terça-feira, 18 de maio de 2010

MAÇONARIA - 17 - ESTRUTURA E REGIME DA MAÇONARIA BRASILEIRA

MAÇONARIA
17
ESTRUTURA E REGIME DA MAÇONARIA BRASILEIRA

Alguns termos maçônicos às vezes ainda causam muita confusão na maçonaria, vejamos, segundo o Dicionário Aurélio:
Potência (Do lat. Potentia.)
Substantivo feminino
1- Qualidade de potente; poderio; poder.
2- Vigor; força.
3- Autoridade; domínio
4- Nação soberana dotada de poderio.
5- Filos. Fonte original da ação.
6- Filos. Possibilidade de produzir mudanças originadas em causas e finalidades externas e internas.

Obediência (Do lat. Obedientia, oboedientia)
Substantivo feminino
1 - Ato ou efeito de obedecer.
2 - Hábito de, ou disposição para obedecer.
3 - Submissão à vontade de alguém; docilidade.
4 - Sujeição, dependência.
5 - Submissão extrema; vassalagem.
6 - Rel. Na Ordem de S. Bento, mosteiro, granja ou pequeno priorato sujeito a uma ordem superior.

Federado (Part. de federar)
Adjetivo
1 – Que pertence a uma federação.
Substantivo masculino
2 – Aquele que pertence a uma federação.

Federação (Do lat. tard. Foederatione)
Substantivo feminino
1 – União política entre estados ou províncias que gozam de relativa autonomia e que se associam sob um governo central.

Confederado (Part. de confederar)
Adjetivo
1 – v. coligado
Substantivo Masculino
2 – v. coligado
Confederação (Do lat. tar. Confoederatione)
Substantivo feminino
1 - Reunião de diferentes estados que, embora conservando a respectiva autonomia, formam um só, reconhecendo um governo comum.

Delegado [Do lat. delegatu, part. pass. De delegare (v. delegar)]
Substantivo masculino
1 – Aquele que é autorizado por outrem a representá-lo; comissário.
2 – Representante.

POTÊNCIAS E OBEDIÊNCIAS ATUAIS

As Grandes Lojas Maçônicas são uma potência confederada; CMSB – (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil), os grão-mestres têm autonomia plena, não são subordinados a um poder central, e suas lojas são consideradas como filiadas.
Os Grandes Orientes filiados a COMAB (Confederação Maçônica do Brasil), também são uma potência confederada, os grão-mestres têm plena autonomia, não são subordinados a um poder central e suas Lojas são consideradas como filiadas.
A UNILOJAS-MG é uma potência livre, independente e soberana, e suas lojas também são consideradas como filiadas.
Os Grandes Orientes do Brasil formam uma obediência federada; os grão-mestres não têm autonomia, ela é apenas relativa, são subordinados a um poder central; com o devido respeito, na realidade são representantes, ou seja, delegados do soberano grão-mestre geral, dependem dele para praticamente tudo, as lojas são consideradas como subordinadas, inclusive o patrimônio que elas adquirem com o sacrifício dos irmãos ficam vinculados obrigatoriamente ao Grande Oriente do Brasil e em caso de desligamento da obediência perdem o patrimônio que construíram (regime feudal).
O Grande Oriente é uma federação que adota diversos ritos maçônicos.
A Grande Loja é uma confederação que adota um único rito (é incomum adotar mais de um rito maçônico), Apenas para exemplificar: As Grandes Lojas dos Estados Unidos da América do Norte e Inglaterra só adotam um rito, é o correto.
As lojas maçônicas simbólicas são administradas pelo venerável mestre, 1° e 2° vigilantes, quando formam uma Grande Loja, estes oficiais passam a respectivamente a usar o nome grande a frente de seus cargos, ou seja, grão-mestres, grandes 1° e 2° vigilantes, etc. As lojas simbólicas não possuem o cargo de venerável mestre adjunto, não cabendo, portanto, a uma Grande Loja ter o cargo de grão-mestre adjunto.
Obs: A CMSB e COMAB são órgãos criados por duas potências (Grandes Lojas e Grandes Orientes), mas não têm poder decisório, podem apenas apresentar sugestões, e os respectivos grão-mestres estaduais podem aceitar ou não, eles são independentes.
As Grandes Lojas Regulares, obediência que trabalha sob a égide da Grande Loja Regular da Inglaterra e sob os auspícios do Alto Conselho Maçônico do Brasil (ACMB).
As Grandes Lojas Unidas fazem parte da COMUB (Confederação da Maçonaria Unida do Brasil).
A Grande Loja Arquitetos do Aquário (GLADA), obediência mista.
A Grande Loja Maçônica Mista do Brasil.
A Grande Loja Feminina do Brasil.
A Ordem Maçônica Mista Internacional “Le Droit Humain”.
Existem em outros estados do Brasil, diversas organizações maçônicas com denominações variadas.
Com grande criatividade começaram a surgir algumas que funcionam apenas através da Internet, as lojas são virtuais, como não poderia deixar de ser, cobram pelos serviços e certamente conseguirão um grande número de adeptos incautos.
A maçonaria terá que se revitalizar para enfrentar a maçonaria virtual, as lojas deverão adotar outros métodos para convidar novos candidatos, sem que seja preciso abrir mão da seriedade necessária. As lojas poderão usar também a internet, para solicitar o comparecimento de pretendentes em seus endereços de funcionamento, para conhecê-los e esclarecer sobre a sublime instituição, combatendo assim, as lojas que funcionam apenas virtualmente, e que só procuram auferir rendas para os seus proprietários. Se assim não o fizermos, jamais poderemos reclamar das pessoas inocentes que vierem a pertencer a uma loja virtual, pois, estaremos abrindo mão de esclarecê-las.


