terça-feira, 28 de abril de 2009

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 9.4 - JESUS - ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS - 3ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

9.4
JESUS
ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS
3ª PARTE

A pregação de Jesus não se parecia nada com o que se tinha feito antes dele.
Anuncia que o reino de Deus está próximo e que este reino não se estabeleceria sobre a terra, sem perseguição e sem revolução.
Em todos os tempos, os Sábios e justos haviam sido vítimas dos violentos.
Agora, o reino da justiça vai ser estabelecido. Os ódios vão desaparecer e uma fraternidade universal unirá todos aqueles que se sentem separados. Não haverá mais antagonismos entre as religiões, raças e nações.
O único mandamento é amar-se uns aos outros, fórmula sublime que fez da religião a mais bela e mais poderosa que surgira até então.
Como todos aqueles que se apiedam da miséria humana, Jesus coloca primeiramente a sua revolução sobre o terreno econômico. Os primeiros serão os últimos e uma ordem nova vai florescer sobre a terra, admirada de ver, enfim, alguma bondade entre os homens.
Antes, é o reino do mal, da perseguição, da violência exercida pelos poderosos sobre os fracos. Porém, crendo em Jesus, uma era nova vai surgir; em breve, o reino de Deus ao domínio de Satã. As forças maléficas, o ódio, o poder rude daqueles que governam pela força e torturam os povos pela fome e pelos suplícios, tudo isso vai desaparecer em uma luz de aurora.
Eis o reino da forças benéficas e harmoniosas! O menino meter a sua mão na goela do leão e brincará com o perigo diante da toca da víbora.
Jesus anuncia esta nova ordem de coisas com as imagens arrebatadoras que ferem o espírito da multidão. Ora, ele vê o bem e o mal como o bom grão e o joio em um campo; o joio arruína a colheita, mas dia virá em que uma escolha severa deverá ser feita; o joio será lançado ao fogo e o bom grão será recolhido no celeiro.
O reino de Deus é semelhante ao lançar do anzol executado pelo pescador. Ele prende peixes e, aqueles que são bons, Põe-nos de lado nos vasos.
Quanto aos outros, lança-os à água para se desembaraçarem.
A revolução anunciada é antes uma evolução. O reino de Deus é semelhante a um grão de mostarda, que é a menor de todas as sementes: põe-se na terra e nasce uma grande árvore sobre cuja folhagem os pássaros vão repousar.
Ou ainda: o reino do céu é como o levedo que uma mulher prepara e coloca na sua massa para faze-la fermentar. Esta quantidade de levedo é bem pequena, mas faz levedar a massa toda.
Finalmente, Jesus não aconselhou nenhuma ação violenta. Crê na força expansiva das idéias, na força de um ideal que se grava no espírito e, sobretudo, no coração do povo. Quando os fariseus, tendo em vista tenta-lo, lhe perguntaram se era oportuno pagar o imposto a César, Jesus se contentou em fazer-se mostrar uma moeda:
- De quem é esta efígie?
- De César – respondem os tentadores.
- Entregai, pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
É pelo mesmo espírito que os apóstolos ordenaram a submissão, não somente para
com os bons senhores, mas também para com os maus e injustos. O que ele quer é criar a bondade, a doçura, a piedade sobre esta terra, onde o sangue não cessou jamais de correr.
Quer modificar os sentimentos, os costumes levar um clarão de ideal a este mundo; não tenta gozar nunca o menor papel político.
Com um profundo reconhecimento das realidades da vida, sabe que os mártires dão trabalho aos carrascos e que os vencidos terminam sempre por dominar os vencedores; assim, não desejando vantagens materiais, aconselho a paciência, a resignação, o amor aos inimigos.
Ele sabe que a piedade é uma flor que não sobe senão dos abismos, quando não desce do céu.
Eis porque afirma com a certeza da razão iluminada, que a revolução se fará pelos pobres e humildes; os escravos estão destinados a mudar a terra.
Tendo a idade de 30 anos, Jesus não tinha feito confidência de seus pensamentos senão ao seu ambiente íntimo, àqueles que o tinham procurado espontaneamente.
Não foi senão no seu trigésimo ano de existência que começou o seu ensinamento público, e logo foi seguido e rodeado de uma grande multidão de pessoas.
Sua palavra ardente e inflamada, a doçura de seu aspecto e de sua atitude, seu poder magnético atraía as multidões, submetendo-as ao seu pensamento.
Uma cidade, entretanto, foi refratária à sua ação. Foi Nazaré, onde ele passou a sua adolescência. “Ninguém é profeta em seu país”. Não foi nesta quadra de sua infância que ele estabeleceu o seu principal centro de ação, mas em Cafarnaum, junto do lago de Genezaré e sua influência ganhou as cidades circunvizinhas.
Todos os sábados, falava na Sinagoga, comentando os textos sagrados segundo as suas luzes pessoais, às vezes contradito pelos sacerdotes, que lhe apresentavam questões insidiosas, formando ciladas, das quais saía vitorioso, deixando-os entregues à sua própria malícia.
Outras vezes, assentado à borda do lago ou na montanha, falava à multidão reunida, permitindo que cada um fizesse as suas objeções, apresentando questões que ele desejava ver resolvidas.
Todos, salvo os invejosos, retiravam-se encantados. A sedução intelectual emanava do jovem Mestre e, contrariamente ao que faziam os Doutores, que, para brilhar, envolviam a palavra divina em uma forma difícil e abstrata, inacessível ao vulgo, ele expunha parábolas, nas quais as pessoas do povo encontravam assuntos cotidianos; a ovelha desgarrada, o vinhateiro que trabalha e aquele que quer ser pago sem fornecer um só esforço.
Por outro lado, Jesus anunciava a paz e a salvação para os humildes. A quem pertence o reino do céu? O Sermão da montanha responde a esta questão:
“Felizes os pobres de espírito, pois é a eles que pertence o reino dos céus”!
“Felizes aqueles que choram; porque serão consolados”!
“Felizes os afáveis; porque possuirão a terra”!
“Felizes aqueles que têm fome e sede de justiça; porque serão fartos”!
“Felizes os misericordiosos; porque obterão misericórdia”!
“Felizes aqueles que têm o coração puro; porque verão a Deus”!
“Felizes os pacíficos; eles serão chamados filhos de Deus”!
“Felizes aqueles que são perseguidos pela justiça; porque o reino dos céus é para eles”!
Quando Jesus abriu ao pensamento de seu auditório estes horizontes inesperados, permitia a cada um de lhe impor questões; respondia a cada um com a mesma bondade e todos voltavam encantados. Os sacerdotes odiavam-no, porém, muitas vezes, sucedia que aquele que tinha vindo com a intenção de surpreende-lo, achava-se tomado, por sua vez, de seu raciocínio límpido.
Tal foi o caso de Nicodemos, homem muito instruído, dos anciães do povo.
Apoiando-se, assim, sobre todas as classes, a autoridade de Jesus cresceu e se estendeu rapidamente.

