quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

SOLIDARIEDADE MAÇÔNICA

SOLIDARIEDADE MAÇÔNICA.
O primeiro ponto que devemos deixar bem claro é a diferença entre Solidariedade Maçônica e Caridade Maçônica. Caridade é a ação ou sentimento de ajudar o próximo sem esperar recompensa e é uma das três virtudes teologais (Fé-Esperança-Caridade). Sua ação se dá quando “X” sabe que “Y” está em necessidade e então procura minimizar tal deficiência DENTRO DE SUAS CONDIÇÕES, equalizando suas possibilidades com as necessidades. Sendo, pois, uma atitude de mão única, de “X” para “Y”. Já Solidariedade é a comunhão de ações e pensamentos dos componentes do grupo (X-Y-Z-W) visando a solução de uma crise de algum dos elementos e que resultará no fortalecimento do grupo, PORÉM é uma via de mão dupla; se “X” sabe que “Y” tem alguma necessidade, antes de suprí-la deve ter certeza se “Y” a merece. Se tal afirmação lhe pareceu pouco cristã, recordo que a Maçonaria não é uma Instituição Religiosa é que a Solidariedade é um laço sagrado que nos une mas, ela não é incondicional. Pessoas do mundo profano e mesmo Irmãos ingênuos ou mal intencionados acreditam que há em nossa Instituição a obrigação tenaz de fornecer a algum membro o objeto de sua necessidade. Nosso amparo, seja ele moral ou até mesmo material se dá para daqueles que se desviaram dos preceitos da honra e da retidão e nunca somos solidários com aquele que quer aproveitar-se da situação. Alguém pode estar pensando que tal atitude quebraria nosso juramento de Irmandade, mas observem que “X” se preocupa com “Y”, procura saber o que se passa, os antecedentes que levaram a atual condição e principalmente qual é a conduta de “Y”. Se o Irmão “Y” foi um mau pai, um mau filho, um mau marido, um mau patrão, um mau político ou seja um mau elemento, ele sim quebrou nossos juramentos, desrespeitou nosso Código Moral, desfez nossos laços, não teve uma conduta maçônica, portanto não faz jus à Solidariedade Maçônica. E todos nós devemos ter muito cuidado, pois não é simplesmente por ser Irmão que devemos dar preferência. Não pensem que estou com raiva, mas vejo situações inadequadas ao digno Maçom, por exemplo: acima da condição pessoal de ser iniciado, está a nossa Consciência e é um desrespeito a ela quando algum Maçom diante de dois currículos, um melhor (profano “Z”) e um comum (maçom “Y”) indica para a vaga de trabalho aquele que tem uma assinatura com três pontinhos. O Maçom é justo, honesto, bom funcionário, bom cidadão, o que deve fazer é dar a vaga a quem de direito por mérito ou competência a mereceu e ao Irmão preterido explicar onde estão as deficiências e como as solucionar. Quer ver um outro exemplo? Todo Maçom é um patriota, e para sua Pátria e seus concidadãos deseja o melhor, então por que votar em determinado candidato simplesmente por ele ser Maçom? Acima do desejo pessoal do Irmão e a nossa vontade de ajudá-lo, devemos ter consciência do dever do eleitor e da responsabilidade do ato. Lógico, sendo o candidato um Maçom “limpo e puro” devemos sim votar nele! A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, e sem nenhuma ressalva mental reconhecer que apesar do processo de admissão de novos Irmãos, ser bem elaborado, termos sindicâncias rígidas e apresentação de documentos que comprovam a boa fé, NÓS NOS ENGANAMOS e eles denigrem e tiram proveito de Lojas e Irmãos mais puros de coração. Para eles “Dura Lex Sed Lex” e para todos os demais a compreensão que entramos para a Maçonaria para ofertar e não para pedir.

Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025
Segundas-feiras, Templo 801
Palácio Maçônico – Grande Loja
Belo Horizonte – Minas Gerais
0 xx 8853-2969 quirino@roosevelt.org.br
Ano 04 – artigo 13 – número seqüencial 242

Sites maçônicos:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com
SAIBA COMO ADQUIRIR O LIVRO: ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM – REAA VISITE O SITE: www.pedroneves.recantodasletras.com.br
CLICAR EM LIVROS À VENDA.