PEDRO NEVES .’. M.’. I.’. 33.’.

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MAÇONARIA - 16 - BREVE RELATO DA MAÇONARIA UNIVERSAL POTÊNCIAS E OBEDIÊNCIAS BRASILEIRAS E MINEIRAS

MAÇONARIA
16
BREVE RELATO DA MAÇONARIA UNIVERSAL
POTÊNCIAS E OBEDIÊNCIAS BRASILEIRAS E MINEIRAS


A maçonaria, assim como, outras grandes instituições, em um ou outro momento da história passa por mudanças e crises.
Vivemos atualmente momentos de marasmo e desinteresse, devido a grande parte de adeptos ignorarem as origens, fins e liturgia da Sublime Ordem.
Existem aqueles que ingressam na Ordem, por mera curiosidade e rapidamente perdem o interesse, só comparecem nas reuniões após vários convites da administração. Não compreendem o simbolismo do esquadro, do compasso e do templo. Os neófitos ficam sem ter quem os explique sobre a simplicidade existente na iniciação e nem aquilo que os rituais não esclarecem, pois, poucos sabem interpretar o que não é dito e está nas entrelinhas.
Os fundamentos e a essência da Ordem passaram a ser ignorados.
O amor é o grande fundamento da maçonaria, não se pode amar aquilo que não se conhece.
“Uma grande maioria ainda acredita que “franco”, na palavra Franc-maçom, quer dizer Francês. O termo Franc-maçom, foi empregado pela primeira vez em 1375, pela companhia dos maçons da cidade de Londres, muito embora, Findal tenha encontrado o termo “livre”, referindo-se a “maçom” em 1212.
Maçom, franc-maçom ou framaçom (FR), free-mason (Ing), Franmasson (Ita), franc-mason (Esp), freimaurer (Ale), etc, são termos equivalentes a palavra livre, porque livre é uma das significações da palavra francesa Fra, nas suas formas paralelas portuguesa, francesa, espanhola e italiana, assim como, a palavra inglesa Free, e alemã Frei. Neste sentido temos a cognata Franquia (Clemente Câmara).
As nossas origens maçônicas são difíceis de precisar, e não podemos determinar o seu lugar de origem. A maçonaria não nasceu em um dia ou em uma época. Ela representa a lenta evolução do espírito humano a caminho da perfeição. Os fundamentos maçônicos foram codificados com esse nome há poucos séculos, mas, a origem dos conhecimentos foram-nos transmitidos da China de Fo-hi, da Índia Védica, Bramânica e Búdica, do antigo Egito dos Mistérios de Isis, Osíris e Hórus, da Caldéia, da Grécia de Dionísio, Orfeu, Pitágoras, Platão, Sócrates, Sólon, Homero, dos Mistérios de Eleusis, de Moisés, Jesus, dos Gnósticos, etc.
Não vamos nos prender na existência inicial das lojas, mas, quando elas passaram a fazer parte da confusa e desunida formação de potências e obediências no Brasil e em Minas Gerais, como veremos a seguir. Tristemente, todas as cisões e brigas sempre foram amplamente divulgadas pelos órgãos de comunicação, por um lado, é bom que assim seja, pois, não haverá maneira de desmentir a história. As datas apresentam algumas divergências de autor para autor, devido a alguns adotarem as datas de fundação, das cartas constitutivas, das aprovações dos estatutos, das reuniões de fundação, Etc.
- Em 1801, no Rio de Janeiro, a Loja Reunião passou a ser filiada ao Grande Oriente da França.
- Em 1804, o Grande Oriente Lusitano funda as lojas, Constância, Philantropia e Emancipação, extintas em 1806, a partir desta data, começam as rivalidades, as brigas pelo poder.
- Em 1813, na Bahia, surgiu o Grande Oriente do Grão-mestre Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, extinto em 1817.
- Em 17/06/1822, fundado o Grande Oriente Brasileiro por José Bonifácio de Andrada e Silva.
- Em 04/10/1822, através de um golpe, o imperador D. Pedro I, que havia sido feito maçom naqueles dias, assume como Grão-mestre. José Bonifácio acusa o golpe e se afasta do Grande Oriente Brasileiro.