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MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 9.3 - JESUS - ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS - 2ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

9.3
JESUS
ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS
2ª PARTE


O batismo não tinha nada de novo para o povo hebreu. Era uma longínqua herança,pois que os iniciados do Egito eram submetidos a ele. Nesta iniciação, uma imersão não parecia suficiente, necessitando de mais um esforço e temor.
O batismo de João era o vestígio da experiência iniciática pela água, tal como a descrevemos nos Mistérios de Isis. A concepção de João Batista era, sobre este ponto, exatamente a mesma que a dos iniciados do Egito. Para João, o batismo era sobretudo destinado a representar a purificação da alma e a fazer impressão sobre o sentido do impetrante. Esta impressão recebida, esta purificação passada, o ensinamento lhe era concedido.É claramente a idéia egípcia. No Egito primitivo, o batismo foi dado sobretudo aos adultos. Não foi senão no momento em que a religião cristã reuniu fiéis bastante numerosos para que as famílias tivessem o desejo de levar seus filhos à religião de sua escolha, que o batismo foi administrado sem ser seguido de uma iniciação e que se pôde concedê-lo aos recém-nascidos.
João Batista, ao mesmo tempo pela austeridade de sua vida, a dureza de seu ensinamento e sua oposição a Herodes, tornara-se impopular porque a aceitação dos costumes romanos exercera rápida influência na Judéia.
Desde muito tempo o povo aspirava à vinda de um Messias que restabelecesse Israel à frente das nações e tornasse a dar ao templo o seu esplendor abolido.
Este salvador devia ser precedido pela reaparição do profeta Elias.
Ora, para o vulgo, João Batista, pela força de suas invectivas contra Herodes e Herodíade, lembrava bem Elias nas suas relações com Achab e Jezabel, para que uma associação de idéias não se estabelecesse no cérebro de todos.
A maioria atribuía-lhe o papel de Elias; outros, sempre à espera daquele que devia vir, diziam que ele era o Messias, Mas João não tinha esta pretensão.
Por isso quando Jesus vem a ele para lhe pedir o batismo, designou-0 como aquele que Deus reconhecia por “seu Filho bem amado em que repousava as suas graças”.
Jesus e João mostraram, nos seus ensinamentos, muitos pontos de contato, ainda que a palavra de João fosse áspera e grosseira, ao passo que a de Jesus não era senão amor e compaixão.
A palavra de João tinha despertado muitos ecos rudes para ficar muito tempo impune. O pretexto de sua prisão, foi que ele tinha censurado o casamento de Herodes com a mulher de seu irmão. Herodes tinha evidentemente voltado à lei que obriga um israelita a desposar a viúva sem filhos de seu irmão, a fim de dar filhos ao morto e libertar seu nome da ignomia que é a esterilidade.
Mas o esposo de Herodíade não estava morto, nem sem filhos. Era este adultério oficial que João tomava por tema para atacar o rei e, sobretudo , a rainha.
Ele foi preso, mas com uma certa liberdade de ação, porque nós o vemos receber enviados de Jesus e confiar-lhes respostas em que ele tomava Jesus por Messias.
Foi por este tempo que Herodíade tomou por ocupação desembaraçar-se de João, que a perseguia com suas censuras! Durante uma festa, depois de um grande festim em que o rei bebeu demais, ela fez vir sua filha Salomé, que tinha sido instruída, em Roma e na Judéia, em todas as artes que podiam reunir atrativos à sua beleza.
Esta moça era filha do primeiro marido de Herodíade. Ao fim do repasto, ela dançou diante do rei e ele ficou tão encantado pela sua beleza e por sua dança que lhe ofereceu o que ela desejasse, mesmo que fosse a metade de seu reino. Salomé, que havia recebido instruções de sua mãe, pediu a cabeça de João Batista. Ela a obteve.
Depois da morte de João, Jesus se retirou momentaneamente para o deserto e, durante 40 dias, praticou o jejum mais rigoroso.
Este retiro era habitual entre os iniciados que se preparavam para as maiores austeridades e um profundo recolhimento à missão que tinham recebido ou assumido.
Após este estágio, Jesus voltou à Galiléia e seus discípulos tiveram por companheiros aqueles que foram discípulos de João Batista.
