quinta-feira, 19 de março de 2009

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 8.2 - MOISÉS - ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
8.2
MOISÉS
ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS

Para satisfazer a necessidade da personalização das forças naturais e dos atributos divinos que são inatos em todos os povos, sobretudo entre os Orientais, Os Egípcios formaram um Panteon de deuses quase inumeráveis; a doutrina de um Deus único era conservada no esoterismo somente para os iniciados.
Moisés viu o perigo que havia em separar muito o esoterismo do povo, da crença vulgar. Soube ou adivinhou que seu povo seria o depositário desta doutrina perfeita; um único Deus criador de todas as coisas, e sendo o único regente, o regente universal.
Por isso, deu ao povo, e fez o primeiro artigo da Lei que ele recebeu do Sinai, que se perpetuou até os nossos dias, assim como a tradição hebraica se harmoniza com a cristã: Adorarás um só Deus.
Além disso, Moisés simplificou grandemente o ritual tão complicado do Egito: as experiências da iniciação desapareceram e deram lugar a instruções de diversos graus. O povo de Deus achou-se errante nos desertos todo o tempo da existência de seu grande Legislador, e ele procedeu a uma grande simplificação de seu culto. Os Templos não podiam ser construídos por um povo que caminhava se cessar. Fez-se um tabernáculo de estofos e peles de animais, onde o simbolismo não foi representado senão pelo número e pela forma dos objetos rituais, o número sobretudo, que teve uma importância imensa aos olhos dos hebreus.
Enfim, os Mistérios, pelo fato da iniciação vir a ser pública, reservada à tribo de Levi, ou a alguns elevados espíritos escolhidos um pouco em toda parte, não existiram mais; Moisés deu o seu ensinamento a todos, mas sob uma forma figurada, que era suficiente à multidão e que, pela tradição – que veio a ser a ser para nós a Cabala – se esclareceria com a luz viva quando penetrada pelo estudo.
É assim que a Cosmogonia de Moisés, tal como nos referem os Livros santos, pode parecer infantil para muita gente.
É Preciso, para que a Gênese se esclareça aos olhos dos pesquisadores, recorrer aos trabalhos de Fabre d’Olivet, que abriu a senda das pesquisas esotéricas nos livros da Bíblia.
Vê-se, portanto, diante do que nos mostra este poderoso erudito, que os livros santos sobre os quais está baseada a religião judeu-cristã só têm um defeito, que não lhes é atribuível.
Não foram compreendidos por aqueles que traduziram e menos ainda por aqueles que os leram. Não se poderia, pois, fazer-lhes censura por uma incompreensão de que suportaram uma injusta reprimenda.
Moisés sabia perfeitamente o que nós aprendemos ainda e seus Livros podem instruir os mais sábios.
O Êxodo, onde o libertador de Israel conservou as circunstâncias desta libertação, conta-nos como esta se produziu.
Efetivamente, na sua educação no Templo de Osíris, Moisés foi provido de um alto emprego; era encarregado de vigiar os trabalhos que eram impostos aos hebreus. Um dia estando a fazer a inspeção, viu um egípcio maltratar um hebreu. Os obreiros não sabiam que o moço era um dos seus, porém ele estava instruído a respeito. A lei egípcia ordenava-lhe de tomar defesa do fraco; seu sentimento nacional impelia-o a obedecer a esta ordem.
Defendeu o hebreu ferindo o agressor com seu bastão. O egípcio caiu morto. (Êxodo, cap. II, v. 12)
Moisés enterrou na areia o cadáver de sua vítima.
O hebreu salvo por Moisés, acreditando na intervenção caprichosa de um de seus senhores inimigos de sua raça, não testemunhou nenhum reconhecimento a Moisés que acabava de lhe salvar a vida.
No dia seguinte, um outro fato se produziu. Dois hebreus entraram em disputa e chegaram à agressão. Moisés, como lhe impunha os deveres de seu cargo, tratou de apaziguar. Mas um dos homens, mais ousado que seus companheiros, vocifera nestes termos “És tu nosso príncipe? És tu nosso juiz? Queres matar-nos como o egípcio de ontem?” (Êxodo, cap. II, v. 14).
