quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.7 - OS FRANCO-MAÇONS - O MESTRE - 7ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.7
OS FRANCO-MAÇONS
O MESTRE
7ª PARTE
O grau de mestre é aquele que sucede ao grau de companheiro. Antes de recebê-lo, é preciso que o companheiro testemunhe que veio a ser esta pedra cúbica que foi o fim de seus esforços, tanto que recebeu esta suprema iniciação.
Então perdeu os seus defeitos; tem consciência de seus deveres; tornou-se bastante perfeito para fazer parte integrante do edifício em construção.
O domínio que lhe vai ser conferido não será senão a recompensa e o sinal do domínio é que ele o adquiriu por si mesmo e sobre si mesmo antes de procurar dominar os outros.
Tal deveria ser efetivamente o Mestre, aquele que se tornou tão útil e puro quanto possível, de maneira a não prejudicar a obra sublime, o Templo, que a Humanidade deve elevar ao Grande Arquiteto do Universo.
Antes de ser admitido ao grau de mestre, o postulante deve recapitular todos os ensinamentos recebidos até este momento.
Por isso, para simbolizar este estudo retrospectivo, faz-se com que o postulante caminhe para traz.
O postulante deve partir da Estrela flamejante e tornar a encontrar os utensílios que lhe foram entregues no momento de sua segunda iniciação: o esquadro, a régua, a alavanca e o compasso, depois os utensílios das experiências do primeiro grau: o cinzel e o malho.
Deve-se esvaziar de novo o Cálice de amargura e lembrar-se das experiências do Fogo, do Ar, da Água e da Terra.
Quando percorreu este estado, começando pelo fim, volta ao gabinete de reflexão, que lhe demonstrará os seus princípios.
Encontra novamente todos os esqueletos, as lágrimas. Então, não se comove mais diante destas imagens, porque deve ter penetrado o sentido; elas falam dos Pequenos Mistérios que já ultrapassou. Não existe aí mais nada que ele deseje; espera obter os Grandes Mistérios sagrados.
Em que consistem estes Grandes Mistérios?
O momento que escolhiam os antigos iniciadores para revelar ao iniciado o mistério da morte e dos renascimentos. Mostravam-lhe que era preciso morrer para renascer, porém que, para aquele que saiu vitorioso das experiências, muito tem a fazer do que recomeçar sem trégua estas perpétuas reencarnações. O iniciado morre para o mundo para renascer na verdadeira vida.
Eis porque, no meio dos símbolos da morte terrestre, deve lançar-se fora da vida para pedir a iluminação, a segredo da vida real, da vida que floresce acima do túmulo.
O iniciado morre para o mundo para renascer na verdadeira vida.
A lenda de Hiram, e a acácia são primordiais para este ensinamento.
A noção de sobrevivência da alma, e a perpetuidade do espírito, implicam um segredo guardado além do túmulo.
A acácia, cujas folhas se dirigem para o sol e se inclinam para o sol poente, era considerada pelos egípcios e árabes antigos, como uma árvore sagrada. Era dedicada ao deus do dia, isto é: à luz. No simbolismo da Franco-Maçonaria, preencheu o papel que preenchiam nos Mistérios da antiguidade, a palmeira dos Indianos, o salgueiro dos Caldeus, o lótus dos Egípcios, o mirto dos Gregos, o visgo dos Druidas. A acácia é o símbolo da vida indestrutível, da sobrevivência da alma.
O Sábio pode morrer vítima da brutalidade e da ignorância dos homens, mas em seu espírito ri-se da morte, porque ele previamente a vencera, recebendo a sua iniciação nos Mistérios.
A maioria dos mestres atuais afasta-se à primeira lição e se limita a ação política e social que lisonjeia a sua ambição. Aspiram às funções do Estado e usam suas lojas como um meio de ação. Ignoram totalmente os fins elevados que os antigos iniciadores haviam proposto aos seus neófitos, assim, o verdadeiro sentido da iniciação está definitivamente perdido.
Todo valor iniciático desapareceu, quase por toda parte, de um ritual deformado a tal ponto que o simbolismo foi atacado e veio ser tão incompreensível que a doutrina não existe mais.
O primeiro fim iniciático, foi retomar os antigos Mistérios, sobretudo, os Mistérios de Eleusis. Muitos ritos maçônicos parecem baseados sobre os de Isis, mas o tempo e a incompreensão os deformaram e o que era outrora símbolo destinado a esclarecer o espírito, não é mais senão um jogo de cena, uma simulação que tem por fim ferir a imaginação. A iniciação era, na sua essência, uma obra de aperfeiçoamento pessoal. Os iniciados antigos tinham pensado que a iniciação coletiva não podia provir senão do aperfeiçoamento individual. É fazendo evolucionar cada indivíduo que a sociedade pode vir a ser próxima do ideal dos sociólogos.
Ragon, um Franco-Maçom, que mostrou o simbolismo das cerimônias maçônicas e sua relação com as cerimônias antigas, diz muito bem: “O segredo da Franco-maçonaria é, por sua natureza mesma, inviolável; porque o maçom que o conhece, não o pode ter adivinhado. Descobriu frequentemente nas Lojas instruídas, observando, comparando, julgando. Uma vez descoberto este segredo, o guardará seguro e não o comunicará mesmo ao irmão no qual deposite mais confiança; porque, desde que este não foi capaz de fazer esta descoberta, também é incapaz de tirar partido do segredo, se o recebesse oralmente”.
O grande segredo é fazer-se, tornar-se tal como a nossa evolução necessita, de fazer da pedra bruta a pedra talhada útil ao edifício. O segredo não pode ser comunicado por uma só palavra, por uma cerimônia vinda sem direção, pois que, o simbolismo foi alterado.
O mestre deve irradiar em torno de si e sobre os outros, todas as forças benéficas, das quais se tornou senhor; pode abrir o seu coração a tudo o que sofre e irradiar seus benefícios.
O que o espírito pode imaginar de mais maravilhoso, é o que seria a Humanidade se semelhante concepção fosse espalhada em todos os lugares, assim como deveria ser. Todos os seres humanos, senhores de si mesmos e possuidores do máximo de poderes, dirigindo-os para o bem. Seríamos como todos estes mundos que nosso olhar não saberia contar, e que irradiam através do espaço, forças desconhecidas, e todos, harmoniosamente apoiados cada um sobre a força do outro, e que brilham e vivem.
Diante deste imenso espetáculo, o coração se funde e se une a isto que os Sábios antigos chamavam justamente a música das esferas.
Tal seria a Humanidade se, pelo desenvolvimento individual, chegasse a criar unidades rítmicas, que se unirão segundo um ritmo voluntário para formar uma sociedade ou, como nas fraternidades pitagóricas, tudo estaria em todos, onde as forças de cada um pertenceriam não a um, mas àquele que sofre que é fraco. Então o mal seria vencido. E esta bela noite, seria preparadora de uma aurora mais maravilhosa ainda, anunciaria ao iniciado a chegada do Sol perfeito e ele poderia dizer que conhece a acácia.
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.6 - OS FRANCO-MAÇONS - O COMPANHEIRO - 6ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.6
OS FRANCO-MAÇONS
O COMPANHEIRO
6ª PARTE
O aprendiz com seu malho e seu cinzel, teve tempo de dar à pedra bruta de sua personalidade, uma forma bastante vizinha daquela que ele deve ter, mas sabe agora quanto esta pedra está longe do que ela deve ser.
Para que a pedra cúbica venha a ser admitida nos alicerces do Templo, é preciso ao obreiro, muitos trabalhos e conhecimentos que ele não possui ainda e não os obterá senão depois das experiências necessárias, quando então lhe será conferido o grau de companheiro.
Durante o seu estado de aprendiz, o maçom deve pensar e instruir-se, mostrar se compreenderá o simbolismo, que como já vimos, tem muito poucos segredos iniciáticos a ensinar.
No decurso da primeira viagem, com o malho e o cinzel que são os emblemas do grau que ele solicitou para passar e que lhe têm servido até o presente. Estes instrumentos de seu grau servem para fazer compreender a que ponto está à obra que ele executou, mesmo com toda a boa vontade possível, é insuficiente em presença de tudo o que fica ainda a fazer.
Como em todas as iniciações, o primeiro ponto a encarar é o conhecimento de si mesmo.
A natureza é o melhor livro em que o adepto pode tirar os mais úteis dados.