ENDOENÇAS

ENDOENÇAS
Um Cavaleiro Rosa Cruz é um Maçom que passou pela iniciação do Grau 18 de alguns Ritos Maçônicos. Este grau é ministrado juntamente com os graus 15,16 e 17 nos Capítulos Rosa Cruzes e a mensagem do Grau de Cavaleiro Rosa Cruz é que devemos trabalhar pelo triunfo da Luz sobre as Trevas e que somente pela entrega ao Irmão é que alcançaremos a libertação. Um Cavaleiro Rosa Cruz é o mais humilde dos Obreiros, lembrando que não devemos confundir humildade com servidão. Humildade maçônica é a qualidade daqueles que trabalham pela Ordem sem tentarem se projetar sobre os outros e nem mostrar-se superior a alguém. Inegavelmente na criação dos Graus Capitulares foram usados muitos preceitos cristãos, porém nada dogmático ou litúrgico (celebração religiosa pré-definida). A ritualística está embasada em valores morais, éticos e fraternos comuns à todas as religiões e sociedades “do Bem”. Entre os muitos afazeres desse Cavaleiro há o cumprimento de um belíssimo juramento e a manutenção de uma antiga tradição. O juramento não posso revelar, mas vou transcrever o juramento feito por Dom Nuno Álvares Pereira em 1373, quando de sua Investidura como Cavaleiro diante da Rainha de Portugal. Espero que todos possam compreender o quanto é importante trabalharmos em prol da Luz.
“Toma esta espada, Cavaleiro.
Exerce com ela o vigor da justiça
e derruba o poder da injustiça.
Defende com ela a Igreja de Deus e os seus fiéis;
dispersa os inimigos do nome cristão;
protege as viúvas e os órfãos.
O que estiver abatido, levanta-o.
O que tiveres levantado, conserva-o.
O que estiver conforme a ordem, fortalece-o.
É assim que, ufano e glorioso somente com o triunfo da virtude,
chegarás ao reino celeste,
onde reinarás eternamente com o Salvador do mundo"
Após o que o Oficiante Cavaleiro dizia :
"Senhor, é para que a justiça tenha um apoio neste mundo
e o furor dos maus um freio
que permitiste aos homens,
por uma disposição particular,
o uso da espada"
Lógico que hoje em dia não devemos “pegar em espadas”, temos muitos outros instrumentos para defender a liberdade religiosa, as viúvas, os órfãos e fazer triunfar a Virtude. A tradição que mencionei é a obrigatoriedade dos Cavaleiros Rosa Cruzes se encontrarem na noite que antecede à Sexta-feira da Paixão; reza esta tradição que os antigos Irmãos após sua investidura como Cav.’. R+C saíam pelo mundo cumprindo seu juramento e que na primeira Lua Cheia após o Equinócio da Primavera (hemisfério norte), eles se encontrariam no local da Investidura. A idéia era rever os Irmãos, compartilhar experiências, trazer notícias de Irmãos adoentados ou que tenham falecidos. Há toda uma ritualística muito bonita e extremamente filosófica que resulta em seus participante um enlevo moral e espiritual. A primeira e a segunda parte dos trabalhos acontecem em Templo e a parte final se dá em um ambiente de refeição. Generalizamos dizendo que nesta noite os Cavaleiros Rosa-Cruzes se reúnem em Sessão de Endoenças. A palavra “endoenças” vem do latim indulgentia que fora a aplicação do conceito religioso cristão (Graça concedida pela Igreja, de que resulta a remissão total ou parcial das penas dos pecados), para nós deve ser compreendida como “facilidade em perdoar as faltas dos outros”. Ao final dos trabalhos temos um ágape cujo nome varia muito de Rito, Potência e Oriente e os mais comuns são: Ceia de Cavaleiros; Reunião de Endoenças; Ceia dos Cavaleiros Rosa Cruzes, Sessão de Mesa, Ágape Fraternal e Refeição Mística.
A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, aproveitar este ano e ingressar nos estudos dos Graus Posteriores e quem já os conquistou que retorne a um dos Corpos e ajude nos trabalhos.


Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025
Segundas-feiras, Templo 801
Palácio Maçônico – Grande Loja
Belo Horizonte – Minas Gerais
0 xx 8853-2969 quirino@roosevelt.org.br
Ano 04 – artigo 14 – número seqüencial 243

Sites maçônicos:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com
SAIBA COMO ADQUIRIR O LIVRO: ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM – REAA VISITE O SITE: www.pedroneves.recantodasletras.com.br
CLICAR EM LIVROS À VENDA.