Dia a dia, a palavra do novo Mestre se impunha com mais autoridade.
Dissemos que Jesus operava como os iniciados.
Ele o foi verdadeiramente?
Quando se percebe que a pregação de Jesus não começou senão no seu trigésimo ano de existência e que ele pereceu aos trinta e três, imagina-se facilmente que esta esplêndida inteligência não se desenvolveu junto do estábulo de José.
Por outro lado, nenhum dos Evangelhos dá um ensinamento os anos de vida de Jesus que precederam à sua prédica.
Sem ir até pensar, como Notovich, que Jesus fora às Índias ou ao Tibet durante esta vida oculta, pode-se crer que sua estadia no Egito, à qual as Escrituras fazem uma breve alusão, não se limita aos anos da infância.
Por outro lado, é notável, como observou Eduardo Schuré, que desde o momento em que foi batizado por João Batista, Jesus se apresentou ao mundo com uma doutrina antiga que não sofreu senão algumas mudanças.
Para Eduardo Schuré, o fato da iniciação de Jesus não tem nenhuma dúvida:
“É evidente – diz ele – que este começo ousado e premeditado foi precedido de um longo desenvolvimento e uma verdadeira iniciação. Não é menos certo que esta iniciação devia ter tido lugar na única associação que conservava ainda em Israel as verdadeiras tradições com o gênero de vida dos profetas”.
“Isso não pode suscitar nenhuma dúvida para aqueles que, elevando-se acima da superstição da letra e da mania maquinal do documento escrito, ousam descobrir o encadeamento das coisas no seu espírito”. Isso demonstra não somente relações íntimas entre as doutrinas de Jesus e a dos Essênios, mas ainda do próprio silêncio guardado pelo Cristo e por seus discípulos sobre esta seita.
“Por que ele, que ataca com uma liberdade sem igual todos os partidos religiosos, não ataca jamais os Essênios”?
“Por que os apóstolos e Evangelistas não falam deles mais”?
“Evidentemente porque eles consideravam os Essênios como seus, porque estavam ligados a eles pelo juramento dos Mistérios a que a seita está fundida com os cristãos”. (Os Grandes Iniciados).
Certamente, a fraternidade de Jesus com os Essênios parecia estabelecida por uma multidão de concordâncias e de presunções, mas não existe nenhum texto preciso sobre o qual estejamos em condição de basear uma verdadeira certeza.
Por outro lado, uma hipótese foi emitida por alguns e, em particular, por Notovich, de uma estadia de Jesus Cristo. Notovich afirma basear as suas afirmativas pelo lema de um convento de Himis.
Este manuscrito seria uma relação perfeita da vida de Jesus nos anos de sua vida oculta e toda a existência seria passada nas Índias, onde Jesus teria recebido uma iniciação búdica, explicando os pontos de contato do Cristianismo com o Budismo.
É preciso dar às revelações de Notovich uma importância absoluta?
Devemos considerar estas revelações como a chave do Mistério?
É impossível dar a esta questão uma resposta definitiva. O que é certo, é que, se Jesus pôde gozar de uma real iniciação, fosse entre os Essênios, fosse nas Índias ou no Egito, pôde muito bem passar sem uma iniciação no sentido que entendemos até aqui.
Vivia em um mundo advertido de todas as questões religiosas de sua época e, com a organização intelectual, intuitiva e penetrante que é fácil descobrir nele, pôde conseguir ensinamentos diretos, transforma-los à luz de sua inteligência, toma-los, penetra-los de sua personalidade, fazê-los seus.
Certamente, a tradição sempre existiu.
Transmitiu-se oralmente dos mestres aos discípulos durante séculos. Mas o que um homem compreendeu ou aprendeu, outro pode descobrir e aprender, principalmente sendo um homem superior.
Jesus, não saberíamos insistir muito, possuía o conjunto de qualidades que, geralmente, se excluem uma da outra. Era intuitivo e observador; sua meditação se esclarecia de luzes súbitas de uma inspiração que nunca lhe faltou. É possível que ele tenha recebido um ensinamento direto; é possível que um gênio poderoso o tenha conduzido a penetrar e descobrir o que era secreto para os outros.
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MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 9.2 - JESUS - ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS - 1ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