A segunda viagem é com o uso da régua (retidão) o caminho a ser seguido, e o compasso (a medida certa) da circunspecção. Passa conhecer as quatro principais ordens da arquitetura: a dórica, a jônica, a coríntia e a toscana. As outras ordens são compósitas e misturam todos os bens da Natureza aos planos estritos traçados pela vontade do homem.
A terceira viagem, com a régua e a alavanca (capaz de mover o mundo). Aprende sobre as sete artes liberais: gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música.
O simbolismo deste ensinamento é que o homem que desejar ser um iniciado, não deve confiar demasiadamente em suas próprias forças para atingir a iluminação divina.
No decurso da quarta viagem, o postulante aprende a servir-se do esquadro (o ângulo reto), aprende, assim, a submeter todas as suas ações à razão, à lei moral que representa a medida. O esquadro é o meio de estabelecer figuras geométricas de uma perfeita harmonia e de uma retidão completa. Tal deve ser a vida do adepto.
Em um cartaz estão escritos os quatro nomes dos Sábios gregos: Sólon, Sócrates, Licurgo e Pitágoras.
Sólon, que 600 anos A.C, foi o legislador de Atenas. Sua fórmula: Em tudo, é preciso considerar o fim, indicando, assim, que não é preciso ceder a estes lances inconsiderados sem se observar se eles merecem atenção.
Sócrates, 400 A.C, ensinou em Atenas a fé em um Deus único. Bebendo cicuta, morreu calmamente, testemunhando assim a sua inquebrantável confiança na imortalidade da alma. Seu ensinamento foi todo moral; tinha por divisa o adágio, da fachada do templo de Delfos: Conhece-te a ti mesmo.
Licurgo, no nono século A.C, foi o legislador de Esparta, estabeleceu uma igualdade perfeita entre os cidadãos.
Pitágoras, colocado por último e merece ser considerado como um dos limites do pensamento humano. Para ele, tudo é submetido à regra, ao número, manifestação da lei divina.
Os ensinamentos do Sábio de Samos afirmam antes de qualquer discussão: a alma que está purificada no decorrer de suas existências, não tem outro fim senão Deus; sua recompensa é a imortalidade.
A quinta viagem deve permitir ao adepto perceber a luz diretamente. O caminho a ser seguido, a estrela flamejante.
“A estrela flamejante é o emblema do gênio que eleva às grandes coisas. É a imagem do homem evolucionado”.
O iniciado desenvolveu forças; tirando do reservatório eterno que está aberto a todos aqueles que sabem achar o caminho. Ele participa de outra luz; acha-se, pelo fato de sua iniciação, em comunhão íntima com as luzes superiores, ele a irradia sobre aqueles que o rodeiam, atrai para a sua luz todos aqueles que a procuram e que sofrem, como a luz noturna, serve de guia aos viajantes cheios de fadiga e de medo.
O companheiro sabe que a mão direita sobre o coração é um sinal de amor fraternal, e segue os impulsos do coração, porque o seu coração compreendeu a necessidade de se submeter à lei que rege os irmãos, e não quer senão testemunhar uma ardente fraternidade, e que a sua mão esquerda elevada descreve um esquadro, sua pessoa moral, como se buscasse captar as forças cósmicas.

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.5 - OS FRANCO-MAÇONS - O APRENDIZ - 5ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.5
OS FRANCO-MAÇONS
O APRENDIZ
5ª PARTE

Vejamos, rapidamente, em que consistem as experiências maçônicas, antes de tudo, tratemos das experiências do grau de aprendiz.
O profano que se apresenta na Franco-Maçonaria é introduzido em um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de metal que traga.
Esta cerimônia tem por fim advertir que ele deve ser desprendido de todas as coisas que têm um brilho enganador, porque estes vãos atributos, não constituem o fim que o adepto deve atingir.
Em seguida é introduzido numa sala isolada, chamada Câmara de Reflexão, o fim desta curta reclusão é levar o novo adepto a cuidar daquilo que ele quer fazer, não considerando a Franco-Maçonaria como uma espécie de limite.
O adepto deve morrer para o mundo, separar-se – ao menos na parte de sua vida que consagra a estes estudos – das preocupações cotidianas, uma vez na Loja, deve morrer para estas preocupações mundanas e mercantis.