"ANO MAÇÔNICO"

“ANO MAÇÔNICO”
Alguns aspectos da cultura maçônica só são compreendidos se estudarmos aspectos da cultura profana. Afinal o que levou a criação de um “Ano Maçônico”? E ainda adjetivado como ano da “Verdadeira Luz” (V.’.L.’.)! Teria sido por vaidade? Proselitismo? Nada disso! O termo e a utilização surgiram a partir de 1723 com a intenção de universalizar os documentos maçônicos, ou seja, indiferente em qual Oriente esteja uma Loja Maçônica a data de suas atividades seria entendida por Maçons de outros Orientes. Possivelmente algum Irmão pensou que se uma Loja usar a data de 15 de agosto de 2010 em seu Balaustre, todas as outras Lojas compreenderão que ela se reuniu neste domingo. O que este Irmão desconhece é que usamos no mundo civil o Calendário Gregoriano, promulgado pelo Papa Gregório XIII em 24 de fevereiro de 1582 e que não é universal. Só para terem uma idéia foram preciso mais de 300 anos para que a maioria dos países o adotasse; a Turquia só o fez em 1927 e ainda hoje em pleno Século XXI temos países que adotam outros calendários. Então vejamos como era o contexto histórico dos nossos Irmãos europeus, alguns países de predominância católica de pronto adotaram o Calendário Gregoriano, já nos países mais ao norte predominava o Anglicanismo e Luteranismo que não reconheciam a autoridade Papal, portanto utilizavam outras formas de registrar a passagem dos dias. Como podem imaginar, estas diferenças geraram desencontros econômicos, sociais, políticos e até mesmo maçônicos. Para resolver isto, pelo menos no âmbito maçônico foi criado o Ano Maçônico. Que também não foi a solução para todos os problemas e até gerou muitos outros entraves que em um outro artigo tratarei. A primeira coisa que devemos fazer é desmistificar a universalidade do Ano Maçônico. Isto não existe! Para começar temos os Irmãos que somam ao ano do Calendário Gregoriano o numeral 4.000 e encontra o ano V.’.L.’. (os Irmãos do Rito Misraim somam 4.004), outros somam 3.760. Estes valores são baseados em dois aspectos: o primeiro (4.000) é o resultado da pesquisa bíblica da formação do mundo (do nascimento de Jesus até Gênese) e o segundo é a utilização direta do Calendário Hebraico. Como se não bastasse a divergência do ano, ainda temos diferenças quanto ao início do ano. Pelo Rito de York o primeiro dia do Ano Maçônico é 1º de Janeiro, no R.’.E.’.A.’.A.’. o ano inicia-se em 21 de Março (sabiam?), já no Rito Francês ou Moderno o primeiro dia do ano é 1º de Março com a diferença que não usam V.’.L.’. e sim A.’.M.’. (Ano do Mundo) isto nos Graus Simbólicos, pois nos Superiores encontramos outras datas, por que os referenciais mudam também conforme o Rito. A intenção dos meus pequenos artigos é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, fazer uma Prancha de Arquitetura e quando ela estiver pronta, levar para sua Loja enriquecendo nosso Quarto de Hora de Estudos. Lembrando que todos nós, independente do Grau ou do Cargo, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas, então vou apresentar mais duas informações para provocar-lhe inquietações e desejo de estudo: 1) Os meses maçônicos são: Nissam (março); Ijar (abril); Sivan (Maio); Thamuz (junho); Ab (julho); Eliul (agosto); Tishri (setembro); Heshvan (outubro); Kislev (novembro); Theved (dezembro); Scheval (janeiro); Adar (fevereiro). 2) Se eu realmente insistir em dizer que o ano maçônico inicia-se em 21 de março (segundo o Calendário Gregoriano) você acreditaria? Depois de responder, faça-me um favor: tente lembrar qual é a primeira Coluna Zodiacal que sustenta a abóbada celeste de uma Loja. (Entrando em um Templo é a primeira do lado esquerdo, a que está mais junto a porta.) Lembrando do nome, pesquise a partir de que data começa a influência desse signo sobre seus nativos.


Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025
Segundas-feiras, Templo 801
Palácio Maçônico - Grande Loja
Belo Horizonte - Minas Gerais
0 xx 8853-2969
quirino@roosevelt.org.br
Ano 04 - artigo 33 - número seqüencial 262

Sites maçônicos:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com
SAIBA COMO ADQUIRIR O LIVRO: ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM – REAA VISITE O SITE: www.pedroneves.recantodasletras.com.br
CLICAR EM LIVROS À VENDA.

