segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.1 - OS FRANCO-MAÇONS - 1ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.1
OS FRANCO–MAÇONS
1ª PARTE
Os fins da Franco-Maçonaria é formar pensadores e sábios, elevando acima da condição comum, os seus contemporâneos, ao mesmo tempo por seleção e por iniciação.
Como todas as iniciações, a Franco-Maçonaria comporta experiências renovadas pela maioria dos Mistérios egípcios.
Para adaptá-los ao ponto de vista ocidental, estas experiências não deixaram de ser profundamente deformadas e aumentadas por cenas bastante infantis e de um simbolismo que não atingia em magnificência ao dos ritos antigos.
Entretanto, no pensamento dos criadores, as experiências tinham o mesmo fim que tinham para os sacerdotes de Menfis ou de Tebas.
É sempre para conhecer o caráter do futuro adepto que se submete o mesmo, a seus temores mais ou menos fundados.
É preciso primeiramente assegurar a firmeza de seu caráter sendo bom, por isso, apresentar perigos imaginários naturalmente, diante dos quais deve ficar impassível.
É preciso saber ainda qual a sua resistência à suas impulsividades, porque há muitos seres que, a sangue frio, não temem coisa alguma, e são tomados bruscamente por uma sensação inesperada.
Tentações lhe são oferecidas, de tal maneira que possa julgar a sua força contra os apelos da carne.
As mesmas coisas produzindo os mesmos efeitos; não é surpreendente que encontrássemos na Franco-Maçonaria, a maioria dos elementos que temos visto já nos estudos precedentes sobre todos os esoterismos.
As experiências não mudaram; são sempre subterrâneos obscuros, o fogo, a água e o ar, com as variantes bem restritas segundo os ritos.
Aos Mistérios de Isis e de Osiris, o fim das experiências era julgar a intrepidez do adepto.
O segredo que lhe devia ser confiado ultrapassa o entendimento da massa; era o ensinamento esotérico relativo à lei das reencarnações. Nos nossos dias, o ritual maçônico mostra, por diversos meios que vamos estudar que o renascimento é, efetivamente, o fim da vida e que a evolução – que estes renascimentos devem animar – é o único digno de nós, que seja proposto aos nossos esforços.
No antigo Egito, este ensinamento, que devia ser ritualmente figurado, para marcar no espírito do iniciado a impressão de uma imagem nítida e mesmo violenta, necessitava, pois, de uma aparência de morte para fazer compreender que a morte abre as portas de uma vida nova, mas, para o iniciado, uma vez que, pela iniciação, está morto para o mundo, não podia ser mais reencarnado, a menos que cometesse uma falta grave, porque a iniciação lhe abriria inteiramente as áureas portas do Absoluto.
Assim, depois de vigília de preces, deixava-se isolado aquele que se iniciava, em um recinto sobre onde espessas trevas se formavam lentamente. Abandonado às suas reflexões. Rogava à Divindade, esperava, obtinha esta iluminação divina que era o coroamento de seus trabalhos. Comungava com Deus na revelação perfeita.
Todas as iniciações antigas, baseadas sobre os renascimentos, eram espiritualistas.
A Franco-Maçonaria, cedendo à influência do meio, em lugar de dirigi-lo, perdeu o sentido deste rito, embora esta morte aparente faça parte das experiências que dão acesso ao grau de mestre.
Há sempre um simulacro de morte numa encenação bastante pueril, mas o mesmo sentido esotérico está completamente obliterado nas iniciações atuais.
Mas, em raras exceções, os adeptos ignoram o valor espiritualista deste rito. O ritual ficou, mas a tradição extinguiu-se.
Aqueles que, em nossos dias, quiseram simplificar o ritual maçônico, desprendendo-o de um aparato que julgavam bastante inúteis, tiveram razão de seu ponto de vista, porque, se o sentido destas ações é obliterado, é perfeitamente supérfluo cumpri-las.
As experiências subsistem, mas elas perderam todo o seu valor iniciático, pois que se pede ao recém-chegado para guardar um segredo que não lhe é dado, pelo fato simples de que quase ninguém o possui.
Os símbolos dos ensinamentos secretos foram guardados, mas não representam mais este renascimento que é o fim real da vida e dos estudos que deveriam preparar uma existência perfeita, libertando-nos do porvir.