O postulante deve, então, fazer o seu testamento, que não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia a sua vida passada e adota um novo projeto de vida futura.
O postulante deve imitar o grau de trigo que já tivemos ocasião de encontrar nos Mistérios de Eleusis; vai ser privado de uma parte de suas vestimentas, tendo este simbolismo a sua razão de ser.
Nos Mistérios, os hierofantes deviam explicar aos iniciados o mito do grão que se fende, brota e renasce à superfície do solo para recomeçar um novo ciclo, com tanto ardor que cada primavera parece surpreender a terra pelo brotar espontâneo de tantos germes, mortos em aparência e, entretanto, vivos.
O recipiendário, introduzido no Templo, com os olhos vendados. Não é ainda adepto, nem mesmo um um aprendiz; nada sabe; ainda não vê; não lhe é permitido senão sentir, então, passa pela experiência do gládio.
A primeira viagem é a do Ar, reminiscência das iniciações egípcias; o vento afasta as impurezas do trigo e de outros grãos quando eles são colocados em lugar de sopro de ar; assim o homem, transportado pelo sopro do espírito, é purificado de suas impurezas.
É durante a segunda viagem que se realiza a purificação pela Água. Nenhuma purificação foi mais usada nas iniciações antigas. Vimo-la no Egito. Encontramo-la na Judéia com o batismo de João, que a retomou na Igreja cristã. Vimos, também, que uma imersão total precedia à iniciação dos Mistérios de Eleusis. De qualquer maneira, esta purificação do corpo é a imagem da purificação da alma, primeiro resultado da iniciação.
A terceira viagem é a que comporta a experiência do Fogo. Nenhuma experiência é mais qualificada para notar as tradições do Egito. Vimos que no interior da Pirâmide, o adepto devia fazer seu caminho no meio dos braseiros. O cerimonial maçônico simplificou esta experiência. O iniciado deixa-se penetrar pelo calor que se desprende sem queimar.
Vitorioso entre as chamas, o postulante é submetido a uma nova experiência: a do Cálice de amargura. Apresenta-se ao postulante uma bebida doce que se torna em amargor.
Se cumprir verdadeiramente a filosofia iniciática, a adversidade passageira deste mundo não poderá abatê-lo; a ingratidão e a maldade dos homens não devem surpreendê-lo.
Colocado diante do altar, candidato promete aplicar as suas forças e toda a sua inteligência à pesquisa da verdade, consagrar-se inteiramente ao triunfo sublime da justiça.
A luz lhe é concedida.
O Venerável Mestre o investe no grau de aprendiz, e o proclama membro ativo da Loja. O aprendiz recebe os pares de luvas brancas que simbolizam pureza.
O trabalho dos aprendizes, que é o aperfeiçoamento de sua personalidade, é assim descrito pelo ritual: “Eles trabalham em desbastar a pedra bruta, a fim de que a despoje de suas asperezas e a aproxime de uma forma em relação com o seu destino”.
A pedra bruta, como vimos, é o homem tal como o te feito a natureza e a sociedade; é ainda completamente penetrado de matéria e seu julgamento adormecido é falsificado pela anteposição dos interesses materiais e pelas paixões.
Dois utensílios lhe são para isso: o malho e o cinzel.
O cinzel é o julgamento, mas o julgamento é sem ação, do mesmo modo que é sem força, se o malho não lhe presta o seu rude apoio.
Este malho representa a vontade quando é bem dirigida. Um não pode passar sem o outro e o seu desenvolvimento criou já um feliz equilíbrio na personalidade do aprendiz.
Se o malho existisse só, seria uma força cega que, batendo sobre a pedra, a quebraria em mil pedaços, em lugar de lapidá-la.
A vontade é uma força admirável, mas também, se ela não for conduzida por um juízo esclarecido, será má, tanto para aquele que a possui, como para aqueles que sofrem os seus efeitos.
Tais são os ensinamentos do grau de aprendiz. Tal é o simbolismo de suas experiências e de seus ritos. Seu fim parece-nos claramente: leva o homem ao conhecimento próprio, a aperfeiçoar-se, porém, não chegará a esse fim senão com os utensílios confiados ao companheiro.