JOSE GARIBALDI

JOSÉ GARIBALDI
Na verdade José Garibaldi não é só um Herói Uruguaio, este homem nascido em Nice em 04 de julho de 1807, construiu sua história em prol da Liberdade dos povos, não importando sua crença, língua ou fronteiras, literalmente viveu combatendo a tirania. Seu pai era proprietário de navio e ele passou muitos e muitos anos viajando e conhecendo o mundo. Em 1833 em uma viagem a Rússia tomou conhecimento dos ideais socialistas e da possibilidade de unificação da Itália; seus desejos encontraram ecos nos propósitos da sociedade secreta chamada "Jovem Itália". Já fazendo parte dessa sociedade empreitou seus maiores esforços em prol da libertação de parte do povo italiano do julgo austríaco. Entre 1833 e 1834 juntou-se à "Carbonária" e em fevereiro de 1834 participou da "Insurreição de Gênova", mas não conseguiu seu intento, sendo condenado à morte, fugiu para o Brasil em 1835, após ter passado por Marselha e Tunísia. No ano de 1836, aproximou-se dos republicanos que haviam proclamado a República Rio-grandense, tornando-se um grande personagem da história brasileira (ver Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha), para terem uma idéia da força desse herói, ele construiu dois barcos em terra firme e para fazê-los chegar ao mar, ele os colocou sobre grandes carretas puxadas por duas centenas de bois. Pilotando o barco Seival, José Garibaldi conseguiu tomar das forças imperiais brasileira a região de Laguna. Já casado com Anita Garibaldi muda-se para o Uruguai. Durante a "Guerra Grande" foi nomeado Chefe da Frota Uruguaia, lutando contra o Juan Manuel Rosa (Governador de Buenos Aires). Em 1843, organizou a "Legião Italiana" que defendeu Montevideo do ataque das tropas de Manuel Oribe. Em 1848 volta para a Itália, onde na região da Lombardia lutou contra os Autríacos. Em 1848, o Papa Pio IX, temendo as forças liberais abandonou Roma, para onde havia ido Garibaldi acompanhado de um grupo de voluntários. Em 1849 foi eleito deputado republicano na Assembléia Constituinte da recém-proclamada República Romana. Neste mesmo ano, enfrentou o exército francês que tentava restabelecer a autoridade do Papa sobre Roma. Em 1870 empreendeu sua última campanha. Embora os franceses fossem seus inimigos no passado, lutou ao lado deles na "Guerra Franco-prussiana"; esteve a frente de um grupo de voluntários, intitulado como "Exército dos Vosges" para a manutenção do território da recém proclamada República Francesa. Há muito mais o que relatar sobre este "Herói dos dois Mundos" e entre os muitos fatos de sua vida, para nós Maçons um dos mais importantes e assim transcrito nos anais da história maçônia uruguaia: "José Garibaldi (1807 – 1882) fue iniciado Masón, en Montevideo, en agosto de 1844, en la Logia “Les Amis de la Patrie” dependiente de la Gran Logia de Francia, según Trazados que guarda la Gran Logia de la Masonería del Uruguay, en su Archivo Histórico. Cuando el Gran Oriente de Uruguay, obtiene su reconocimiento como potencia masónica regular el 17 de Julio de 1856 el “héroe de dos continentes” continúa relacionado con los Masones del Río de la Plata, que le reconocen su trayectoria en la Orden y le designan Miembro de Honor de su Logia Madre, tal como surge de los Cuadros Lógicos que se exhiben en el Palacio Masónico de Montevideo. Cabe recordar que, después de haber sido reconocida como Potencia Masónica Regular, la Masonería del Uruguay autorizó por varios años, la presencia en su territorio de dos Logias de origen extranjero: “Les Amis de la Patrie” (dependiente de Francia) y “Acacia” (dependiente de Inglaterra). El 2 de Junio de 1882, muere en la isla de Caprera, donde a su vejez se había retirado.
Escribir sus memorias fue una constante en la vida de Garibaldi y ya en la isla de Caprera realizó lo que llamó “la Revisión de mis Memorias” editadas en Madrid en 1888.
Su “prefacio a mis memorias” es un Resumen impactante a su azarosa existencia.
Dice Garibaldi: “mi vida ha sido impetuosa: compuesta del bien y el mal, como creo está la mayor parte de las gentes. Tengo la conciencia de haber buscado siempre el bien para mi y para mis semejantes. Si alguna vez hice el mal, fue sin quererlo. Odio la tiranía y la mentira con el profundo convencimiento de que ellas son el origen principal de los males y de la corrupción del género humano. Soy Republicano, porque este es el sistema de gobierno de las gentes justas, sistema modelo cuando se adquiere y, por consecuencia, no se impone con la violencia y la impostura. Tolerante y no exclusivista, soy incapaz de imponer a alguien por la fuerza mi Republicanismo...”
No site http://picasaweb.google.com/irquirino estão algumas fotos que tirei durante minha estada no Uruguay e durante os labores na Gran Logia de la Masoneria del Uruguay.

Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025
Segundas-feiras, Templo 801
Palácio Maçônico - Grande Loja
Belo Horizonte - Minas Gerais
0 xx 8853-2969
quirino@roosevelt.org.br
Ano 04 - artigo 35 - número seqüencial 264

A MAÇONARIA E O MAÇOM

A MAÇONARIA E O MAÇOM
Como este artigo destina-se exclusivamente a Maçons, vou fazer uma dimâmica diferente. A intenção é propor aos Irmãos que promovam uma Ordem do Dia para intercambiar opiniões, por conta disso não terei o menor pudor em ser contraditório e simplista. Começamos com a seguinte pergunta: - O que é mais importante, a Maçonaria ou os Maçons? O conceito padrão de Maçonaria é que seja “uma sociedade discreta (ou secreta?) de caráter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, o humanismo, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica. Portanto a Maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição.” O Maçom naturalmente deve ser o membro da Maçonaria e seguir suas diretrizes. Conceitualmente é isto, mas concretamente é o que vivenciamos? A “busca da perfeição” está na conquista dos Graus Superiores ou de Cargos? Se algum dia eu puder ensinar alguma coisa aos meus Irmãos eu gostaria que fosse isso: – Não se preocupem com a chegada, o importante é permanecer no caminho! A grande ritualística maçônica é praticada nos Templos ou no mundo profano? Ao pedir ao GADU que ele ilumine seu coração e sua inteligência e que você possa ser fortificado por seu amor e bondade é essencial que você primeiro subjugue suas paixões e intransigências da Meia-Noite à Meia-Noite de cada dia. Permitam-me uma comparação simbólica: Por mais potente que seja a estação transmissora, se as pilhas estiverem fracas o rádio não funcionará bem. Mais uma indagação: As Potências/Obediências representam a Maçonaria ou os Maçons? Todas estão calçadas nos “...princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade...” e dessa forma reconhecendo o “caráter universal” da Sublime Ordem? E se tratam como Instituições “co-Irmãs”? Não precisamos ir muito longe, o termo IRMÃO é usado com todos os “Filhos de Deus” ou somente aos “Filhos da Viúva”? Se direcionarmos este intercâmbio quanto a atuação da Maçonaria junto à Sociedade, enumeraremos muitos fatos históricos, a grande dúvida é termos certeza de quem foi o real partícipe; a Maçonaria ou Maçons? Estudem a Independência do Brasil, os três mais importante personagens foram Gonçalves Ledo, José Bonifácio e Dom Pedro I; procurem saber como eram suas relações antes, durante e depois do 7 de setembro e as conseqüências desse ato junto à Maçonaria e aos Maçons da época. Em 1889 todos os Maçons brasileiros eram republicanos? Nenhum deles queria a continuidade da Monarquia? Afinal foi a Maçonaria ou Maçons que proclamaram a República? Não combina com o Irmão Quirino ficar “em cima do muro”, então termino solicitando que os Irmãos reflitam sobre a seguinte frase: TODOS OS MAÇONS TRABALHAM PARA DEIXAR A MAÇONARIA MAIS FORTE E PODEROSA (Templos – Obreiros – Relações Institucionais) E ACABAMOS ESQUECENDO QUE É A MAÇONARIA QUE DEVE TRABALHAR PARA DEIXAR OS MAÇONS MAIS DIGNOS E FRATERNOS (Justos – Honrados – Exemplos de cidadãos). Será que estou certo? Entre o tijolo, o muro e o pedreiro qual a ordem de importância?

Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025
Segundas-feiras, Templo 801
Palácio Maçônico - Grande Loja
Belo Horizonte - Minas Gerais
0 xx 8853-2969
quirino@roosevelt.org.br
Ano 04 - artigo 39 - número seqüencial 268

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

MAÇONARIA

98

A INICIAÇÃO, O TEMPLO, A OFICINA E A LOJA

A iniciação representa a passagem para uma vida, que é diferente da anterior. São três a etapas da iniciação:
A primeira etapa é constituída de provas físicas simbólicas, correspondendo ao batismo pela terra, a água, o ar e o fogo.
Vivenciando perigos, o candidato deve sair vencedor, ela termina com a aceitação do candidato na ordem maçônica. Praticamente todos conseguem êxito nesta etapa.
A segunda etapa é constituída por provas mentais, é quando candidato luta para vencer as suas paixões, submeter as suas vontades e busca fazer novos progressos na maçonaria, procurando constantemente estreitar os laços de fraternidade que nos devem unir como verdadeiros irmãos. É difícil praticar a fraternidade, pois, muitos só a conhecem através dos discursos oficiais, não adianta falar em fraternidade e virar as costas para outros irmãos, por terem idéias políticas e credos religiosos diferentes, por pertencerem a outras obediências e potências, ou por não pertencerem a uma mesma camada social. O verdadeiro maçom não pode fazer distinções e usar o preconceito em suas relações.
O maçom que não procura se aperfeiçoar, não procura estudar, que não consegue captar os belos ensinamentos da Sublime Ordem, que não tem conhecimento dos graus que venha obter, que desconhece a filosofia, a ritualística e o simbolismo, jamais, atingirá os objetivos finais da iniciação mental. Ele terá passado pela iniciação, mas nunca será um iniciado melhor que no dia de sua iniciação física. Fará parte do quadro de obreiros da instituição, participará de festas e eventos, usará medalhas e comendas, talvez, saiba alguns sinais, toques e palavras, mas, não estará apto para o trabalho maçônico. A vaidade, e o desejo de ocupar cargos para os quais não tem o devido preparo, o transformam em um profano de avental.
A segunda etapa não tem fim, o aperfeiçoamento mental deve ser constante, ele tem a duração de nossa existência física. Poucos conseguem atingir a plenitude da iniciação mental.
A terceira etapa é a da iniciação espiritual, as provas se passam em nosso ser interior, no grande além de dentro, é quando temos o conhecimento do uso da pedra de toque, da pedra filosofal, aquela que processará mudanças e a nossa transformação em metal nobre. É o despertar do Mestre Interior, pois, ele só aparece quando o discípulo está pronto.
A prática da Caridade faz brilhar a nossa luz interior, que deveremos manter sempre acesa para iluminar o caminho daqueles menos afortunados, que tropeçam e caem, que erram, estendendo-lhes a mão amiga em auxílio.
Então, saberemos o verdadeiro significado da frase “Nosce Te Ipsum” – conhece-te a ti mesmo, pois, só quando nos conhecemos é que teremos a satisfação de conhecer Deus, de Quem somos a imagem e semelhança.
São muito raros, os que conseguem atingir esta terceira etapa. Eles atingem os fins da suprema espiritualização com a passagem para o oriente eterno, representado o retorno do filho pródigo às mansões do Pai Celestial, onde há muitas moradas, mas certamente poucos serão os escolhidos, é quando recebem a sagração final que os transforma em espíritos de luz e futuros guias espirituais da humanidade.

O TEMPLO

O templo maçônico é o lugar do solo sagrado, onde estão os símbolos: A abóbada celeste, com seus astros, o sol a lua, planetas, estrelas, constelações; o pavimento mosaico, a orla dentada, as colunas “B” e “J”, as colunas zodiacais e de sustentação; os altares do juramento e dos perfumes; a pedra bruta, a pedra polida e a prancheta de desenho; a escada de Jacó, o livro da lei, o esquadro e o compasso; a coluna da harmonia, as estátuas de Minerva, Hércules e Vênus; a estrela flamígera, o delta luminoso e a espada flamejante; a corda de oitenta e um nós e suas borlas; os quatro degraus do ocidente que dão acesso ao oriente, os três degraus do oriente, a balaustrada.
O templo não tem dimensão, ele se estende do oriente ao ocidente, de norte a sul, da superfície ao infinito e da superfície ao centro da terra. Nele se encontra a Sabedoria.

A OFICINA

A oficina é a transformação do templo em lugar de trabalho, com o uso de símbolos e alegorias, de ferramentas de construção, com a finalidade de guiar o maçom no aperfeiçoamento moral e espiritual, através de ensinamentos que nos foram legados de várias fraternidades antigas. A oficina é o lugar da Força.