Em nossos dias a Franco-Maçonaria, veio a ser inteiramente materialista, o que é completamente oposto à doutrina que ela pretende perpetuar.
Em suma, o simbolismo maçônico, tirado dos mais antigos rituais, é muito belo.
Do mesmo modo que certos agrupamentos gnósticos, o postulante à Franco-Maçonaria, é comparado à pedra bruta informe, que não tomará a sua forma definitiva senão pelas picadas do cinzel.
Deve aperfeiçoar-se, pois, é por este meio que virá a ser o que deve ser: A pedra cúbica representando o iniciado. Esta pedra cúbica, própria para misturar-se àquelas que servirão para construir o edifício social, simboliza o papel do maçom, que deve ficar misturado na vida diária, fazer-se útil, incorporar-se com os outros maçons na obra durável que eles edificam.
Este edifício é simbolizado por um Templo, que os Franco-Maçons erigem à Glória do Grande Arquiteto do Universo: Deus.
É necessário, pois, que o postulante seja submetido a um ensinamento que o disponha a esta bela função.
Então, antes de receber a iniciação, o espírito do futuro adepto é a pedra bruta com as impurezas que o mancham.
Os emblemas do primeiro grau da iniciação serão, pois, os utensílios necessários de sua obra, à lapidação, ao desbastamento da pedra bruta: Isto é, o malho e o cinzel.
O malho é a vontade; o cinzel o julgamento.
A vontade pode ser dirigida em um sentido útil, mas se ela agir às cegas arriscará a comprometer a própria ação que deseja fazer.
Todavia, é necessário querer com força e persistência, e é por isso que a vontade do futuro adepto é longamente experimentada e exercida.
Mas é preciso também, que o juízo e a clarividência lógica dirijam os surtos muitas vezes inconsiderados da vontade: Eis porque o postulante deve exercer com continuidade, durante longos meses, este discernimento, sem o qual a vontade não é submetida senão a mais efêmera imaginação.
Somente quando chegou a tal estado, quando tiver nas mãos os dois instrumentos simbólicos, que o grau seguinte lhe é conferido.
A pedra, uma vez polida, está bem longe de ser perfeita e imediatamente utilizável. O martelo e o cinzel não bastam. Eis porque o segundo grau é representado pelos utensílios que servem para dar à pedra, vagamente polida, uma aparência pura e nítida. Então, tudo concorre para ensinar ao Franco-Maçom, a retidão e o ritmo, sem o qual nada de perfeito se estabelece.
Recebe a régua, o compasso, a alavanca e o esquadro, que não são mais as armas do pedreiro, mas as do arquiteto; que não são mais os utensílios daquele que trabalha somente no momento presente, sem procurar compreender, porém, que prepara uma obra durável. Régua, compasso, alavanca e esquadro, são os instrumentos de trabalho de um espírito mais esclarecido, que quer conceber o conjunto de um plano no qual colabora, que quer saber como se adaptarão as superfícies polidas e regulares que obtém, atacando a pedra com o cinzel, sob o impulso do malho.
No terceiro grau, o companheiro torna-se mestre. Guarda os emblemas dos graus precedentes, mas então compreende que ele deve ser útil à coletividade. Ele é conduzido a estudar a construção da obra geométrica, a obra perfeita e durável, elevada por seus irmãos à glória de Deus.
Mas, atualmente, esta nobre ambição transformou-se em uma efêmera terminologia.
A tradição espiritualista perdeu-se na Franco-Maçonaria.
Se a ordem chega, modelando a pedra bruta, a criar um homem perfeito, não sabe mais qual o verdadeiro fim a que deve levar esta perfeição. Aquele que foi purificado deveria, como nos santuários antigos, ser penetrado do fim da vida; deveria conhecer o que significa renascimento e os magníficos horizontes que este pensamento abre diante do espírito do adepto.
Porém, a noção dos renascimentos desapareceu totalmente dos ensinamentos maçônicos. A mais bela e mais útil obra iniciática foi esquecida.
Como todos os iniciadores, os fundadores da Franco-Maçonaria, realizaram a necessidade de não confiar a todos a verdade tão útil, porém, que o vulgo não saberia compreender.
Portanto, velaram seu ensinamento, mas o fim achou-se coberto de véus tão espesso, que o tempo, fazendo a sua obra, fez com que poucos se lembrassem do que foi o objeto da iniciação.


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