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.4 - OS FRANCO-MAÇONS - 4ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.4
OS FRANCO-MAÇONS
4ª PARTE

O grau de companheiro, no esclarecimento primitivo, correspondia ao período da iluminação das iniciações antigas. Os dois utensílios que foram entregues ao aprendiz lhe são ainda úteis, mas ele necessita ainda de outros para dar à pedra uma forma perfeita.
O esquadro, a régua, o compasso e a alavanca correspondem a esta obra.
Quanto ao símbolo de iluminação que o adepto recebe neste momento, é a estrela de cinco pontas, a estrela flamejante.
Esta estrela, colocada de tal forma que uma só ponta esteja para o alto, representa o homem aprumado, com a cabeça erguida para o céu. É a imagem do iniciado que tira das esferas superiores, esta verdadeira luz que esclarece todo homem vindo a este mundo, mas aqueles que ainda estão nas trevas, não a compreenderam. Esta iluminação preparada por uma ascese apropriada dá ao homem, faculdades especiais, novos sentidos que o põem em contato com vibrações mais sutis do que aquelas às quais tinha o hábito de fazer apelo.
Infelizmente para a maçonaria atual, esta ascese não existe mais entre eles, e os maçons cessaram de desenvolver em si mesmos o sentido intuitivo.
No terceiro grau, o de mestre, o maçom que recebeu a iluminação aprende a servir-se de seus poderes e de suas faculdades no meio da coletividade.
O fim primitivo da Franco-Maçonaria foi libertar o espírito de toda tirania; o que hoje não se faz.
Por isso, a maçonaria entrou em decadência; desde o momento em que cessou de representar a liberdade, do momento em que esta mesma razão desapareceu, cessou de ser espiritualista.
Apesar de tudo, o mestre se viu diante do maior problema que pode inquietar o cérebro de um homem: - Para onde vamos nós depois da morte? – É neste momento que o iniciado entra na posse da verdade relativa às reencarnações; porém, tudo isso se perdeu.
Examinaremos, em breves detalhes, quais são atualmente as experiências maçônicas. Indicando o fim destas cerimônias, veremos que estes gestos singulares, que hoje fazem sorrir, tiveram outrora a sua razão de ser e que bastaria explicá-las para que se encontrasse mesmo certa beleza.
Antes de abrir o ritual maçônico, estudemos a lugar onde se dá a iniciação: é a Loja.
Esta Loja, no pensamento daqueles que estabeleceram as características, é propriamente um símbolo; é a imagem do Universo; seu teto, uma abóbada azulada e constelada de estrelas, é a imagem do firmamento todo bordado de astros.
Outrora, os iniciados conheciam o sentido destes astros e o que eles podiam dizer àquele que obteve a ciência; mas, repetimos mais uma vez, com raras exceções, esta tradição não existe mais.
O solo é lajeado coberto por grandes losangos brancos e negros, indicando para os iniciados nos altos graus, a harmonia que nasce do equilíbrio dos contrários; para os adeptos de ordem inferior, este mosaico simboliza todas as raças, todas as doutrinas, todas as opiniões misturadas e unidas; é a imagem da fraternidade que deve reinar entre todos os homens.
O verdadeiro maçom – e isto deveria fazer refletir aquele que prega a opressão, daqueles que não partilham de seu conselho – o verdadeiro maçom deve assistir e esclarecer indiferentemente todos os homens, de qualquer raça, país ou religião a que pertençam.
No Oriente há um estrado de três degraus, onde se encontra a poltrona do Venerável Mestre. Os três degraus dizem que ele deve ultrapassar os seus discípulos sobre os três domínios: físico, sentimental e intelectual; que está colocado acima deles como um exemplo antes que como mestre.
Deve-lhes o ensino, a luz do espírito; eis porque seu lugar apresenta como vindo do Oriente, onde o dia nasce, porque é ele que esclarece os espíritos.
A terra é como a pedra bruta, símbolo do homem antes de sua iniciação.
A pedra tomará a forma geométrica à medida da iniciação do maçom.
A poltrona do Venerável está sob um dossel. De um lado deste dossel, vê-se o sol, imagem da luz direta, que se espalha sobre o mundo, conduzindo a vida e calor.
Tal deve ser o iniciado.
