domingo, 25 de abril de 2010

MAÇONARIA - REGULARIDADE E RECONHECIMENTO - 15.1 - 1ª PARTE

MAÇONARIA
REGULARIDADE E RECONHECIMENTO
15.1
1ª PARTE


Potências ou obediências maçônicas novas surgem geralmente através de cisões, com irmãos que eram ativos na obediência anterior, os que ficam na antiga tornam-se sectários, e acham que os fundadores de uma nova loja, potência ou obediência não servem mais para fazer parte da instituição, que são irregulares ou espúrios (desconhecem totalmente o que é ser regular ou espúrio), segundo o dicionário Aurélio:
Regular (Do lat. tar. Regulare, ‘canônico’, ‘relativo ás regras’ adj.)
Adjetivo de dois gêneros
1 - Relativo a regra.
2 - Que é ou que age conforme as regras, as normas, as leis, as praxes.
3 - Diz-se de todos os religiosos que professam numa determinada regra especial, numa ordem, congregação ou sociedade.
Verbo Transitivo direto
1 – Sujeitar a regras; dirigir, regrar.
2 – Encaminhar conforme a lei.
Espúrio (Do lat. tard. Spuriu)
Adjetivo
1 – Não genuíno; suposto, hipotético, adulterado, modificado, falsificado.

Não existe uma instituição que possa se considerar proprietária da maçonaria, e de seu ensino, bem como, nenhuma instituição é proprietária do simbolismo Místico e Esotérico do esquadro e do compasso, eles são milenares e foram adotados por várias instituições relativamente novas, dentre elas, a maçonaria, portanto, não existe instituição para conferir regularidade a quem quer que seja.
Por desconhecimento, os maçons que fazem parte de determinadas potências ou obediências, como queiram, têm por hábito acreditar que somente a que eles fazem parte é perfeitamente “regular”.
Os maçons que forem iniciados segundo os antigos usos e costumes são “regulares”, em qualquer loja a que venham pertencer. Os maçons são livres para fundar e mudar de loja, potência ou obediência, desde que, continuem a praticar as regras estabelecidas na antiguidade.
Se a nova loja. Potência ou obediência é formada por maçons que eram legítimos na anterior, como os classificar como espúrios.
Geralmente os que falam sobre “regularidade”, procuram cobrir as suas origens, a maioria das vezes “irregulares”.
As lojas antigamente eram livres, soberanas e independentes, mas, o grande erro surgiu em 1717, quando três lojas de Londres se reuniram para criar uma Grande Loja, elas calcularam mal tal iniciativa, e passaram desde então a ser dependentes do novo órgão criado. O grão-mestre, que deveria executar as determinações das lojas, passou a gerir os destinos delas, que se tornaram subordinadas. O novo órgão passou a ditar normas, procedimentos e impor decisões, cresceu e tirou o direito que caberia apenas às lojas. Desde então, este órgão se tornou dirigente, decide tudo sem consultar as suas bases de formação, as lojas; que por terem dirigentes e associados sem conhecimento a tudo acatam como cordeirinhos.
As lojas venderam os seus bens mais preciosos, a Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
A Liberdade não existe, as lojas nada fazem sem uma autorização do novo órgão, é ele que autoriza ou recusa a instalação de novas lojas. A Liberdade deixou de existir em 1717, e muitos ainda não tomaram ciência disso.
A Igualdade não existe, as lojas que a possuíam, umas com as outras, já não existe, ficaram reféns do novo órgão, que tudo domina que cresce assustadoramente cada vez mais em seu poder financeiro com a contribuição das lojas, e estas com seus cofres cada vez mais exauridos. A Igualdade deixou de existir em 1717, e muitos ainda não tomaram ciência disso.
A Fraternidade não existe, as lojas já não decidem quem é irmão ou não, a quem visitar ou a quem receber. Perdeu-se o sentido de tolerância ensinado nos discursos oficiais. O termo Fraternidade é um engodo, ele está sendo compreendido de modo diferente do que é propagado, Já não se fala a mesma língua, apesar de os símbolos serem os mesmos, razão das decisões contraditórias, destrutivas da unidade dentro da instituição que visa a concórdia universal. As lojas passaram a agir como sectários religiosos. As lojas estão deixando de praticar aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz com infinita ternura aos seres humanos, indistintamente, do alto de uma Cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos!”. A Fraternidade deixou de existir em 1717, e muitos ainda não tomaram ciência disso.
A criação deste novo órgão acabou com a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, e através de seus administradores, não querem perder o poder do feudo que criaram. Tentam impedir a intervisitação com lojas ou obediências que não lhe são subordinadas, querem impedir que novas idéias possam surgir. Eles impedem na realidade, o crescimento da Ordem por pura vaidade.
Uma nova loja ou potência é sempre criada, por maçons que possuem grande conhecimento e que certamente serão bem recebidos se quiserem um dia voltar às suas origens.
Nunca vi uma carta de reconhecimento de uma potência para outra potência, elas só se reconhecem entre si. Ex: Grande Loja para Grande Loja; Grande Oriente para Grande Oriente, desconheço uma carta de soberano grão-mestre do Grande Oriente do Brasil reconhecendo uma Grande Loja ou vice-versa. Existem na realidade, tratados de amizade entre as obediências ou potências.

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