9.2
JESUS
ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS
1ª PARTE


O ensinamento de Jesus, como o de todos os iniciadores, foi duplo: exotérico e esotérico.
Para a multidão, espalha-se em parábolas harmoniosas. Dá vastos projetos e pensamentos que, em nossos dias ainda, podem revolucionar o mundo, porque, salvo em raras e breves épocas, esta doutrina de fraternidade não foi plenamente realizada. Tolstoi retomou-a em nossos dias como os discípulos de Francisco de Assis a pregavam no século XIII. Para Jesus e seus fiéis, os primeiros, os ricos, serão os últimos. Não tendo sofrido nem trabalhado neste mundo, não podem purificar o seu carma, nada adquiriram para seu aperfeiçoamento; é tão difícil um rico entrar no reino do céu como uma corda entrar no fundo de uma agulha.
O ensinamento esotérico, reservado aos apóstolos, tem uma feição muito diversa.
Segundo o modo oriental, o ensinamento exotérico ora por alguns aforismos concisos, ora por parábolas da mais harmoniosa simplicidade, enigmáticas às vezes, porque nestas palavras ditas para todos, os discípulos diretos devem encontrar o que lhes pertence propriamente.
Entre adágios e imagens, há numerosas reminiscências do ensinamento de Moisés e traços de iniciações estrangeiras. Porém, em todo o caso, a condução do ensinamento está mudada pela transfusão de um espírito muito diferente, mais lato, cheio de bondade e perdão, aberto a todas as misericórdias. Ele sabe que as principais virtudes são a doçura, a humildade, a paciência, o perdão das injúrias; quer que se manifeste severo apenas para consigo mesmo.
Os sábios tinham dito: “Não façais aos outros o que não quereis que vos façam”. Ultrapassa este justo dado, para que o sentimento o conduza sobre a lei e guie o mundo tão severo sobre o qual o império romano havia colocado o seu pé de ferro.
Disse ele: “Se alguém bater na vossa face direita, apresentai a esquerda. Se alguém fizer questão de vossa túnica, dai-lhe também o vosso manto”.
Não somente defende o ódio, mas ainda quer que o amor seja guia das relações e dos interesses:
“Escutastes o que foi dito: Amareis o próximo e odiareis o vosso inimigo”.
“Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei aqueles que vos maldizem, fazei bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos ultrajam e perseguem”.
“Afim de que sejais os filhos de vosso Pai que está nos céus, porque ele faz brilhar o seu sol para os bons e maus e faz chover sobre os justos e injustos”.
“Porque, se vós não amardes senão aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os próprios publicanos não fazem o mesmo”?
“E se não fizerdes senão acolhimento a vossos irmãos, que fazeis de extraordinário”?
“Os pagãos não fazem o mesmo”?
“Sede, pois, perfeitos como vosso Pai que está nos céus”. – (evangelho segundo S.Mateus, Cap. V, vs. 43 a 48).
Pregava também a humildade, mostrando por vivas imagens que “aquele que se eleva será humilhado”.
Certamente, numerosas idéias de seus ensinamentos eram tomadas no ensinamento da Sinagoga. Moisés e seus sucessores tinham ordenado a esmola, porém esta veio a ser ostensiva e, por conseqüência, vã. Prescreveram a piedade, a doçura, o amara da paz, o desinteresse do coração, mas tão belos conselhos caíram no esquecimento. O que fez a força de Jesus é que ele mesmo praticou o que aconselhava aos outros. Aqueles que viviam ao seu lado sabiam que a sua teoria não tinha nada de desarmônica em relação ao seu viver; por isso as suas palavras, ilustradas por seu exemplo, tinham um grande poder de persuasão.
Não somente condenava o adultério, mas o desejo voluptuoso era para ele um adultério moral tão importante e culpável como o outro; as segundas núpcias e sobretudo o divórcio eram-lhe também abomináveis.