Quando ele está de posse da luz, da verdade, dos poderes que q iniciação nele desenvolveu, deve fazê-los irradiar sobre o mundo, de tal maneira que todos tirem proveito e vantagem, porque ninguém recebeu o bem da iniciação senão para beneficiar aqueles que são menos favorecidos.
De outro lado do dossel vê-se a lua, princípio passivo que melhor exprime a situação dos discípulos: a lua recebe a claridade do sol e ela a refletiu na noite. Do mesmo modo, o adepto que recebeu a palavra de seus superiores, deve, na medida de suas forças, irradiá-la sobre aqueles que ainda estão nas trevas. O aprendiz, o companheiro, o próprio mestre, devem receber a doutrina que lhes é dada, com a alegre passividade com que a luz recebe os raios gloriosos do sol, porque a razão torna-se assim seu patrimônio e a herança de todos. De todos os lados, vêem-se diversos instrumentos de trabalho, aqueles que já tivemos ocasião de mencionar e o nível que é o emblema da igualdade social, sempre difícil de atingir, porém, que floresceu nos grupos iniciáticos em que se deve ignorar toda a preocupação mercantil para não trabalhar senão pela evolução.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.3 - OS FRANCO-MAÇONS - 3ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.3
OS FRANCO-MAÇONS
3ª PARTE
Antes de 1730, a Franco-Maçonaria não comportava senão dois graus. No século XVII, parece que as lojas inglesas não tinham tido outro fim senão recrudescer em qualquer condição que fosse.
Em seguida, produziram-se numerosas modificações na doutrina e os ritos foram complicados em extremo.
Introduziu-se uma enorme quantidade de experiências que não se assemelhavam em nada àquelas das iniciações passadas e que não justificam nenhum esoterismo.
Ao princípio, não havia senão três graus na Franco-Maçonaria: Aprendiz, Companheiro e Mestre, que encontramos em todas as formas de maçonaria; mas, em muitos ritos, estes graus serviram de ponto de partida de muitos outros.
É assim que o Rito Escocês antigo aceitou 33 graus iniciáticos.
Os três primeiros graus – Aprendiz, Companheiro e Mestre – correspondem, sobretudo às experiências que procedem na verdadeira tradição sagrada.
Se nos colocarmos sob o ponto de vista dos grandes iniciados, o maçom vem a ser mestre quando está prestes a receber o ensinamento, mas não o tendo ainda recebido.
Além deste grau, começa, ou melhor, deveria começar a verdadeira iniciação.
Em algumas lojas, nos séculos passados, o iniciado que havia ultrapassado estes graus, recebia ensinamentos tocando certos lados das ciências psíquicas.
Que resta de tudo isso? Muito pouca coisa.
Nos ritos, cujos graus se elevam a mais de três, estes três primeiros graus se combinam facilmente.

É mais estrito e mais difícil no que concerne aos graus superiores, porque a verdadeira iniciação deveria começar com eles.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, a iniciação é repartida em 33 graus iniciáticos. Estes graus são divididos em cinco séries.
1ª – Graus Simbólicos
2ª – Graus de Perfeição
3ª – Graus Capitulares
4ª – Graus Filosóficos
5ª – Graus Administrativos ou Superiores
Os três primeiros graus – que são comuns a todas as iniciações – Aprendiz, Companheiro e Mestre, são graus simbólicos.
Guardaram alguma coisa das tradições passadas. O aprendiz é submetido a experiências e seus estudos representarão para nós uma das palavras da Esfinge – Saber. O companheiro é submetido a experiências morais; sua iniciação corresponde à outra palavra – Querer; o mestre é submetido a experiências intelectuais: deve Ousar e todos os três têm o dever comum de Calar.
Dissemos que os três primeiros graus (aprendiz, companheiro e mestre), correspondendo às experiências antigas, não davam direito a um conhecimento profundo dos ensinamentos sagrados.
A princípio, estes ensinamentos deveriam começar pelo Mestre Secreto, mas constatamos com desgosto, na maçonaria moderna, que o Mestre não tem grande coisa a guardar e, de um grau a outro, quaisquer que sejam as preocupações dos membros da Ordem, pode-se dizer que, sob o ponto de vista iniciático, os elementos destes graus são totalmente ignorados por aqueles que o possuem.