A LOJA

A loja é formada pelo conjunto de membros e os materiais físicos (cadeiras, mesas, armários, livros, etc).
A loja é que possui a representatividade jurídica perante os diversos órgãos de nossa sociedade. Ela pode fazer-se representar socialmente no mundo profano, participando e promovendo eventos, e quando os integrantes do seu quadro não estiverem necessitando de amparo, pode então, atender aos pedidos de auxílio que lhe são dirigidos.

Sites maçônicos:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com

SAIBA COMO ADQUIRIR O LIVRO: ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM – REAA (VISITE O SITE: (www.pedroneves.recantodasletras.com.br) CLICAR EM LIVROS À VENDA.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

MAÇONARIA - 097 - GRAU DE ARCO REAL

GRAU DE ARCO REAL


O Arco Real é um grau em vários ritos da maçonaria, muitos desconhecem que ele faz parte do rito Escocês Antigo e Aceito, é o grau treze, intitulado de Santo Arco Real, no Rito Azul, também chamado de York é intitulado de Arco Real e o corpo do qual ele faz parte, dando-lhe o nome do Capítulo Arco Real. Como já foi dito, ele está em quase todos os ritos, fazendo parte de suas respectivas escalas de graus.
O Grau de Mestre Instalado está inserido no Capítulo do Arco Real, com a denominação: Past-Master, sendo que, a mesma ritualística, sinais, toques, palavras, lenda, etc, é utilizadas para se fazer a Instalação de Veneráveis.
Maçons menos esclarecidos, falam que o Mestre Instalado não é grau, não posso entender como o que seja grau em determinado corpo maçônico e não possa ser em outro.
“Por séculos, os hebreus foram proibidos de pronunciar o nome sagrado de Deus, considerado mágico, sagrado, e onde se encontrava o Seu Nome, liam apenas “Adonai” (Senhor). O conhecimento da verdadeira pronúncia foi impedido a pessoas comuns, e foi dado a uma minoria privilegiada, que passariam a ter poderes sobrenaturais.
A concepção da Divindade variava de acordo com a capacidade intelectual, entre os ignorantes, era revestido dos atributos inferiores da humanidade, entre os de espírito intelectual, ele era um ser puro e santo.
O Real Arco dissipa as nuvens escuras e névoas até então veladas, a mistérios sagrados. A alegoria da Palavra Perdida e outras verdades esotéricas são explicadas.
O verdadeiro conhecimento da única e Suprema Divindade é dado. O glorioso amanhecer ilumina o oriente e a Luz entra em locais ocultos e escuros. Então, o Arco Real do Templo Sagrado da Liberdade é revelado. Não é suficiente que as pessoas ganhem Liberdade, que deve ser mantida, e não confiá-la ao prazer de um homem. A pedra angular do Arco Real é fundamental para firmar as outras pedras.”
Alguém perguntou certa vez. O que faz uma grande nação? É um grande número de pessoas? Não. Caso contrário a China seria sempre uma nação superior. É uma grande riqueza? Não. A nação norte-americana foi nos primórdios, insignificante e pobre. São proezas militares? Não. Roma teria continuado a ser a mais poderosa da terra. É o gênio intelectual? Não. Caso contrário a Grécia teria permanecido como a mais poderosa.
Os EUA subiram às alturas, porque os homens que o formaram e moldaram o seu governo possuíam a maior coisa que move a humanidade – O espírito que liberta os homens. Platão colocou em palavras o que é liberdade. Ele disse. “A liberdade não é uma mera questão de leis e constituições. Somente é livre que compreende a ordem divina dentro de si, a verdadeira norma pela qual o homem pode dirigir a si mesmo.”
Finalmente percebemos que a mera posse de uma palavra não pode conferir poderes sobrenaturais.
O rei Canuto, príncipe dinamarquês da Inglaterra de outrora, ensinou esta lição aos seus seguidores que achavam que ele possuía tais poderes. Ele visitou o litoral e postou-se em uma cadeira na areia da praia em frente à maré e perguntou. Vocês acham que a maré vai obedecer-me se eu disser para parar? Eles disseram que sim. Então ele ordenou repetidamente. Deter a maré. Mas, esta chegou cada vez mais perto, até se quebrar em uma enorme vaga, molhando a comitiva real inteira. Todos recuaram com desânimo.
Hoje em Southampton, uma mesa de bronze é uma testemunha silenciosa desse evento, dizendo: “Neste Ponto, no ano de 1032, o rei Canuto repreendeu seus cortesãos.”
