quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.7 - OS FRANCO-MAÇONS - O MESTRE - 7ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.7
OS FRANCO-MAÇONS
O MESTRE
7ª PARTE
O grau de mestre é aquele que sucede ao grau de companheiro. Antes de recebê-lo, é preciso que o companheiro testemunhe que veio a ser esta pedra cúbica que foi o fim de seus esforços, tanto que recebeu esta suprema iniciação.
Então perdeu os seus defeitos; tem consciência de seus deveres; tornou-se bastante perfeito para fazer parte integrante do edifício em construção.
O domínio que lhe vai ser conferido não será senão a recompensa e o sinal do domínio é que ele o adquiriu por si mesmo e sobre si mesmo antes de procurar dominar os outros.
Tal deveria ser efetivamente o Mestre, aquele que se tornou tão útil e puro quanto possível, de maneira a não prejudicar a obra sublime, o Templo, que a Humanidade deve elevar ao Grande Arquiteto do Universo.
Antes de ser admitido ao grau de mestre, o postulante deve recapitular todos os ensinamentos recebidos até este momento.
Por isso, para simbolizar este estudo retrospectivo, faz-se com que o postulante caminhe para traz.
O postulante deve partir da Estrela flamejante e tornar a encontrar os utensílios que lhe foram entregues no momento de sua segunda iniciação: o esquadro, a régua, a alavanca e o compasso, depois os utensílios das experiências do primeiro grau: o cinzel e o malho.
Deve-se esvaziar de novo o Cálice de amargura e lembrar-se das experiências do Fogo, do Ar, da Água e da Terra.
Quando percorreu este estado, começando pelo fim, volta ao gabinete de reflexão, que lhe demonstrará os seus princípios.
Encontra novamente todos os esqueletos, as lágrimas. Então, não se comove mais diante destas imagens, porque deve ter penetrado o sentido; elas falam dos Pequenos Mistérios que já ultrapassou. Não existe aí mais nada que ele deseje; espera obter os Grandes Mistérios sagrados.
Em que consistem estes Grandes Mistérios?
O momento que escolhiam os antigos iniciadores para revelar ao iniciado o mistério da morte e dos renascimentos. Mostravam-lhe que era preciso morrer para renascer, porém que, para aquele que saiu vitorioso das experiências, muito tem a fazer do que recomeçar sem trégua estas perpétuas reencarnações. O iniciado morre para o mundo para renascer na verdadeira vida.
Eis porque, no meio dos símbolos da morte terrestre, deve lançar-se fora da vida para pedir a iluminação, a segredo da vida real, da vida que floresce acima do túmulo.
O iniciado morre para o mundo para renascer na verdadeira vida.
A lenda de Hiram, e a acácia são primordiais para este ensinamento.
A noção de sobrevivência da alma, e a perpetuidade do espírito, implicam um segredo guardado além do túmulo.
A acácia, cujas folhas se dirigem para o sol e se inclinam para o sol poente, era considerada pelos egípcios e árabes antigos, como uma árvore sagrada. Era dedicada ao deus do dia, isto é: à luz. No simbolismo da Franco-Maçonaria, preencheu o papel que preenchiam nos Mistérios da antiguidade, a palmeira dos Indianos, o salgueiro dos Caldeus, o lótus dos Egípcios, o mirto dos Gregos, o visgo dos Druidas. A acácia é o símbolo da vida indestrutível, da sobrevivência da alma.
O Sábio pode morrer vítima da brutalidade e da ignorância dos homens, mas em seu espírito ri-se da morte, porque ele previamente a vencera, recebendo a sua iniciação nos Mistérios.
A maioria dos mestres atuais afasta-se à primeira lição e se limita a ação política e social que lisonjeia a sua ambição. Aspiram às funções do Estado e usam suas lojas como um meio de ação. Ignoram totalmente os fins elevados que os antigos iniciadores haviam proposto aos seus neófitos, assim, o verdadeiro sentido da iniciação está definitivamente perdido.
Todo valor iniciático desapareceu, quase por toda parte, de um ritual deformado a tal ponto que o simbolismo foi atacado e veio ser tão incompreensível que a doutrina não existe mais.
O primeiro fim iniciático, foi retomar os antigos Mistérios, sobretudo, os Mistérios de Eleusis. Muitos ritos maçônicos parecem baseados sobre os de Isis, mas o tempo e a incompreensão os deformaram e o que era outrora símbolo destinado a esclarecer o espírito, não é mais senão um jogo de cena, uma simulação que tem por fim ferir a imaginação. A iniciação era, na sua essência, uma obra de aperfeiçoamento pessoal. Os iniciados antigos tinham pensado que a iniciação coletiva não podia provir senão do aperfeiçoamento individual. É fazendo evolucionar cada indivíduo que a sociedade pode vir a ser próxima do ideal dos sociólogos.
Ragon, um Franco-Maçom, que mostrou o simbolismo das cerimônias maçônicas e sua relação com as cerimônias antigas, diz muito bem: “O segredo da Franco-maçonaria é, por sua natureza mesma, inviolável; porque o maçom que o conhece, não o pode ter adivinhado. Descobriu frequentemente nas Lojas instruídas, observando, comparando, julgando. Uma vez descoberto este segredo, o guardará seguro e não o comunicará mesmo ao irmão no qual deposite mais confiança; porque, desde que este não foi capaz de fazer esta descoberta, também é incapaz de tirar partido do segredo, se o recebesse oralmente”.
O grande segredo é fazer-se, tornar-se tal como a nossa evolução necessita, de fazer da pedra bruta a pedra talhada útil ao edifício. O segredo não pode ser comunicado por uma só palavra, por uma cerimônia vinda sem direção, pois que, o simbolismo foi alterado.
O mestre deve irradiar em torno de si e sobre os outros, todas as forças benéficas, das quais se tornou senhor; pode abrir o seu coração a tudo o que sofre e irradiar seus benefícios.
O que o espírito pode imaginar de mais maravilhoso, é o que seria a Humanidade se semelhante concepção fosse espalhada em todos os lugares, assim como deveria ser. Todos os seres humanos, senhores de si mesmos e possuidores do máximo de poderes, dirigindo-os para o bem. Seríamos como todos estes mundos que nosso olhar não saberia contar, e que irradiam através do espaço, forças desconhecidas, e todos, harmoniosamente apoiados cada um sobre a força do outro, e que brilham e vivem.
Diante deste imenso espetáculo, o coração se funde e se une a isto que os Sábios antigos chamavam justamente a música das esferas.
Tal seria a Humanidade se, pelo desenvolvimento individual, chegasse a criar unidades rítmicas, que se unirão segundo um ritmo voluntário para formar uma sociedade ou, como nas fraternidades pitagóricas, tudo estaria em todos, onde as forças de cada um pertenceriam não a um, mas àquele que sofre que é fraco. Então o mal seria vencido. E esta bela noite, seria preparadora de uma aurora mais maravilhosa ainda, anunciaria ao iniciado a chegada do Sol perfeito e ele poderia dizer que conhece a acácia.
Sites maçônicos:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com

SAIBA COMO ADQUIRIR O LIVRO: ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM – REAA VISITE O SITE: www.pedroneves.recantodasletras.com.br
CLICAR EM LIVROS À VENDA.

Nenhum comentário: