEDORIA – A IMORTALIDADE FELIZ – Se conseguires possui-la, preencherás facilmente todas as minhas prescrições e obterás o merecimento de ser livre em tuas provas. Mas, abstem-te dos alimentos que prejudicam as purificações, e prossegue na obra de libertação de tua alma, fazendo uma escolha judiciosa e refletida de todas as coisas, de maneira a estabelecer o triunfo do que existe de melhor em ti, o Espírito.
Então, quando abandonares o corpo mortal, elevar-te-ás no éter e, cessando de ser mortal, revestir-te-ás da forma de um Deus imortal!

Não estás neste mundo, senão para cumprir o seu dever e esperar, com serenidade, a hora da libertação.
A recompensa é adquirida; ela nos dá a coragem de a merecer por tanto trabalho . Mas esta recompensa qual é, para o justo?
O Deus que se oculta em cada um, vai abrir suas asas e, esquecendo todas as penas e desgostos desta vida, vai, com um vôo seguro, ganhando o mundo luminoso.
Tal é o ensinamento de Pitágoras, nas partes que nos foram conservadas.
Isso não é senão um fragmento da imensa obra deste Mestre; basta, entretanto, que façamos sentir a importância desta iniciação e a infelicidade de uma tal perda.
O ideal de Pitágoras, era o de criar a cidade perfeita, mas o tempo, que não era propício para ele, não o é para nós.
Estará talvez, próxima a hora em que a luta da matéria e do espírito, forçara os adeptos a prestar contas? Então, todos aqueles que procuram ou tenham encontrado a sua senda, se levantarão para o triunfo definitivo da verdadeira luz.

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