Jesus, ainda que não condenasse nenhum culto e ordenasse àqueles dos quais cuidava que “se mostrassem aos sacerdotes”, não sentia a necessidade de um sacerdote como intermediário entre Deus e o homem; não sentia necessidade das práticas exteriores. Se ele ordenava ir ao Templo ou fazer a Páscoa, era para cumprir a Lei, como ordenou entregar a César o tributo que lhe era devido.
Tudo isso são práticas, e as práticas podem ter a sua importância, porém só o desenvolvimento do coração é essencial.
Deus, que é o único modelo ao qual o homem se deve conformar, é bom em toda parte e com todos.
Não faz exceção nem de ordem nem de religião. Que direito seria mais severo senão o de Deus, o único Ser que seja a Perfeição?
O que o homem deve fazer é conservar-se bastante elevado e bastante para ficar em comunhão constante com seu Pai celestial.
Isso feito, se o discípulo, imitando Aquele que É único, se entrega a todos de bom coração, está na senda da perfeição e Deus é único juiz.
Não é senão pouco a pouco e mais tarde, quando a desaparição do Mestre forçou os discípulos a se reunirem em pequenos grupos, que vieram a surgir igrejas e dioceses, que os ritos e mistérios intervieram, mas na divina infância da religião cristã nada disso existia e somente uma inteira efusão do coração se elevava a Deus para se espalhar, em seguida, sobre todos.
Estas boas ações, que são recomendadas, devem sobretudo ficar entre Deus e o fiel:
“Quando fazes a esmola, é preciso que a tua mão esquerda ignore o que faz a mão direita, afim de que a tua esmola fique em segredo, e então teu Pai, que vê em segredo, te recompensará. E, quando orares, não imites os hipócritas, que gostam de fazer as suas orações no fundo das sinagogas e junto dos altares, afim de serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo que eles recebem a sua recompensa. Se queres orar, entre no teu quarto, e, tendo fechado a tua porta, ora a teu Pai que está secreto; o teu Pai, que vê em segredo, te exaltará”.
“E quando orares, não faças longos discursos como os pagãos, que imaginam serem exaltados à força de palavras. Deus, teu Pai, sabe de que tens necessidade, antes que peças”.
Antes de começar a sua pregação, Jesus acreditou que faria bem em se aproximar de João Batista.
João, que fazia parte da seita dos Essênios, tinha passado uma iniciação que participava dos templos do Egito e dos colégios dos profetas.
Levava uma vida austera e penitente e as suas prédicas inflamadas, temíveis e poderosas, tinham-lhe suscitado o ódio de Herodes Antipas e, sobretudo, da rainha Herodiade.
Desde a sua infância, João havia sido sujeito a certas abstinências e, desde a hora de seu nascimento, fora consagrado a Deus. Sua vida, sobre as margens do Jordão e os lagos da Judéia, era a mesma de um yogi da Índia.
Vestido de peles de animais ou de um simples pano branco, não se nutria senão de alfarrobeiras e mel selvagem.
Todos os prazeres eram-lhe desconhecidos. O tempo que não gastava em seu apostolado, era consagrado à prece.
Em torno dele agrupavam-se alguns homens que partilhavam da austeridade de sua vida e que recebiam as suas palavras.
A prática fundamental de sua doutrina comum era o batismo pela imersão completa para purificação do pecado.
João, perseguido pelo rei Herodes, havia se retirado para a Judéia, em um país próximo do Mar Morto.
Em certas épocas, aproximava-se do Jordão e geralmente, neste rio, proporcionava o batismo àqueles que vinham para se fazer iniciar em suas doutrinas.
Então, uma multidão considerável se comprimia em torno dele e os adeptos se multiplicavam.

