quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

MAÇONARIA - O FOGO, A CHAMA E A LUZ

MAÇONARIA
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O FOGO, A CHAMA E A LUZ

Na maçonaria, assim como, em outras instituições iniciáticas, místicas, esotéricas, filosóficas ou religiosas, o fogo, a chama e a luz são símbolos de profundo significado. Nas iniciações, um dos batismos candidato é feito pelas chamas do fogo, simbolizando a queima das impurezas que a água não consegue tirar.
“Nos livros sagrados de todas as religiões temos centenas de citações sobre o fogo a chama e a luz, no início da Bíblia em Gênesis - 1: 3 a 5 - Deus disse: “Haja Luz. E houve luz. Após a criação dos céus e da terra, a primeira manifestação foi a criação da luz. O grande cientista Albert Einstein disse que a luz é a sombra de Deus.”
“Nos rituais religiosos, se acendia lamparinas com óleo de oliva virgem e límpido, no fogo se queima o incenso com aromas perfumados para agradar a Deus. O profeta Isaías – 5: 25 - “Pelo fogo se acendeu a ira do senhor... .” "Também dizia: “A violência de sua cólera.” “A chama de um fogo devorador.“ “Inflamam as árvores das florestas e as videiras.”
Quando o ser humano aprendeu a se utilizar do fogo, para cozinhar os alimentos, se aquecer nos dias e noites frias, ele passou a se diferenciar dos outros animais, na realidade, a maior contribuição para a formação da civilização foi a utilização do fogo.
“Ele é citado em Gênesis – 15: 17 - “E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão; e eis um forno de fumo, e uma tocha de fogo, que passou aquelas metades.”
As velas do altar simbolizam que a luz pode vir fontes diferentes, mas a sua função é iluminar, o maior ensinamento é que elas sempre formam uma unidade, que a doação também significa recebimento, ao doarem a sua luz para o acendimento de outra vela, elas não perdem a sua luz, na realidade a luz é multiplicada, quanto mais se doa, mais se tem.
“A presença de Deus sempre é anunciada por trovões, relâmpagos e nuvens luminosas; ou mesmo como “sarça ardente”; temos também a carruagem que elevou Elias ou quando ele estava no monte Horeb e escondeu o rosto ante o sopro de Deus; as visões de Ezequiel; Moisés que se viu face a face com Deus desce do Sinai com o semblante resplandecente.”
“No salmo 136: 7, 8 e 9 “Aquele que fez os grandes luminares...”
“No Novo Testamento, Jesus, o Cristo, é a luz, o fogo interior, o amor, o conhecimento; “a lâmpada não está mais sob o alqueire mas, sobre a mesa.”
“Temos a luz como a interiorização do conhecimento “A lâmpada de teu corpo é teu olho.” “E se teu corpo estiver na luz, ele estará todo na luz.”
“O livro todo de João é considerado como o Evangelho do Espírito – 1: 1 a 8 – Temos a repetição da criação.”
“Com o fracasso de Adão e tantos outros que não foram ouvidos, Jesus, o Cristo, teve que ser enviado, que após passar pela purificação pela imersão na água teve o batismo pelo fogo divino.”
“Com esta visão parcial da Bíblia, tivemos uma caminhada pouco a pouco mais espiritualizada da luz sombria da matéria para a pura luz.”
“Podemos perceber que a vida tem um propósito, que a luz que tem sido preservada através das eras pode ser alcançada”.
“Sabemos que a luz da maioria dos seres humanos não passa de mera obscuridade, mas existem aqueles que se tornam espiritualizados. Eles já não se contentam com as sombras, pois, a presença da luz provoca uma débil reação em sua mente e seu coração.”
Na maçonaria devemos deixar de lado, as tolas vaidades, as brigas pelo poder, as tristes divisões e buscarmos alcançar o ápice da pirâmide para nos tornarmos verdadeiramente evoluídos e aperfeiçoados, nos transformarmos em verdadeiros líderes e instrutores da sociedade menos esclarecida. Como disse o célebre maçom Mário Leal Bacelar “Vamos nos dar as mãos”. Devemos formar uma unidade, assim como, as velas brilham separadas e com a união fornecem mais luz, assim o verdadeiro maçom deve fazer, não importa onde está o conhecimento, pois, ele pode estar em todos os lugares, o importante é que o divulguemos, formando uma só família.
Quando passamos a entender que a criação é um processo contínuo; que ela não ocorreu instantaneamente, mas, por estágios e, que ainda fazemos parte desse processo. Só então compreendemos o verdadeiro significado da primeira criação: “Das trevas do abismo, o invisível e incognoscível Deus moveu-se sobre a face das águas e disse: “Faça-se a Luz.”

PEDRO NEVES.’. M.’. I.’. 33.’. MRA
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sábado, 8 de janeiro de 2011

MAÇONARIA - O AVENTAL E O CORDÃO

MAÇONARIA
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O AVENTAL E O CORDÃO

