domingo, 2 de agosto de 2009

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 9.8 - JESUS - ENSINAMENTOS ESOTÉRICOS - 2ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
9.8

JESUS
ENSINAMENTOS ESOTÉRICOS
2ª PARTE

Paulo espírito intransigente, versado por sua primeira educação na interpretação mística das Escrituras, não guarda para ele o que muitos outros conservam secreto.
Nas duas epístolas, achamos a disposição da tríplice personalidade do homem e o distingue muito claramente da alma afetiva do espírito, parte puramente intelectual do ser humano. Por outro lado, sabe que o corpo tem uma lei e que a concupiscência é a causa do pecado. Diria de boa vontade, antes de Pascal: “O coração tem as suas razões que a razão não compreende”; porém, mais místico, exclamou no transporte de sua alma: “Quem me livrará este corpo da morte!”
Vai mais longe e deixa, em muitas ocasiões, passar a teoria da evolução de todos os seres para a perfeição infinita.
Não se contenta em dizer que todos os homens aspiram à sua salvação pela difusão da religião de Cristo. Diz ele: “Todas as criaturas esperam com um ardente desejo que os filhos de Deus sejam manifestados”. Ele não se contenta, como Lucas, em dizer, uma só vez: “Toda carne terá a salvação de Deus”, mas insiste sobre este assunto e uma grande parte da Epístola aos Romanos lhe é consagrada.
Altamente, afasta o espírito ritualista de sua raça e não vê nenhuma utilidade em certas abstinências.
“Um crê que pode comer tudo e aquele que é fraco na fé não come senão ervas. Que aquele que come de tudo, não despreze aquele que somente come ervas; e que aquele que não come senão ervas não condene aquele que come de tudo; porque Deus o tomou para si”.
“Quem és tu, que condenas o servidor de outrem? Se está firme ou se cai, é o seu senhor que deve julgar; mas será firme, porque Deus é bastante poderoso para firmar”.
E, mais longe: “nenhum de nós vive por si mesmo e nenhum de nós morre por si mesmo. Porque, se vivemos é para o Senhor; se morremos, morremos para o Senhor; se vivemos e morremos, pertencemos ao Senhor. É por isso que Cristo morreu...”.
Aos Coríntios, fala em uma linguagem que mais se aproxima das idéias filosóficas da Grécia: “O homem animal não conheceu coisas que são do Espírito de Deus; porque elas lhe pareciam uma loucura e não os pode entender, porque é espiritualmente o que se julga. Mas, o homem espiritual julga as coisas e ninguém pode julgar por ele”. Chama-se a si mesmo o Dispensador dos Mistérios de Deus. Aproveita esta qualidade para dar aos costumes gregos uma pureza que, sobretudo em Corinto, eles não conheciam há muito tempo; os conselhos que ele dava sobre o casamento e a castidade são tão prudentes quão elevados.
Mas seu ensinamento não se limita a esta moral e, demais, trata do discernimento dos espíritos e os dons que seguem com uma sagacidade que não pode vir senão de um estudo profundo e longo. Aqui se encontram as lições de Gamaliel.
Esquece-os, portanto, e, posto que reivindique a qualidade de Israelita, de filho de Abrão, repele a Lei antiga, embora reconheça todos os seus benefícios e a sua utilidade:
“Para que serve a lei? Ela ajuntou a promessa à causa das transgressões, até a vinda da posteridade a quem a promessa havia sido feita: e ela foi dada pelos anjos e por intermédio de um Mediador... Assim a lei tem sido nossa condutora para nos levar a Cristo, a fim de que sejamos justificados pela fé.
“Mas chegando à fé, não estais mais sob este condutor; sois todos filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo... E não existe mais Judeu nem Grego; não há mais escravos nem livre; não há mais homem nem mulher; porque vós todos não estais senão em Jesus Cristo”.
Aos Hebreus, iniciados pela maioria às Escrituras, mostra qual a perfeição oriunda do Evangelho: “Antiga Lei foi abolida devido à sua fraqueza e à sua inutilidade; porque a Lei não conduz à perfeição; mas uma esperança melhor, pela qual nos aproximamos de Deus, foi substituída”.
Apoiando-se sobre livros santos, estuda com sutileza, as concordâncias proféticas.
E os conselhos de bondade, sucedendo a uma espécie de hino à fé, terminam a Epístola aos Hebreus, um dos mais belos documentos refletindo o pensamento cristão, em sua primeira florescência.
Entretanto, à medida que o conhecimento do povo ensino se espalhava mais se tornava necessário fazer acepção da inteligência e da fé dos ouvintes aos quais se dirigiam as palavras.
Alguns, a quem tinham acreditado poder confiar toda a doutrina, haviam deformado pelas imaginações pessoais e raciocínios que nada tinham de comum com a pregação dos apóstolos.
No fim do século II, uma hierarquia foi estabelecida. Um dos mais poderosos espíritos desta época, Orígenes, que foi por momentos suspeito de heresia, apesar de seu zelo apaixonado pela religião, descreve-nos nestes termos:
“Os cristãos, antes de receber em suas assembléias aqueles que querem ser seus discípulos, fazem-lhes diversas exortações para fortificá-los no desígnio de bem viver; enfim, admitem-nos, quando os vêm no estado que eles desejam e fazem uma Ordem à parte; porque há duas compostas entre eles: Uma a dos iniciados que o são há pouco tempo e não receberam o símbolo de sua purificação; a outra daqueles que deram todas as provas possíveis de sua resolução de não abandonar jamais a profissão do cristianismo”.
Estes apenas eram chamados a distribuir a boa palavra e os primeiros sacramentos que existiram; o batismo primeiramente que Jesus tinha tomado da iniciação de João; em seguida, a eucaristia que Jesus tinha constituído no decorrer da sua última ceia, com a prece, mais que a injunção, que isto fosse feito novamente em sua memória.
Aqueles que tinham ficado firmes na fé, no decorrer destes séculos de perseguição, eram chamados a este sacerdócio, mas não havia necessidade de outras condições em seus agrupamentos fraternais.
Não se colocava questão alguma sobre a ordem nem sobre a instrução daquele que devia guiar seus irmãos; todavia, os espíritos cultivados eram apreciados pela sua facilidade em refutar as objeções, em instruir os pagãos na nova religião, porque todos, e os gregos sobretudo, eram sensíveis às palavras harmoniosas e aos argumentos bem deduzidos.
Pouco a pouco, pela imensa difusão do cristianismo que as próprias perseguições faziam conhecer em todo o Império, o sacerdócio veio a ser mais útil; as cerimônias complicaram-se porque, em muitos casos, e, sobretudo depois do triunfo definitivo do cristianismo, adotado por Constantino, os pontífices cristãos não quiseram proibir as festas populares que não eram absolutamente incompatíveis com o ideal cristão.
As festas das vendas reapareciam no novo calendário; adaptaram-na aos dias consagrados aos santos que melhor correspondessem com o rito abolido.
Esta corrente vai reforçando sem cessar, porque o Império todo é cristão.
É preciso que os magistrados eclesiásticos sejam criados para administrar as vastas coletividades, sustentando, em muitos pontos, o rude assalto dos Bárbaros.
Cria-se uma completa hierarquia.

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