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domingo, 12 de abril de 2009

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 9.1 - JESUS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

9.1
JESUS

Como dissemos, falando de Moisés, Jesus não veio destruir a Lei primitivamente estabelecida; veio cumpri-la, torna-la perfeita, dando-lhe esta leveza e esta vida, sem as quais nada é perfeito, nada é completamente humano. Mas ele trouxe ao mundo judeu, tal como Moisés havia criado, uma idéia inteiramente nova, que se relacionava, contudo, à primitiva concepção de Moisés.
O que sobreveio à Lei mosaica é um fato inerente à natureza humana. É preciso, para a multidão, que um ensinamento se prenda a uma forma. Ora, a Lei proibindo fazer qualquer imagem de Deus por temor de cair na idolatria, o povo judeu se cercava de um simbolismo todo particular; tinha divinizado as letras e os números que lhe representavam o poder de Jeová.
Assim criou-se a tradição à qual devemos a Cabala. Porém, a maioria da sociedade não compreendia um pensamento de tão alto alcance; ligava-se somente a formas e práticas, às quais atribuía uma utilidade direta e imediata.
O pensamento de Moisés, salvo entre raros espíritos, veio a ser letra morta. Jesus trouxe a esta letra que mata o influxo do espírito que vivifica.
Levava ao povo, miraculosamente salvo da opressão por um homem de gênio, inovadas de bondade, justiça, igualdade e fraternidade.
Não é aqui, decerto, o lugar para discutir sobre a Divindade de Jesus. No primeiro estudo, consideraremos Jesus e, sobretudo, a sua bela doutrina moral unicamente sob o ponto de vista iniciático. Jesus apareceu-nos como um grande iniciado, um ser superior, trazendo ao mundo uma moral e uma sensibilidade desconhecidas na sua época, tendo conhecimentos e vistas que ultrapassavam muito o pensamento de seu tempo.
Segundo podemos ler nas escrituras, Jesus era um ser maravilhosamente dotado, possuindo um magnetismo natural que irradiava de toda sua pessoa e que uma ascensão estrita e uma bondade radiante o fazia mais poderoso ainda.
Suas palavras, sempre doces e iguais, salvam nos casos muito raros em que se deixou transportar por uma santa indignação, tinha o dom que possuem os dóceis e fortes. Jesus espalhava em torno de si a força e a coragem; reconfortava os aflitos e dava esperança àqueles que sofriam.
Por sua doçura e benevolência, tinha adquirido um grande ascendente sobre aqueles que se beneficiavam de seus dons. Todos os que o rodeavam, amavam-no. A inveja só causava o ódio nos corações incapazes de participar de sua bondade. Não somente irradiava em torno dele um poderoso magnetismo que dava a força de viver àqueles cujo coração estava cansado ou doente, mas, ainda, curava os doentes apenas com o seu contato. Um encanto benéfico emanava de toda a sua pessoa. A paz de seu coração espalhava-se em torno dele como a luz muito doce que sai de uma lâmpada velada.
Como todos os grandes corações que produzem em um cérebro poderoso a força de dar ao mundo uma Lei nova, Jesus era um poeta e tudo o que se nota de suas palavras nos mostra seu coração aberto às grandes harmonias da natureza.
As flores, o “lírio dos campos que não fia nem tece”, os “pássaros do céu que não semeiam nem colhem”, eram-lhe caros e ele compreendia a profunda e íntima beleza.
Aprazia-se na solitude de seu país tão áspero, com doces vales floridos. Amava os lagos piscosos, as montanhas e, quando a multidão o rodeava, inebriado de entusiasmo, produzia logo esta admiração febril e procurava entre as flores de alguns vale agradável, uma calma solidão para tratar dos grandes problemas que atormentam o espírito humano.