- Em 25/10/1822, após o breve período de 21 dias, em atitude mais de primo do que de irmão, D. Pedro I, fecha a maçonaria brasileira.
- Em 7/4/1831, após nove anos, sem atividade e com a abdicação de Pedro I, a maçonaria é reaberta, tendo como Grão-mestre, José Bonifácio de Andrada e Silva.
- Em 02/11/1832, fundação do Supremo Conselho do Rito Escocês com o título original de “Supremo Conselho dos M. P. Sob. GGr.’. Insp.’. GGer.’. do Gr.’. 33 para o Império do Brasil.
- Em 1832, Francisco Gomes Brandão (Francisco Gê Acayaba de Montezuma), com uma carta patente da Bélgica, funda o Supremo Conselho.
- Em 1835 – o Supremo Conselho dividiu-se em dois.
- Em 1840, Surge o Grande Oriente Nacional Brasileiro, conhecido como Grande Oriente da Rua do Passeio. Havia no momento quatro autoridades no Brasil: Grande Oriente – Grão-mestre José Bonifácio, Grande Oriente do Passeio – Grão-mestre Conde Lages, Supremo Conselho de Montezuma, Supremo Conselho do Conde Lages. Como até hoje, ainda não existe entendimento entre os corpos maçônicos, sempre existiu briga pelo poder.
- Em 1842, o Grande Oriente do Passeio e Supremo Conselho do Conde Lages, se fundem em Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito do Império do Brasil.
- Em 1863, nova cisão, mais uma das tantas já havidas, o Grande Oriente do Brasil se divide em dois: O da Rua do Lavradio e o da Rua dos Beneditinos.
- Em 20/05/1872, o Grande Oriente do Brasil do Lavradio – grão-mestre Visconde do Rio Branco, o Grande Oriente dos Beneditinos – grão-mestre Saldanha Marinho, e os Supremos Conselhos, formam o Grande Oriente Unido do Brasil, que após as eleições, consagra a vitória de Saldanha Marinho dos Beneditinos. O grão-mestre Visconde do Rio Branco, não aceita a derrota e desfaz a união. A briga pelo poder continua.
- Em 1883, é feita uma nova fusão e criam o Grande Oriente Brasileiro (obediência mista), que durou pouco tempo, admitiam o rito de Adoção, conforme consta na constituição, Capítulo VI - art. 258 e 259.
- Em 03/08/1927, o Grão-mestre era também o Soberano Grande Comendador do grau 33, quando Mário Behring resolve romper com essa anomalia, o que não é aceito e ele funda como potência as Grandes Lojas Simbólicas nos Estados, com independência e soberania para os graus simbólicos. O Supremo Conselho declara o Grande Oriente do Brasil da Rua do Lavradio como Obediência irregular, impedindo a intervisitação entre a potência e a obediência, esta excomunhão durou 60 anos. O que impediu a aceitação do Grande Oriente do Brasil nos EUA. Com um decreto de n° 75 – 83/88, o Soberano Grande Comendador Alberto Mansur, revogou o antigo decreto e deu regularidade às lojas simbólicas do Grande Oriente do Brasil.
- Até a década de 1940, o Grande Oriente do Brasil, também não aceitava as Grandes Lojas Estaduais.
- Em 12 de Setembro de 1944, é fundado o Grande Oriente de Minas Gerais, potência estadual, independente e soberana.
- Em 20/05/1948, O Grande Oriente de Minas Gerais, se filia ao Grande Oriente Unido, com plena autonomia administrativa e independência litúrgica até o grau 30.
- Em 27/05/53, é fundado o Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais, que mais tarde passou a ter a denominação de Grande Oriente Tiradentes Independente, que desapareceu em 1960, tendo se fundido com o Grande Oriente de Minas Gerais, potência soberana que fez um tratado de amizade com o Grande Oriente do Brasil.
- Em 1973, com eleição para Soberano Grão-mestre Geral, do Grande Oriente do Brasil, na qual, concorreu o Grão-mestre Athos Vieira de Andrade do Grande Oriente de Minas Gerais contra o candidato da situação, Osmane Vieira Rezende. 740 lojas no Brasil participaram da votação, e após apuração os votos foram assim distribuídos:
ATHOS VIEIRA DE ANDRADE 7.932 votos
OSMANE VIEIRA DE REZENDE 3.812 votos
Para surpresa e espanto geral, o poder central não aceitou a derrota nas urnas, e numa atitude anti-maçônica e incompreensível, anulou os votos de 600 lojas – 71% e validou os votos de apenas 140 lojas – 21%, declarou o perdedor OSMANE VIEIRA DE REZENDE, como vencedor. O Grande Oriente do Brasil possuía 14 Grandes Orientes Estaduais, ATHOS VIEIRA DE ANDRADA ganhou em 10, passaram por cima do desejo da maioria para satisfazer a sede de poder e vaidade de poucos.
Estes tristes fatos fazem parte da história e foram amplamente divulgados nos meios de comunicação, não foi a primeira vez e certamente não será a última.
Nova cisão surgiu. 10 Grandes Orientes Estaduais: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Norte, resolveram se desligar da obediência que eles consideravam ter traído os mais sublimes princípios maçônicos. Estas potências fundam O Colégio de Grão-mestres e depois, a Confederação Maçônica do Brasil (COMAB), e passam por um período difícil, não são aceitos pelo Grande Oriente do Brasil e nem pela Grande Loja.
- 30/07/1987, O Grande Oriente federado ao Grande Oriente do Brasil, apesar de não ter personalidade jurídica, ou seja, não possuíam os registros exigidos pelas leis do país, move ação contra o Grande Oriente de Minas Gerais, pretendendo passar a utilizar o nome deste e ficar de posse dos bens do Grande Oriente de Minas Gerais, perde a ação em todas as estâncias judiciais, que determinam a devolução do patrimônio que estava sendo utilizado pelo Grande Oriente do Brasil, o prédio da Rua Rio de Janeiro 985, o imóvel da Avenida Barbacena 40 e não podendo utilizar o nome de Grande Oriente de Minas Gerais, Para um conhecimento mais profundo, e sem especulações, basta consultar o processo judicial e suas decisões proferidas nos autos. Estranhamente, em 2001, quem era grão-mestre do Grande Oriente de Minas Gerais, através de um acordo mal explicado e sem uma forte justificativa plausível, renuncia a todo o patrimônio imobiliário em favor do Grande Oriente do Brasil, causando um prejuízo incalculável ao patrimônio do Grande Oriente de Minas Gerais, que havia recuperado tudo na justiça em ação que o Grande Oriente do Brasil moveu e perdeu. O Grande Oriente de Minas Gerais deveria ter tomado a posse do que lhe era devido, e em Assembléia Geral, destinada a tratar do assunto, se fosse aprovada se faria uma doação a quem quisessem, e não um acordo desnecessário. As lojas do Grande Oriente de Minas Gerais que se calaram e aceitaram a decisão do Grão-mestre, em um acordo funesto ao seu patrimônio, provavelmente se arrependerão no futuro, quando o Grande Oriente do Brasil falar que o acordo foi efetuado porque eles tinham razão, a justiça, assim não considerou.
- Em 2002, nas eleições do Grande Oriente do Estado de Minas Gerais, concorrem os Candidatos:
HIROITO TORRES LAGE e MILTON FERREIRA LOPES.
Repetem-se os tristes fatos ocorridos nas eleições do Grande Oriente do Brasil de 1973, HIROITO TORRES LAGE, vence as eleições, mas os detentores do poder anulam votos de algumas lojas e declaram o perdedor MILTON FERREIRA LOPES, como vencedor. Nova decepção.... ou velhas, e outra cisão ocorre.
- Em 20/08/2004, surge uma nova potência: A UNILOJAS – União Mineira de Lojas Maçônicas Independentes. Onde o Grão-mestre é um representante das lojas independentes, não tendo ingerência financeira e patrimonial nas suas filiadas. O poder decisório pertence sempre ao Conselho Consultivo e de Veneráveis das lojas, Portanto, não existe briga para ser grão-mestre onde não existe poder.