Moisés fugiu então para o alto Egito, no país de Madian, onde foi hóspede de Jetro, tendo se casado com sua filha Séfora.
Durante 40 anos, Moisés tomou conta dos rebanhos de Jetro. Um dia, em que guardava as suas ovelhas sobre o monte Horeb, viu uma sarça da qual partiam chamas ardentes. Aproximou-se, mas uma voz, saindo da sarça, disse: “Descalça-te, porque o,lugar que pisas é uma terra santa”.
Moisés apressou-se em obedecer e a voz, continuando as suas instruções, ordenou-lhe que voltasse para o Egito para libertar seus irmãos oprimidos. Deveria ser secundado na sua tarefa árdua por seu irmão Aarão.
Seria muito longo relatar aqui o que é conhecido por toda a gente.
Era em 1625 antes de nossa era.
Na fuga pelo deserto enfrentaram inimigos, entre eles, os Amalecitas, o mais forte dos povos que viviam na Arábia. Eis o que o Êxodo (cap. XVII, vs. 11 e 12) conta nestes termos: “E quando Moisés tinha as mãos elevadas para o céu, Israel estava vitorioso; mas quando ele as abaixava um pouco, Amalec levava vantagem. Entretanto, as mãos de Moisés estavam cansadas e pesadas; eis porque eles (Aarão e Hur) tomaram uma pedra e, tendo-a posto junto a ele, assentaram-no; Aarão e Hur sustentaram as mãos dos dois lados. Assim, suas mãos não se cansaram até o por do sol, e deram tempo a Josué para desbaratar os Amalecitas”.
Na sua História Raciocinada do Magnetismo, Heitor Durville, comentou esta ação de impor as mãos a um povo inteiro para infundir-lhe as forças e energias deste homem, verdadeiramente divino.
Foi depois desta primeira vitória que Moisés, chegado ao monte Sinai, subiu ao cume da montanha e aí, em uma inspiração divina, transmitiu ao povo seus dez mandamentos, o Decálogo que havia gravado sobre suas tábuas de pedra, como se fazia na antiguidade, para lhe assegurar a maior duração possível.
Mas Moisés sabia, pela palavra do Eterno, que não devia entrar na Terra Prometida. Estava excluído por ter, apesar da ordem do Eterno, hesitado em ferir o rochedo para fazer saltar as fontes quando o povo se encontrava no deserto, perto do monte Horeb.
Certo de que ia morrer, pois que sua missão estava cumprida, designou Josué para ser o guia do povo depois de sua morte. Feito isso, subiu ao monte Nebo e não se soube mais onde estava, porque não se encontrou seu corpo. Tinha então 120 anos, estando em 1685 A . C.
Como a transmissão de todos os poderes místicos, a transmissão do poder a Josué se fez pela imposição de mãos. Da mesma forma, os poderes iniciáticos eram transmitidos nos santuários do Egito.
Desaparecido Moisés, sua Cosmogonia e sua legislação ficaram em poder dos filhos de Israel e continuaram a dirigi-los.
Temos – mas não, infelizmente, no seu texto inicial – os cinco livros de Moisés reunidos neste que se chama Pentateuco (cinco livros): O Gênese ou livro da criação e dos primeiros anais; o Êxodo ou livro da libertação de Israel; o Levítico, que contém, sobretudo, o ritual e a legislação sagrada; os Números e o Deuteronômio.
O Pentateuco é o mais admirável monumento que existe da crença de todo um povo em unidade com Deus, cujos sacerdotes são os ministros, porém que governa diretamente seu povo e lhe manifesta seu prazer ou a sua cólera.
Jeová, único rei e senhor de Israel, não suporta que seu povo contraia aliança com qualquer outro.
Por isso, os castigos caíram sobre a nação infiel, desde que ela veio a ser idólatra.
Quando Israel não faz o que é direito segundo a sua vontade, deixa-o nas mãos dos reis bárbaros que o dizimam e o pilham.
Mas Ele é sensível ao arrependimento e liberta os seus cativos ao primeiro sinal de submissão.



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