Como receber a revelação que Jesus levava ao mundo?
É difícil saber-se.
Da-se-lhe o nome de filho de Deus, mas é um nome que os iniciados do Oriente se dão freqüentemente. O que é particular a Jesus é que se sente constantemente em comunhão direta com seu Pai celeste. Não se atribui só esta qualidade de filho de Deus; mas falando a seus discípulos, diz-lhes, às vezes: “Sede perfeitos como vosso Pai é perfeito”.
Para chegar a uma sensibilidade perfeita, a mais alta pureza de alma e de corpo, ele não tem necessidade de procurar esta comunhão de todas as horas que ordena aos seus; ele a possui; retira-se e, de súbito, sente-se banhado por grandes eflúvios que vêm dos mundos superiores. As forças que compreendemos com custo penetrá-lo-iam como o perfume penetra a esponja de uma caçoila; os ritmos mais secretos da Natureza eram-lhe reservados pela graça de uma organização de uma esquisita delicadeza feminina.
Deus, tal como Jesus o concebe, não é o Deus severo, tonante sobre o Sinai para espantar o povo de Israel, sempre inclinado à revolta. Para ele, Deus é o Pai de todas as coisas, de todos os seres e não abandona à miséria as mais ínfimas de suas criaturas.
Como deixaria o homem que ele fez à sua imagem e semelhança?
Cheio de doçura e poesia, Jesus lança na Natureza habitual comparações e parábolas para aqueles que compreenderão perfeitamente, dizendo o que ele sabe, na medida em que ele pode revelar a todos; mas, à margem deste ensinamento florido e cheio de suavidade, guarda para os iniciados que escolheu, um sentido cristão esotérico; ele não dá a todos a chave de suas parábolas, “afim de que, vendo, não vejam; ouvindo, não ouçam”.
Sua própria vida é uma parábola, uma ilustração de sua doutrina.
Em muitas investidas, os profetas, seus antecessores, tinham fulminado contra os “adúlteros” de Judá ou de Israel, caindo no culto dos deuses estrangeiros. E para mostrar que o reino de perdão começou, em oposição ao espantalho da pena de talião, não por um texto formal, em contradição com um código, mas por esta palavra que devia despertar tantos ecos no coração dos homens: “Aquele que está sem pecado, lance a primeira pedra”.
Além disso, o povo não saberia mais ser adúltero para com seu Deus, porque, no pensamento e no ensinamento de Jesus, não havia mais deuses estrangeiros. O Deus que ele prega, a luz que ele leva e não deve ficar oculta, não é mais o Deus de Israel, que não favorece senão este pequeno povo das margens do Jordão; é o Deus de toda a terra, que não se adorará mais nos templos e por sacrifícios, porém, que se adorará por toda parte em espírito e verdade. No seu espírito e no seu coração, é rebaixar Deus fazendo-o guarda de alguns bens, para alguns raros eleitos.
Deus é o Deus único, mas, por isso mesmo, não restringe o seu infinito poder.
Eis porque Jesus ordena que o sigam e o perpetuem para ir ensinar em todas as nações. Se Deus, como é verdadeiro, criou o céu e a terra, todo o céu e toda a terra estão com ele com seus habitantes e não se pode fixar um lugar mais agradável para ser o mesmo adorado entre todos os paises que comporta a imensidade da Criação.
Desta idéia vem a revolução que Jesus vinha fazer no mundo: conduzia o reino de Deus sobre a terra e o céu. E este reino não é somente para alguns, mas para todos: “O reino do céu está entre vós, dizia àqueles que perguntavam sobre os sinais e milagres para provar a sua doutrina”.