Os fatos mencionados, sempre se repetem em todos os estados do Brasil. Apesar disso, ainda não conseguimos retirar lições do passado. A história nos mostra que deveríamos fazer modificações nas estruturas e sistemas eleitorais, por exemplo:
Para um Grão-Mestrado sem poder decisório, certamente não haveria tanta disputa, que seria reduzida em um ou outro caso, apenas disputas por vaidades.
As potências e obediências informariam com 30 dias de antecedência quais eram os eleitores aptos a votarem, e os que não estivessem aptos, teriam 15 dias para se habilitarem, desta maneira, não poderia se anular votos de uma loja inteira às vezes por causa de apenas um elemento, e não se poderia efetuar o lançamento de débitos para lojas ou eleitores com 30 dias antes das eleições, motivo de várias cisões, pois, os integrantes da situação ao antever a derrota de seus candidatos, lançam débitos para lojas e irmãos, anulando os votos, conseguindo assim se elegerem, isto jamais deveria acontecer na maçonaria, mas acontece. As lojas não votam e, portanto, não poderiam ter os votos de seus integrantes anulados, quem não constasse de uma lista prévia autorizados a votar, simplesmente não votaria. Qualquer loja tem condições de votar e apurar os votos em apenas 30 minutos.
As eleições deveriam ser realizadas em um único dia e horário, em sua maioria as lojas têm um número reduzido de membros, não justificando que se faça eleição por uma semana inteira e às vezes duas, o que propícia o uso da máquina da situação para pressionar a favor de seus candidatos.
Veja algumas potências e obediências que existiram:
- Grande Loja do Brasil, fundada em 18/05/1945, por Álvaro Palmeira, ex-grão-mestre adjunto do Grande Oriente do Brasil. Foi extinta em 13/03/1948.
- Grande Loja do Brasil, fundada em, Curitiba – PR, em 15/11/63, grão-mestre Alcione Sperandio. Foi extinta em 1964.
- Grande Oriente Brasileiro, fundado em Salvador – BA, em 1813, grão-mestre Antônio Carlos Ribeiro Arruda. Foi extinta em 04/06/de 1817.
- Grande Oriente Nacional Brasileiro (do Passeio), fundado no Rio de Janeiro, em 24/06/1831. Foi extinto entre 1858/1860.
- Grande Oriente Nacional Brasileiro, restaurado em 1870 por Pedro Ernesto Albuquerque de Oliveira, foi extinto em 20/12/1874.
- Grande Oriente Nacional Brasileiro, (do Passeio), restaurado em 01/11/1881, grão-mestre Gaspar da Silva Martins, extinto em 1887.
- Grande Oriente Brasileiro e Supremo Conselho do Império do Brasil, fundado no Rio de Janeiro em 20/03/1847 por Luiz Alves de Lima e Silva (Conde de Caxias), recebeu o “Supremo Conselho Montezuma” das mãos do Conde de Lages. Era uma “potência mista”, Caxias não se preocupou com o simbolismo. Incorporou o Supremo Conselho ao Grande Oriente do Brasil em 1854, quando foi extinto.
- Grande Oriente, de Brito Sanches, foi fundado em 1847 e extinto em 1849.
- Grande Oriente do Brasil, Rua dos Beneditinos 22, fundado em 16/12/1873.
- Grande Oriente Unido do Brasil, em 18/11/1883, se incorporou ao Grande Oriente do Brasil da Rua do Lavradio.
- Grande Oriente Unido, fundado no Rio de Janeiro, em 13/03/1948, foi extinto em 22/12/1956, era uma continuação da Grande Loja do Brasil de Álvaro Palmeira. Incorporou-se ao Grande Oriente do Brasil.
- Grande Oriente ou Supremo Conselho (do Sacramento), fundado em 1837, por Cândido Ladislau Japi-Assu, foi extinto em 1839.
- Soberana Ordem Templária “Jaques de Molay”, fundado no Rio de Janeiro em 03/4/1948, Soberano e grão-mestre João de Araujo Pedrosa, foi extinto em 1972.
PEDRO NEVES .’. M.’.I.’. 33.’.
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