Aflitos pela decadência da Franco-Maçonaria, alguns raros maçons, que conservavam a lembrança do antigo esplendor da Ordem, tentaram dar-lhe novamente o seu valor iniciático; seus esforços tenderam a renovar os elos da iniciação antiga.
Oswald Wirth diz: - “O ritual francês de três primeiros graus foi progressivamente transformado em um verdadeiro primor de esoterismo. Para quem sabe compreender, ensina a conquistar realmente a Luz. Nenhum dos detalhes do cerimonial que ele prevê é arbitrário; tudo alcança, sendo o conjunto logicamente coordenado e cada parte dando lugar a interpretações do mais alto interesse. Não se saberia dizer tanto do ritualismo dos graus ditos superiores, que traíssem freqüentemente, da parte de seus autores, uma ignorância deplorável em matéria de simbolismo. Por piores que eles fossem, estes graus não representavam nada menos do que uma utilidade prática...” (Livro do Aprendiz).
Segundo Ragon, de quem Oswald Wirth tirou esta idéia, os três primeiros graus encerram três enigmas que se relacionam aos da Esfinge grega.
A primeira questão apresentada ao Aprendiz é: de onde viemos?
A segunda é apresentada ao Companheiro: Que somos?
A terceira é apresentada ao Mestre: Para onde vamos?
O futuro iniciado, semelhante a Édipo, deve responder a estas três questões, à medida que elas lhe são apresentadas e ele sai a seu modo desta experiência, sendo verdadeiramente digno se decifrar convenientemente os enigmas que seguem a sua iniciação.
Porém, depois de muito tempo, como constata Oswald Wirth, os graus superiores não pesquisam mais ensinamentos que foram a sua razão de ser.
O ensinamento supremo perdeu-se.
Tudo se limita a pesquisas curiosas ou simplesmente oratórias, mas a alta iniciação, o grande pensamento dos renascimentos conduzindo à evolução suprema cessou, faz muito tempo, de fazer parte da iniciação maçônica.
Ela caiu do espiritualismo mais elevado ao mais deplorável materialismo.
Entretanto, alguns grandes espíritos esforçaram-se para reviver a tradição perdida, para entregar à Franco-Maçonaria todo o seu valor iniciático.
Eliphas Levi, Ragon, Estanislau de Guaita e Oswald Wirth conheceram esta tradição lentamente obliterada e se esforçaram por torná-la presente e sensível aos seus continuadores.
Depois de muitos anos, Oswald Wirth esforçou-se por levar uma luz pura sobre os mistérios complicados e inúteis da Franco-Maçonaria moderna; assim como ele mesmo diz, esforçava-se para “tornar a Franco-Maçonaria inteligível a seus adeptos”.
É ele que, demonstrando a beleza iniciática dos primeiros graus, elucida a maneira pela qual devem resolver os três enigmas que lhes são respectivamente apresentados.
Sendo o espaço limitado em um estudo coletivo da tradição iniciática no tempo e nas religiões, percorreremos rapidamente a senda que é traçada.
Como dissemos, os três estados correspondem, sobretudo às experiências iniciáticas que, no Egito, precediam a verdadeira iniciação.
O primeiro grau é um estado e purificação. O aprendiz é submetido às experiências antigas que separavam o profano de suas antigas relações; conhecia por sua vez os subterrâneos obscuros, as experiências da água, do ar e do fogo.
No ensino iniciático é preciso assegurar-se em primeiro lugar se as forças físicas do neófito são capazes de suportar certo esforço; se as qualidades morais são a experiência do medo e da tentação; se as suas faculdades intelectuais, depois de exercício necessário, podem suportar as idéias novas que precisará registrar.
É o estado da pedra informe, contendo todas as qualidades que lhe serão necessárias, contendo-as, porém, em potência.
É preciso desbastá-la de todo com o cinzel, que é o julgamento, o discernimento das qualidades boas ou más, a conservar ou a eliminar, e é o malho, símbolo da vontade bem dirigida, que levará o cinzel sobre os pontos em que a sua ação é necessária, de tal maneira que a pedra adquira sumariamente a forma que ele precisará aperfeiçoar para vir a ser digno do edifício a construir.

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