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sábado, 11 de abril de 2009

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 8.3 - MOISÉS - ENSINAMENTOS ESOTÉRICOS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

8.3
MOISÉS
ENSINAMENTOS ESOTÉRICOS

São Paulo, judeu de nascimento e educado no conhecimento da tradição secreta pelo ilustre rabino Galaliel, afirma o que é ainda notório em nossos dias, que o mosaismo possuía um lado secreto, um esoterismo que não havia sido entregue ao mundo.
É assim que ele diz, na Segunda Epístola aos Corintios (cap. III, v. 13):
“Nós não fazemos como Moisés que colocava um véu sobre o rosto, denotando, por isso, que os filhos de Israel não podiam suportar a luz”.
E no versículo 14:
“E assim as suas inteligências ficaram materializadas e obscurecidas, porque até hoje mesmo, quando lêem o Antigo Testamento, este véu sobre o seu coração sem ser erguido”.
O que sabemos a respeito da tradição oral instituída por Moisés, resulta primeiramente do próprio Pentateuco. Diz que, por ordem do Eterno, escolheram-se setenta discípulos com os quais ele pôde estar em comunhão de idéias.
Eis aí como se exprimem os Números (cap. XI, vs. 16 e 17):
“O senhor respondeu a Moisés: Juntai-me 70 homens, Sábios de Israel, e que souberdes mais instruídos, e conduzi-os à entrada do Tabernáculo da Aliança, onde os fareis permanecer convosco”.
“Eu descerei aí para vos falar; tomarei o Espírito que está em vós e inspirar-lhe-ei”.
E mais adiante, v. 25:
“Então o Senhor, tendo descido na nuvem, e lhe falou: e, tirando do Espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles 70 anciãos; e aconteceu que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram, mas depois nunca mais”.
A tradição oral, confiada primeiramente aos 70 discípulos, continuou muito tempo assim, sem a intervenção de qualquer escrito. Não foi senão ulteriormente que estes ensinamentos secretos foram conhecidos em várias obras, das quais as mais importantes são o Sépher Jezirah ou o Livro da Criação e o Zohar ou Livro dos princípios.
A leitura destas obras é árdua e pesada, porque tudo é mistério, mesmo as explicações que se esforçam em elucidar esta linguagem infinitamente abstrata. Haveria, entretanto, uma chave para estes mistérios e todos os ocultistas são de acordo em dizer que havia um sentido esotérico de maior beleza e de um grande alcance filosófico. Infelizmente, o conhecimento deste sentido místico não pode ser obtido senão depois de longos trabalhos, o que não é fácil ser empreendido por toda a gente.
Um mestre do pensamento esotérico moderno, Eduardo Schuré, diz em relação ao sentido esotérico do Gênese:
“nenhuma dúvida existe, dada à educação de Moisés, que ele escreveu o Gênese em hieróglifos egípcios em três sentidos. Quando, tempo de Salomão, traduziu-se o Gênese em caracteres fenícios e quando, depois do cativeiro da Babilônia, Esdras o redigiu em caracteres aranianos caldáicos, o sacerdócio judeu não manejava as chaves senão imperfeitamente”. Quando vieram, finalmente, os tradutores gregos da Bíblia, estes não tinham senão uma fraca idéia do sentido esotérico dos textos.
“São Jerônimo, apesar de suas sérias intenções e seu grande espírito, quando fez a sua tradução latina segundo o texto hebreu, não pode penetrar até o sentido primitivo; e, tendo-o conseguido, teria de calar”.
“então, quando lemos o Gênese nas nossas traduções, não temos senão o sentido primário e inferior”.
“Apesar da boa vontade, os exegetas e até os teólogos, ortodoxos e livres-pensadores, não viam o texto hebraico senão através da Vulgata. O sentido comparativo e superlativo, que é o sentido profundo e verdadeiro, escapa-lhes”.
“Não fica menos misteriosamente oculto no texto hebreu que mergulha, por suas raízes, até a língua sagrada dos templos, refundida por Moisés, língua em que letra tinha um sentido universal, em relação ao valor acústico da letra e o brilho da alma do homem que o produz”.
“Para os intuitivos, este sentido profundo salta algumas vezes como uma centelha do texto; para os videntes, reluz na estrutura fonética das palavras adotadas ou criadas por Moisés: sílabas mágicas em que o iniciado de Osíris vazou seu pensamento, como um metal sonoro em um molde perfeito”.
“Pelo estudo deste fonetismo que leva a marca da língua sagrada dos templos antigos, pelos chefes que nos fornecem a Cabala e de que alguns vão até Moisés, enfim, pelo esoterismo comparado, é-nos permitido hoje entrever e reconstituir o Gênese verdadeiro”.
“Assim, o pensamento de Moisés sairá brilhante com o ouro da fornalha dos séculos, das escorias de uma teologia primária e das cinzas da crítica negativa”. (Os Grandes Iniciados).
Já falamos de Fabre d’Olivet. Em sua língua Hebraica Restituída, ele fornece a primeira chave do esoterismo bíblico.
Graças a ele, desenvolvendo as suas qualidades particulares, os ocultista e exegetas nos deram obras que contribuem poderosamente a esclarecer o que a tradição de Moisés tinha de obscuro para o nosso espírito. Saint-Yves d’Alveydre, na sua Missão dos Judeus, declara que a Cosmogonia de Moisés é um livro de ciência formidável e os trabalhos de exegese, mesmo oficiais, tendem a nos dar o mesmo sentimento do que nos revelam os livros do iniciador de Israel.
Todavia, porque a ciência e a força não são as únicas necessidades da humanidade, Moisés não dava ao mundo o que ele podia desejar.
O medo não é o único meio de dirigir os homens, e dia devia chegar em que um imenso desejo de bondade, fraternidade e ternura fariam encontrar novas fórmulas.
Moisés tinha sido o salvador de um povo; precisava, agora, o salvador do mundo inteiro. Precisava que o sentimento, muito tempo detido, tivesse enfim, a sua rica floração.
É o que faltava à lei de Moisés, ardente e árida como o deserto onde ela havia nascido. É neste sentido de desenvolvimento moral, de expansão deliciosa de quem tinha sido rude e terrível, que Jesus pôde dizer que não vinha destruir a lei, mas cumpri-la.
Efetivamente, que é senão uma estéril e brutal justiça aquela que não floresce em misericórdia?
Esta misericórdia, esta ternura, este perdão das ofensas, este desejo de se sacrificar pela saúde de todos, tal é a revolução do ensinamento que Jesus devia conduzir à terra. Por ele, o homem se sentia resgatado, não somente de suas faltas, mas de seus antigos e aviltantes terrores.
Veremos que Jesus não se contenta em querer Um Povo de Deus, porém deu aos homens a denominação de Filhos de Deus, que é toda a sua doutrina.
Se todos os seres são irmãos no seio eterno do mesmo Pai, não há mais nações, nem barreiras, nem forças que os separem.
Todos os homens são filhos de Deus, todos são chamados para ele e toda a doutrina d’aquele que devia morrer, perdoando tão docemente aqueles que não sabiam o que faziam, firmava-se nesta simples frase que S. João retomou: Amai-vos uns aos outros.




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