Assim, ele mostrou que os homens não devem adorar outros seres humanos, em vez disso devemos procurar o verdadeiro poder que está além do humano.
É no Arco Real que se encontra a palavra supostamente perdida, que se encontra gravada em um triângulo enterrado na nona abóbada abaixo do solo, em alguns ritos não se explica como o triângulo foi escondido em tal lugar.
Segundo a Lenda de Enoque, ele teve um sonho e foi informado sobre o verdadeiro Nome de Deus, sendo-lhe proibido de divulgá-lo. No sonho ele tomou conhecimento do castigo que seria imposto à humanidade, pelos pecados cometidos, o dilúvio.
Para que não se perdesse durante o dilúvio, o nome Inefável de Deus, ele o gravou em uma pedra triangular, pois, sobre a face da terra, só ele sabia a verdadeira pronúncia do Nome da Divindade.
Com o intuito de preservar o conhecimento das ciências e artes das civilizações da época, ele gravou em duas colunas, uma de bronze e outra de mármore, vários textos, para que, não se perdesse tal conhecimento. Na coluna de Bronze gravou também o Nome Inefável, e na coluna de mármore a sua verdadeira pronúncia.
Foi construído um subterrâneo com nove abóbadas, tendo depositado nesta última, o Delta luminoso com o Nome Inefável de Deus.
Acima das nove abóbadas, fechadas hermeticamente, Enoque erigiu um Templo.
Após o dilúvio, por estarem dentro da Arca construída por Noé, somente ele e sua família foram salvos, tendo se perdido o conhecimento de todas as ciências. Das colunas gravadas por Enoque, somente a de bronze não foi destruída, nela estava gravado o Verdadeiro Nome de Deus, mas, a sua pronúncia foi perdida com a destruição da coluna de mármore.
Por isso, se fala: Palavra perdida.
Poucos profetas e homens tiveram a honra de obter através de Deus, a verdadeira pronúncia de Seu nome, entre eles: Moisés, Samuel, Rei Davi e rei Salomão. Moisés recebeu a revelação no Monte Sinai, com a mesma proibição de divulgá-lo, tendo autorização para ensiná-lo apenas para seu irmão Aarão, que seria o maior sacerdote Hebreu. Moisés gravou em uma medalha de ouro o Nome e a pronúncia correta e guardou com outros objetos na Arca da Aliança.
O Nome só era pronunciado pelo Sumo Sacerdote dentro do “Sanctum Sanctorum”, e o povo deveria fazer barulho para não ouvir a sua pronúncia. A Arca da Aliança foi perdida em uma batalha contra os Sírios, tendo sido guardada por leões e recuperada posteriormente, e perdida novamente em batalha contra os filisteus, que fundiram a medalha com o Nome Inefável.
Na construção do Templo de Salomão, foram nomeados três intendentes, Adoniran, Stolkin e Joaben, para fazerem os levantamentos do local apropriado. Inconscientemente foi escolhido o local em que encontraram as ruínas do antigo Templo de Enoque. Descobriram os sucessivos alçapões das abóbadas, descendo em cada uma delas presos por cordas, encontrando o Delta Luminoso com o Nome Inefável, que não souberam decifrar, levaram-no, então, até a presença do Rei Salomão, que imediatamente reconheceu o Nome ali gravado.
Salomão, em homenagem ao trabalho executado, e a recuperação da pronúncia do Nome Inefável, lhes conferiu o título de nobreza e da ordem do Arco Real, sendo os seus primeiros integrantes: Salomão rei de Israel, Hiran rei de Tiro, Adoniram, Stolkin e Joaben.
A ritualística do grau refaz simbolicamente o encontro da Palavra Perdida, a busca pela Palavra e pela Luz é de cunho pessoal, ela é interna, cada um faz dentro de seu próprio templo.
Quando fazemos brilhar esta Luz, obtemos o poder de ministrar sacramentos, só então, podemos fazer sagração, só então poderemos ser Instalados no Trono de Salomão.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, os graus treze (Santo Arco Real) e quatorze (Perfeito e Sublime Maçom), e no Rito Azul, York (O Past-Master e o Arco Real), são complementares.
O Mestre Instalado que não procura o aperfeiçoamento através da evolução nos diversos graus, que desconhece a Lenda de Enoque, jamais conhecerá a plenitude do grau, por isso, muitos acreditam que o Mestre Instalado não é um grau, que é só uma complementação do grau de Mestre, quando na verdade é um grau.

Sites maçônicos:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com

SAIBA COMO ADQUIRIR O LIVRO: ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM – REAA (VISITE O SITE: (www.pedroneves.recantodasletras.com.br) CLICAR EM LIVROS À VENDA.