O avental simboliza a proteção em qualquer atividade humana, nas fábricas, laboratórios, no lar, depósitos, escolas, etc.
Na maçonaria, ele é utilizado durante os trabalhos nas oficinas, simbolizando a proteção mística, e um símbolo esotérico.
Junto com o avental, está o cordão, que desde tempos imemoriais sempre teve significado místico, possuindo diversos nomes de acordo com a cultura de cada povo; faixa, cinto, etc.
O cordão é mencionado em diversos livros sagrados, o que demonstra a sua grande importância. O termo cingir segundo o dicionário: rodear, cercar, prender ou ligar em volta, pôr à cinta, unir, apertar, envolver, circundar.
Na Bíblia, ele é mencionado entre outros livros, em: Lucas: 17:8 “Prepara-me a ceia, e cingi-te, e serve-me...” – Isaías: 11:5 “E a justiça será o conto dos seus lombos, e a verdade o cinto dos seus rins.” – Salmos: 18:32 “Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho.” – 18:39 “Pois me cingiste de força para a peleja.” – 30:11 “E me cingiste de alegria.” – Eclesiastes: 12:6 “Antes que se rompa o cordão de prata...”
O cordão tornou-se parte do hábito eclesiástico, sendo utilizado por sacerdotes de diferentes cultos, o que era uma faixa, passou a ser denominada de estola, sendo muito comum o uso no hábito clerical. A estola é a sucessora eclesiástica da faixa ou cordão, ela é utilizada em volta do pescoço e as pontas caídas na frente, as suas cores são variadas conforme as diversas cerimônias dos rituais, podendo-se inserir ou não, alguns símbolos.
Os Sufis maometanos têm o cordão como símbolo do compromisso da obediência, significando que o discípulo do sufismo está comprometido por sua fé ao comando de Alá, pela lei islâmica da submissão. Um lembrete: o homem não precisa depender apenas dos poderes da mente e do corpo, que ele pode aplicar sozinho; pode também invocar o poder sobrenatural para ajudá-lo a obter mestria. Se invocar tal poder, o mesmo o envolverá como um muro protetor.
Os zoroastristas chamam o cordão de: Kusti ou cordão sagrado; ele contém seis mechas formadas por doze fios, totalizando setenta e dois fios. As seis mechas simbolizam os seis Gahanbars ou festivais das estações. Os doze fios de cada mecha simbolizam os doze meses do ano. Os setenta e dois fios representam os capítulos da sagrada Yasna do Avesta, o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei do zoroastrismo.
Na Índia é utilizado como símbolo religioso de um segundo nascimento na iluminação maior e na visão espiritual.
Os Brâmanes o utilizam em cerimônias diversas: na iniciação ou investidura, o sacerdote proclama por três vezes atando o cordão também por três vezes: “Eis que veio a nós, protegendo-nos das más palavras, purificando nossa família, com uma força purificadora, vestindo-se de rigor pelo poder da inalação e da exalação, esta abençoada Deusa, esta abençoada faixa.” Após ajustá-lo, o sacerdote diz: “O cordão sacrifical é tu. Eu te envolvo com o cordão do sacrifício.” Simbolizando a sua investidura com os poderes purificadores dos deuses.
Num antigo hino dos ritos Célticos e talvez Druídicos, encontramos o seguinte: “o cinto de Finnen é cingido para me proteger, a fim de que eu possa caminhar na senda que inclui o povo num círculo.” Ou seja, um ser de qualidades divinas envolve o indivíduo para protegê-lo e impedi-lo de palmilhar os caminhos do erro e da maldade, em que muitos vagam e se perdem. O ponto dentro do círculo é mencionado nos rituais maçônicos. É a corda de salvamento, é a orla dentada, é a corda de oitenta e um nós, é o cordão de prata mencionado na Bíblia. Os Templários antigos usavam o cordão para isolar-se das forças da matéria e se aproximarem de seus iniciadores.
O avental e o cordão não são amuletos imbuídos de propriedades mágico-religiosas, nem suas simples formas podem conferir proteção ou instilar a sabedoria e proteção divinas, não se tratam de objetos de boa sorte para afastar ou amedrontar demônios imaginários. O avental e o cordão são simbólicos.
Os maçons podem modificar o modo como se trajam, o modo de falar ou mesmo se tornar estranhos uns aos outros, como vem acontecendo com uma freqüência assustadora em uma Ordem que deve primar pela Fraternidade; Mas também podem formar uma “Egrégora” positiva, ou seja, uma corrente de pensamentos que será um cordão impossível de ser rompido por qualquer agente externo.
A história tem demonstrado que os laços comuns de Fé são mais fortes que os laços de nascimento, de afiliação política ou relações sociais. Temos a liberdade de escolher quem será nosso irmão.
A maçonaria, que deveria combater a superstição, o fanatismo, a ignorância e tudo que por seus fins seja maléfico, ela está perdendo o fio da meada. Os diversos graus que deveriam nos fazer compreender as leis da natureza e da constituição do homem, não estão conseguindo nos dar uma comunhão mais intima com o GADU, pois, não existe um sistema de ensino, então, o maçom torna-se um autodidata se quiser aprender alguma coisa. A maioria está se perdendo em conceitos errados do que seja potência, obediência, reconhecimento, regularidade, ritos e rituais, e deixam por isso de praticar a Igualdade e desconhecendo o que seja Fraternidade. Somos muitos, mas não temos unidade de filosofia, estamos vivendo momentos em que o mais importante é possuir a carteira de maçom de determinadas potências e obediências, poucos conseguem assimilar os ensinamentos que nos foram legados da sabedoria dos antigos, a história nos ensina que povo dividido é povo fraco. A maçonaria de antigamente chegou a ser considerada como o terceiro poder decidíamos como um poder de estado, hoje, os maçons em sua grande maioria, estão com as luzes interiores apagadas, estamos sem forças, apenas um número reduzido ainda consegue manter as chamas iniciáticas acesas.
Por isso, devemos nos conscientizar do simbolismo quando formos colocar o avental e o cordão, antes do inicio dos trabalhos maçônicos, não devemos utilizá-los se não estivermos em comunhão com todos os irmãos, independentemente de potências ou obediências, devemos estar sempre unidos, a união faz a força.
Devemos ter a Liberdade para tratar a todos com Igualdade e podermos promover o sonho a ser conquistado da Fraternidade Universal.


PEDRO NEVES.’. M.’. I.’. 33.’. MRA
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